16 - Somos tão problemáticas

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Boa leitura.

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Jennie P.o.v

Era um dia ensolarado de domingo, com um céu azul brilhante que se estendia até onde os olhos podiam ver, pontilhado por poucas nuvens brancas que flutuavam preguiçosamente no horizonte, como se estivessem brincando de esconde-esconde com o sol, criando um contraste hipnotizante com a vastidão celeste, enquanto os raios solares dourados penetravam através das folhas verdes cintilantes das árvores frondosas, criando uma iluminação mágica e difusa no ambiente ao redor, os pássaros cantavam harmoniosamente em um coro celestial e o ar fresco da tarde impregnava os sentidos, fazendo com que o cenário parecesse uma pintura vívida e encantadora aos olhos de quem contemplava.

Que no caso, seria: eu

Enquanto estávamos em um almoço em família, sentados à mesa adornada com um lindo arranjo de flores frescas, os pratos quentes recém-preparados espalhavam seus aromas tentadores pelo ambiente, misturando-se com o perfume dos perfis florais e das velas perfumadas que adornavam a sala de jantar. A conversa animada e as risadas espontâneas preenchiam o ar, enquanto as crianças corriam e brincavam em volta da mesa, excitadas com a deliciosa refeição que os aguardava. O vinho tinto rico e encorpado, cuidadosamente selecionado para acompanhar o prato principal, deslizava suavemente pelas nossas gargantas, aquecendo nossos corpos e aprimorando os sabores da comida, que foram preparados com ingredientes frescos e selecionados a dedo.

— Sem bebidas para você, mocinha. - meu pai alertou, retirando a taça de vinho de minhas mãos, enquanto eu tentava disfarçar a minha decepção e a sensação de que estava sendo tratada como uma criança — A idade adequada para ingerir bebidas alcoólicas é dezenove, e pelo que eu saiba, você não tem essa idade.  

Sua expressão era séria, mas ao mesmo tempo carinhosa, e eu sabia que suas palavras vinham de um lugar de preocupação e cuidado, mas minha mente e olhos focavam apenas na tailandesa conversando animadamente com a minha prima, deixando-me com ciúmes e uma sensação de exclusão. Enquanto meu pai continuava sua conversa comigo, explicando os perigos e riscos do consumo precoce de bebidas alcoólicas, eu não conseguia parar de olhar para o outro lado da sala, onde minha prima parecia se divertir muito com a minha namorada. Sua risada alta e seus gestos exagerados chamavam a atenção de todos ao redor, que sempre me olhavam, parecendo querer falar algo, ou esperando que eu fizesse algo a respeito.

Eu lutava para manter a compostura e prestar atenção às palavras de meu pai, mas meus pensamentos e emoções continuavam a ser arrastados para longe, atraídos pela cena que se desenrolava diante de mim. Minha prima parecia flertar com a mais velha, fazendo piadas e jogando o cabelo sedutoramente, o que me deixava com uma sensação de desconforto. Eu não confio nada na minha prima, conheço ela muito bem para saber que é uma vagaba de primeira linha, sempre envolvida em situações questionáveis e comportamentos duvidosos, deixando um rastro de drama e confusão onde quer que vá.

Sua falta de lealdade e honestidade é evidente para todos que a conhecem, e sua habilidade em manipular e seduzir aqueles ao seu redor é assustadora e perigosa. Eu me pergunto como alguém pode ser tão egoísta e insensível aos sentimentos dos outros, e como pode se divertir tanto às custas alheia. Seu comportamento imprudente e desrespeitoso é uma fonte constante de preocupação e estresse para a nossa família, e eu me sinto impotente diante da sua falta de responsabilidade e empatia.

— Lalisa, a comida irá esfriar se demorar. - Avisei, tendo seu olhar agora fixo em meu rosto, onde eu não me importei em deixar visível meu descontentamento com seja lá o que ela conversava com EunJi.

Um novo recomeço. (G!p) JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora