19 - Há esperanças.

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Boa leitura

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"O amor nos prendeu em uma sala sem janelas"

Jennie - Lovesick Girls

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L I S A

Ontem, após um exaustivo dia de trabalho, cheguei em casa exalando cansaço, mas, para minha grata surpresa, Jennie percebeu intuitivamente minha exaustão sem alardear ou manifestar qualquer descontentamento, em um gesto de rara compreensão, demonstrando uma sensibilidade ímpar; abraçadas pelo silêncio da noite, adormecemos serenamente.

Enquanto os primeiros raios dourados do sol da manhã acariciavam suavemente minha pele, eu, ainda envolta em um véu de sonolência, soltei um resmungo sonoro e, com a lentidão de uma lesma, abri os olhos, permitindo que a luminosidade penetrante se infiltrasse em minha consciência.

Nesse instante, uma sensação inesperada e deliciosamente intensa, qual uma pontada vívida e prazerosa, fez-se presente em meu pau, despertando-o de sua letargia.

Enquanto minha mente sonolenta ia se desvanecendo, curiosa e surpresa, direcionei meus olhos preguiçosos para baixo, seguindo a trilha daquela sensação, e ali, diante de mim, deparei-me com a origem daquela pulsão, contemplando um sorriso travesso no rosto de quem me despertara com uma surpresa matinal.

— Porra! - Um gemido rouco emergiu de minhas entranhas, rasgando minha garganta e dissipando-se pelo ar, enquanto meus olhos, fixados no rosto dela, captaram o brilho lascivo que emanava daqueles olhos cativantes, transbordando desejo.

Enquanto ela me envolvia com seu olhar penetrante, a sensação inebriante de seus lábios envolvendo-me com uma pressão gostosa fazia com que minha mente mergulhasse num abismo de prazer, resultando em um branco temporário, onde pensamentos se dissipavam e o mundo exterior desvanecia-se, restando apenas o pulsar do momento.

Ligeiramente tomada pelo momento, minhas mãos foram instintivamente em direção à cabeça dela, onde meus dedos se enroscaram nos seus fios, segurando-os com firmeza. Com uma pressão cuidadosamente dosada, puxei os cabelos dela para cima, encorajando-a a se mover na direção que eu desejava.

A sensação de controle se entrelaçava em um balé carnal, permitindo que eu moldasse o ritmo e a profundidade dos movimentos conforme minha vontade. Ao lançar minha cabeça para trás, entregando-me ao êxtase do momento, meus ouvidos foram preenchidos com o som obsceno de sua boca, devorando-me com avidez e entregando prazer, me levando a um abismo vertiginoso de sensações maravilhosas.

Envolta por ondas intensas de prazer, sentia meu clímax se aproximando de maneira absurda, como uma tempestade prestes a desabar.

Cada célula do meu corpo vibrava em antecipação, enquanto meus sentidos se aguçavam e minha consciência se fundia com o êxtase iminente.

Minhas costas se arquearam, curvando-se em uma curva sinuosa na cama, como se buscasse abraçar e se entregar plenamente à explosão de prazer.

Gemidos roucos pelo sono, escapando dos meus lábios entreabertos, ecoavam pelo quarto, carregados de uma energia primal, um clamor incontrolável que rompia as barreiras da racionalidade, deixando apenas a liberdade da entrega absoluta ao deleite carnal. Cada som emitido era uma manifestação íntima e visceral do prazer que me dominava.

Um novo recomeço. (G!p) JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora