Desculpe - 3

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DAYANE 

Faziam alguns dias desde que eu havia esbarrado com Caroline, tentava ao máximo não pensar sobre o assunto mas só de tentar evitar já era uma forma de lembrar. Pelo menos o meu trabalho e a adaptação a Palermo eram boas distrações. 

- Day, preciso do projeto que te entreguei até sexta. - Bruno avisou batendo em minha porta. - O cliente vem pegar na segunda. 

- Tudo bem. - Respondi rapidamente, Bruno era uma das pessoas mais amigáveis do meu andar. 

- Vamos almoçar juntos? Não estava afim de comer sozinho hoje. - Ele me chamou com um sorriso. 

- Pode ser, você escolhe onde. - Concordei, Andrea havia prometido que buscaria Angelo naquele dia para passarem um tempo juntos.

Resolvi não interferir nos planos dos dois por saber como eram raros aqueles momentos. Bruno apenas fez um joinha com os polegares e caminhou para longe de mim. Me voltei para o trabalho mais uma vez, pronta para esquecer qualquer outro assunto. 

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Quando Bruno apareceu em minha porta novamente, eu já estava pronta e apenas pegando meu casaco, o tempo estava fechando e parecia que iria chover. 

- Eu dirijo. - Avisei passando por ele. 

- Ainda bem, odeio dirigir. - Nós dois rimos enquanto saíamos do prédio. 

Bruno colocou o endereço do local no GPS e eu comecei a me guiar, o caminho me era familiar, já devia estar começando a reconhecer os caminhos que fazia diariamente. 

- É bem ali. - Ele apontou para grande fachada do restaurante e meu coração acelerou.

- Tem certeza que não quer ir em outro lugar? - Perguntei tentando a todo custo não ter que entrar no recinto. - Está cheio, vamos chegar atrasados.

- Não se preocupe com isso, tenho meus contatos. - Ele sorriu, sorri de volta. De nervoso, mas sorri. 

Descemos do carro e eu apenas o segui enquanto ele desviava do agrupado de pessoas na porta, quando adentramos o restaurante rapidamente Bruno foi reconhecido e quando pisquei estávamos em mesa mais afastada mas somente para nós dois. 

- Você é muito conhecido aqui, né? - Perguntei.

- Vantagens de ser um cliente assuído. - Ele riu. - Bem, e amigo da chef de cozinha.

Suei frio com aquela nova informação, Bruno era amigo de Caroline! Descobri que ela chefe de cozinha no local durante meu momento de stalker na noite passada. Rezei para todos os deuses que pudéssemos comer o mais rápido possível e ir embora dali. 

- Você está bem, Day? Tá meio pálida. - Bruno perguntou. - Vou te pedir uma água.

- Eu estou bem! - Me adiantei. - Só com fome. - Sorri sem graça. 

- Não seja por isso, vamos pedir. - Ele fez um sinal e logo um garçom se aproximou. - Eu vou querer o de sempre, Giovanni. - Bruno pediu logo que o rapaz se aproximou. - E peça para ela caprichar no molho, tá?

- Pode deixar, senhor Bruno. 

- Giovanni, estou aqui todos os dias. - Sorriu. - Me chame só de Bruno. 

Apenas observei a interação dos dois com um pequeno sorriso no rosto. Me deixando relaxar por alguns segundos.

- O que você vai querer, Day?

- Eu nem sei o que você vai pedir, mas para ser o de sempre no mínimo é bom. - Nos rimos. - Pode ser o mesmo que o dele. 

Giovanni anotou tudo e logo se retirou, nos deixando sozinhos novamente.

Desiderium - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora