Desiderium - Dayrol

Família - 28

DAYANE

Mal podia acreditar que Angelo e eu teríamos que fazer as malas em dois dias e voltar para a Itália. Nosso tempo fora estava sendo ótimo para nós e mesmo fora do país, o processo continuava rolando o que apenas me fazia querer ficar mais tempo fora.

- Mãe? - Angelo me chamou.

- Diga. - Me virei para ele, estávamos no quintal da casa de Carol.

O dia estava quente e resolvemos aproveitar a piscina, Rafael até havia trago Rose e Augusto para ficarmos juntos.

- Podemos ficar mais? - Perguntou, apenas nós dois estávamos na água, eu estava tranquila por ela ser extremamente rasa.

- Estava pensando a mesma coisa. - Confessei. - Mas você sabe que não podemos, carinha...

- A Carol vai voltar com a gente? - Seus olhos encontraram os meus.

- Eu não sei... - Olhei rapidamente para a ruiva que ria com sua mãe e Rafael. - Não a perguntei sobre isso.

- Quer que eu pergunte? - Ele riu.

- Não. - Respondi rindo também. - Vou conversar com ela hoje a noite.

Ele então concordou com a cabeça antes de se levantar e sair da água, observei Angelo se aproximar de Rose e logo ser abraçado por ela. Sorri involuntariamente. Ele realmente havia sido abraçado quase como neto por ela, o que eu não me incomodava muito. Aquele ponto, a família de Carol era tão nossa família quanta a minha ou a de Andrea.

Minha atenção saiu dos dois quando notei Carol vindo em minha direção, meu olhos tentando decorar todas as suas linhas enquanto ela não chegava perto.

- No que tanto pensa? - Ela perguntou se sentando ao meu lado, deixando apenas as pernas dentro da piscina.

- Em como não quero ir embora. - Suspirei me aproximando mais da borda da piscina, o que fez Carol separar suas pernas para que eu ficasse entre elas me apoiando em suas coxas.

- É só ficar. - A ruiva respondeu rindo.

- É sério, baby. - Fiz um pequeno biquinho.

- Eu sei, meu amor. - Uma de suas mãos veio até o meu cabelo fazendo um leve carinho. - Estava pensando, acho que vou voltar com vocês.

- Oh... Sério? - Perguntei surpresa.

- Sério, quero estar lá pra vocês também. Minha mãe já está melhor. - Sorriu sincera.

Sorri do mesmo jeito, precisei de um grande esforço mas apoiei meus braços na borda e inclinei metade do meu corpo para fora da água deixando um selinho rápido em Caroline.

- Eu te amo. - Soltei ao meu afastar.

- Se afasta, vou entrar. - Ela pediu e eu prontamente obedeci. - Eu também te amo, bobinha. - Respondeu ao entrar na água.

- Mas se você quiser ficar, você sabe que tá tudo bem né?

- Claro que sei, mas acho que já está na hora de voltar. - Seus braços passaram por meu pescoço enquanto suas pernas rodeavam minha cintura.

- Sabe, tô achando você muito corajosa de se apoiar em uma pessoa que não sabe nadar dentro de uma piscina.

- Você está literalmente dando pé. - Ela riu.

Eu concordei rindo e apenas a apertei mais perto de mim.

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Exatos dois dias depois Angelo, Carol e eu estávamos dentro de um avião de volta para a Itália. Como eram muitas horas de voo Angelo resolveu que iria dormir e realmente passou o caminho todo desacordado.