Segredos e Bombas I -17

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CAROLINE 

Na segunda, chegamos em Palermo mais cedo do que esperávamos. A volta acabou por ser mais rápida do que achei que seria e diferente do que eu imaginei, Day resolveu voltar para o hotel apenas no dia seguinte apesar de ainda ser dia. 

- Está nervosa? - Perguntei para ela quando já estávamos a caminho do meu apartamento.

- Para o que?

- Ué, para a chegada da sua mãe. 

- Ah, não mais. - Ela deu de ombros. - Eu amo minha mãe, mas já sou uma mulher formada e moro do outro lado do oceano. 

- Gosto dessa versão "Dayane Confiante" - Sorri segurando sua mão livre do volante.

- Como assim?

- Nada, você só está bem mais confiante do que no ensino médio, é sexy. 

- Você acha? - Day me encarou rapidamente no sinal fechado. 

- Claro que acho, não que você precise de muito para ser sexy também. 

- Eu vou ficar sem graça assim. - Ela riu. 

- Você pode ficar sem roupa. - Brinquei.

- Caroline! - Rimos juntas mais uma vez. - Você acordou impossível hoje. 

- Você gosta, te faço rir. - Lhe dei língua. 

- Eu não iriei confirmar ou negar isso. 

Revirei os olhos, mas sorri ao ver a fachada do meu prédio. Nossos dias em Capri foram ótimos, mas nada como estar em casa.

- Minha mãe chega amanhã de manhã. - Day comentou quando já estávamos subindo, seus olhos focados no celular em suas mãos.

- Uh, e você vai dormir comigo? - Perguntei me aproximando e passando meus braços por seu pescoço.

- Se você ainda não estiver cansada da minha cara... - Ela respondeu levando suas mãos para minha cintura.

- Ainda não. - Sorri, puxando Day para um beijo lento que foi rapidamente interrompido pela porta do elevador abrindo. 

Entramos em meu apartamento e logo de cara estranhei estar completamente vazio. 

- Você não disse que o Bruno e o Angelo estavam em casa? - Day me preguntou deixando suas coisas no chão perto da porta do meu quarto.

- E estavam, foi o que ele me disse. Eles devem ter saído. - Dei de ombros.

- Vou perguntar para o Bruno, Andrea está me pedindo para deixar o Angelo lá. - Day suspirou já com o celular em mãos.

Me joguei no sofá enquanto a observava digitar rapidamente, Day tinha envelhecido igual um vinho. Só ficou melhor com o tempo e amava ver como ela parecia em paz consigo mesma. 

- O Bruno é um folgado. - Day reclamou rindo. - Vou busca-los e volto, ok?

Sorri para ela concordando com a cabeça e chamando para perto de mim. 

- Cuidado, viu? Qualquer coisa me ligue. - Pedi a puxando para cima de mim. 

- Sim, senhora! - Respondeu com um sorriso, a luz do sol começando a se pôr a deixando mais bonita. 

Day então se levantou saindo de cima de mim e me deixando um beijo na testa antes de sair do apartamento com a chave do meu carro já que o seu estava no seu hotel. 

DAYANE 

Após ter pego Bruno e Angelo, o perguntei se ele gostaria de ir ver a outra mãe e quando ele concordou apenas deixei Bruno no apartamento de Carol e fui deixar Angelo com Andrea.

Desiderium - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora