Nós - 9

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CAROLINE

A festa da sobrinha do meu amigo não era muito longe felizmente, uns trinta minutos de carro e como o dia estava mais do que bonito resolvi ir no meu carro. Convidar Dayane e Angelo não estava muito nos meus planos, mal tínhamos começado a sair e ainda por cima tinha toda a situação com Andrea. Era o que eu achava até Day me contar que simplesmente havia se separado de Andrea, da noite para o dia literalmente. 

- E como foi tudo isso? Você está bem? - Perguntei. 

- Estou, Carol. - Ela sorriu, sua janela aberta bagunçando seu cabelo mas apenas a deixando mais bonita. - Foi super amigável, na verdade. Já saí com os papeis do divorcio assinados e tudo. 

- Uau, desse jeito?

- Desse jeito. - Suspirou. - Acho que no fundo Andrea também sabe que precisa se cuidar... Sozinha. 

- E o Angelo? - Questionei mais baixo, eu sabia que ele estava de fone e não ouvia nossa conversa mas preferi me prevenir. 

- Lidou melhor do que eu esperava, acho que temos um fã. 

- Tá brincando? - Eu ri.

- Não estou! Deixa o meu coração mais calmo saber que ele está bem com tudo isso. 

- Eu imagino. - Peguei em sua mão. 

- Achei que o Bruno não tivesse família aqui. - Comentou depois de um tempo em silencio. 

- Não tinha. Se mudaram por agora. - Esclareci. - O marido da irmã dele foi transferido, ele é militar. 

- Está me levando para um lar de família tradicional? Eu sou preconceituosa, hein. 

- Para com isso. - Eu ri. - Eles são uns queridos, não ironicamente. Até parece que eu te chamaria se não fossem, eu te conheço.

- Ei! O que isso quer dizer?

- Quer dizer que você é uma boca de sacola e não sabe sorrir e concordar, iria causar uma confusão se eles fossem preconceituosos. 

- Eu mudei. 

- Que mentira, Dayane. 

- Ok, nem tanto, mas mudei um pouco sim! Agora eu controlo minha boca, só meu rosto que me entrega.

Eu revirei os olhos rindo e fiquei feliz de ver que já estávamos chegando, os balões na entrada do portão me confirmando que eu estava no lugar certo. 

- Se comporte. - Brinquei com Day antes de sairmos do carro. 

Bruno não demorou para vir abrir a porta e em poucos minutos nós já havíamos cumprimentado todos e Angelo já estava completamente enturmado com as crianças. Day e eu nos sentamos na mesma mesa onde Bruno e sua irmã estavam. 

- Ele é uma pequena borboletinha social, né? - A irmã do meu amigo brincou com Day.

- Um pouco, não sei de quem ele puxou. - Ela riu dando de ombros. - Mais introvertida que a outra mãe dele só eu. 

- Você introvertida? - A encarei confusa. - Você parecia sub-celeb no ensino médio Day! Todo mundo te conhecia. 

- Isso foi antes, eu fiquei um pouco mais tímida com o tempo. - Ela deu de ombros. 

Continuamos a conversar besteiras por um bom tempo, as crianças entraram na piscina por conta do calor e o marido de Sarah, irmã do Bruno, saiu para comprar soverte junto a ela. Ficando apenas eu, Day e Bruno com as crianças. 

- E as senhoritas? - Bruno perguntou. - Estou esperando casamento.

- Bruno! - Briguei ficando vermelha no mesmo instante. 

Desiderium - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora