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DAYANE 

No começo da noite, Carol, eu e Bruno saímos para buscar minha mãe para o jantar. Resolvemos não ir muito longe e ir num bistrô perto do hotel, diferente do habitual estava frio em Palermo e não era como se minha mãe tivesse vindo muito preparada para o frio no meio do verão.

- Vamos, mãe? - Perguntei após para ao seu lado dentro do saguão do hotel e lhe estender um casaco que eu havia trago da casa de Caroline. 

- Sim, claro. - Ela sorriu. 

Caminhamos rapidamente até o carro e eu abri a porta para minha mãe enquanto já ia abrindo a porta para mim também, Carol estava dirigindo felizmente. Me sentei ao seu lado e a olhei rapidamente com um sorriso no rosto. 

- Todos prontos? - Carol perguntou olhando pelo espelho para Bruno e minha mãe que apenas concordaram com a cabeça.

Chegamos no bistrô em minutos, Bruno e minha mãe desceram para ir pegando uma mesa enquanto eu fiquei com Carol procurando uma vaga. 

- Teremos que pegar um táxi para chegar no carro quase. - Caroline riu depois de estacionar. 

- Você só tem o dedo podre, nunca vi. - Reclamei rindo com ela e saindo do carro. - Toda vez que é você dirigindo a gente nunca acha vaga perto. 

- Tá dizendo que a culpa é minha? - Carol se aproximou de mim segurando em minha mão.

- Sim. - Sorri com a língua entre os dentes. 

- Você tem sorte que sua mãe está aqui senão eu ia te fazer voltar caminhando. 

Eu nem a respondi apenas revirei os olhos sem perder o sorriso, entramos no estabelecimento e não demoramos para ver Bruno e minha mãe mais no fundo já conversando com um garçom. Me sentei na cadeira vaga ao lado de minha mãe e Caroline ocupou a outra cadeira ao meu lado. 

- Ainda bem que estou cercada de gente que fala italiano e português. - Minha mãe comentou após o garçom se retirar. - Não entendi metade do que aquele querido falou. 

- Eu te achei muito corajosa, não sei se iria viajar sem saber nada da língua do lugar para onde vou. - Bruno disse. 

- Estou cegamente confiando em Dayane. - Selma respondeu rindo.

- Coitada. - Bruno respondeu rindo também.

- Eu já melhorei bastante, tá? - Me defendi. 

- Não isso é verdade, não é que você tenha sido ruim ou não soubesse a língua. - Ele deu de ombros. - Você só era muito travada. 

- Meu deus, sim! Lembra a primeira vez que deixamos ela fazer o pedido todo sozinha? Eu achei que ficaríamos no restaurante até fechar. - Caroline complementou. 

- Licença? Você deveria estar do meu lado. - A lembrei.

- Estou do lado da verdade. - Os três riram. 

- O drama de Dayane. - Bruno deu corda.

Não consegui ficar seria e acabei caindo na risada com eles, não que estivessem errados. Foi um tanto desastrosa a minha primeira tentativa de fazer nossos pedidos sozinha. O resto do nosso jantar se seguiu tranquilo, minha mãe e Caroline se dando bem como se nunca tivessem parado de se falar e Bruno se enturmou rapidamente também. 

- Carol, nós vamos sair para passear amanhã. Você irá conosco, né? - Sorri por ver que minha mãe quem tinha tomado iniciativa para chamar Carol.

- Oh, eu preciso trabalhar amanhã. - A ruiva sorriu sem graça. - Que horas vocês vão?

Desiderium - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora