Gatos e Anéis II - 33

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CAROLINE

Tentei me arrumar na velocidade da luz, havia esperado por aquela bendita surpresa o dia todo. Quando cheguei na sala, Day já estava lá, distraída com algo em mãos.

- Vamos? - Perguntei me aproximando.

Ela tomou um susto deixando o que tinha em mãos cair imediatamente. Paralisei vendo a caixinha preta no chão.

- Meu Deus... - Sussurrei.

- Carol! - Day exclamou com as bochechas vermelhas. - Poxa, amor. - Ela riu de nervoso pegando a caixinha do chão.

- Acabei com sua surpresa, né? - Me aproximei dela.

- Sim. - Ela suspirou se sentando  o sofá, me sentei ao seu lado pegando uma de suas mãos.

- Está tudo bem, Dada. - Disse baixinho.

- Eu tinha planejado tudo. - Ela comentou no mesmo tom. - Nós iríamos no Foro, porquê, bem, já se tornou nosso lugar né? - Concordei com a cabeça. - E aí eu e Angelo vimos alguns veleiros para alugar por lá uma vez, fiz aulas escondida de você por um mês. - Ela riu sem graça. - Íamos dar uma volta e aí quando o sol estivesse se pondo... Você sabe.

Concordei mais uma vez fazendo um carinho de leve em sua mão.

- E o que você diria pra mim? - Sussurrei virando seu rosto em minha direção.

- O que eu diria?

- Uhum. Diga como se fosse na hora.

Dayane respirou bem fundo antes de subir seu olhar até meus olhos, me encarando profundamente, do jeito que ela sempre fez.

- Eu... Wow, estou nervosa como se fosse lá. - Ela deu uma risadinha. - Cá, eu te amo desde que me entendo por gente. Te amei como amiga, como namorada e te amei até mesmo à distância. Por muitos anos, procurei você em outros lugares, outros corpos... Mas nunca ninguém chegou aos seus pés. Você sabe disso. - Ela sorriu. - E, por Deus, o dia que você pisou no meu pé na porta do seu trabalho foi um dos dias mais felizes de toda a minha vida, apesar do meu pânico logo em seguida. - Nós rimos.

- Eu entrei em pânico também. - Dei de ombros.

- No fundo, eu desejava te encontrar de novo e quando isso aconteceu eu não pude ignorar. Parecia sinal divino, daqueles que não dá pra fingir que não viu. Eu não poderia me imaginar vivendo um "para sempre" com alguém diferente. E eu juro por Deus que essa é a última vez que faço isso. - Dayane riu. - Porque agora é sem devoluções, cansou da minha cara? Dorme que passa.

Eu revirei os olhos com um sorriso no rosto.

- Desculpa, você sabe que faço piadas duvidosas quando estou nervosa. - Eu acenei, ainda segurando sua mão. - Como eu disse, eu já te amei de mil formas e ainda encontrou outras todos os dias. - Respirou fundo. - Me deixa te amar como noiva e esposa? - Pediu baixinho olhando em meus olhos.

- Deixo. - Sussurrei com minha boca já colada na sua.

- Espertinha. - Day riu ao perceber o que tinha acontecido.

- Estou esperando. - Eu ri estendendo minha mão para ela.

- Está falando sério? - Me olhou surpresa.

- Claro que sim!

- Quer casar comigo?! - Ela sorriu animada.

- Day! - Eu ri. - Quantas vezes mais quer que eu diga sim?

- Mil vezes. - Dayane sorriu abrindo a caixinha em sua outra mão.

- Mil vezes sim, Dada. - Sussurrei a sentindo deslizar o anel fino e delicado pelo meu dedo. - Quantas vezes você quiser.

Desiderium - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora