Fazer Valer - 6

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DAYANE

Angelo e eu acabamos dormindo no sofá da sala, só me dei conta disso ao acordar com o sol em meu rosto. Olhei para ele ainda agarrado em mim e suspirei, até meu filho tinha mais culhões do que eu. De certa forma, saber que eu tinha o "apoio" dele me deixava mais calma. Não me preocupei com o horário por ser sábado, então apenas me levantei com cuidado para não acordar Angelo e fui para a cozinha fazer um café.

"Espero que não tenha se metido em muita encrenca ontem :)"

Sorri com a mensagem de Caroline, logo tratando de responde-la. 

"Andrea não estava em casa, você acredita que ela deixou o Angelo sozinho por conta do trabalho?"

"Sério? Que droga, Day... Ele se chateou muito?"

"Um pouco, acho que vou leva-lo em algum parque hoje para nos distrairmos. Indicações?"

"De parques? Nenhum, mas se vocês quiserem ir na praia aí já é outra história kkkkk"

- Mãe? - Ouvi Angelo me chamar da sala.

- Já vou! 

"Acho que pode ser, não quer ir com a gente?"

"Day... Não sei se devo"

"Não é um encontro, Carol kkkkk Por deus, meu filho está indo! Chame o Bruno se quiser"

"Que horas?"

"Passo aí em 1h"

Bloqueei a tela e fui para sala, sorrindo ao ver Angelo parado ao lado da janela. Apenas observando, do mesmo jeito que eu gostava de fazer.

- O que você precisa? - Perguntei ficando ao lado dele.

- Nada, aqui é bonito né? 

- É sim. - Passei meu braço ao seu redor. - O que acha de ir na praia?

- Só nós dois?

- Bem, eu chamei minha amiga legal e o amigo dela.

- Podemos levar o uno?

- Claro, por que não?

- Então eu quero. - Se virou para mim com um sorriso.

- Tudo bem, vá arrumar uma mochila para você. - O soltei me afastando. 

Angelo correu escadas acima e eu fui logo atrás, mandei uma mensagem apenas avisando Andrea. Eu sabia que ela não leria tão cedo ou sequer estaria em casa antes do almoço, mas não custava nada. Em menos de 40 minutos, eu e Angelo já estávamos dentro de meu carro em direção a casa de Carol. 

Felizmente, a ruiva morava perto do restaurante que era o caminho de minha casa então eu já tinha decorado aquela rota e não precisei do GPS. Parei mais perto do que a noite anterior e lhe mandei uma mensagem dizendo que já estava lá embaixo. Não demorou muito e eu logo vi sua silhueta seguida de Bruno e uma loira que eu não conhecia. 

- Olá! - Ela disse parando do lado da minha janela. - Eu trouxe outra pessoa também, espero que não se importe. 

- De jeito nenhum, entrem aí. - Destravei o carro e Caroline sorriu antes de se sentar no banco de trás com seus amigos. - Me diz o caminho que a gente chega lá.

- Melhorou seu senso de direção nesse nível? - Carol brincou lembrando como meu senso de direção era horrível quando nos conhecemos.

- Você calada é uma poeta, Caroline. 

- Se eu ficar calada não consigo te dizer o caminho. - Pelo canto de olho vi Angelo soltar uma pequena risada. 

- Bruno, me guie. Carol, fique quieta. 

Desiderium - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora