❛ ANJO CAÍDO 2 ❜ ‣ Slash

° Capítulo 17 °

─ Você namora? ─ Logan se direciona a mim, acabando com os risos em nosso meio. Todos o encaram. ─ Que?! ─ ele exclama com vergonha, devido aos olhares julgativos, principalmente o duro vindo de papai. ─ Só perguntei... A guria usa um solitário! É só uma dúvida!

Aparência de homem, coração de garoto. Logan, Logan, acho que você nunca muda.

─ É uma coisa que eu também gostaria de saber... ─ papai comenta, se virando para mim. ─ Não é, Tina? ─ ele acrescenta entre dentes, parecendo que pularia em mim por não ter respostas.

Ingiro uma enorme golada de energético, servindo para me encorajar, e acabo o fazendo durante o pequeno movimento de virar a face, achando os olhos profanos de meu namorado, assistindo-me de um canto.

Sua miragem se dissipa, sumindo de mim, e sua atenção regressa no seu grupinho, e ele acena, distraído.

─ Daqui a pouco converso contigo sobre isso. ─ digo a papai, sem tirar a visão de meu namorado, no mesmo que dou tapinhas sobre o joelho de papai.

Slash escapa de aonde está, seguindo para a cozinha.

Me levanto, como se um choque se descarregasse em mim, e parto para trás dele.

Na porta da cozinha, não o localizo, e de repente, ele passa por mim, e sinto outro choque. Este, foi de seu ombro colidindo contra o meu.

Pego em seu braço, e logo sua face vem a mim, de expressão fechada.

─ Nego... ─ murmúrio, franzindo as sobrancelhas.

─ Slash sacode o braço, se esquivando. ─ Nem vem! ─ diz, já me dando as costas, e saindo.

Slash está irritado?

Não dou bola, apesar de não ter feito nada - eu acho.
Além de tê-lo largado em uma festa, onde para ele, só há estranhos.

Entro no cômodo, e recolho duas garrafas de vodka cheias, procurando Duff e seus cabelos loiros.

Miro-o num canto, bebericando um líquido não conhecido num copo, infiltrado numa conversa que não o pertence.

Seus olhos pousam em mim. Balanço as garrafas em minhas mãos. O mesmo avista sua esposa, a encontra distraída noutro canto, e corre a mim.

─ Fala, Bellini? ─ Duff questiona, quase hesitando, no tempo que pousa seu copo na pia.

─ Largo uma garrafa em sua mão. ─ Quero ver se você toma uma dessas antes que eu. ─ ergo uma sobrancelha, provocativa. ─ Vodka não é sua especialidade afinal?

─ Era. ─ ele nega, balançando a cabeça.

─ Vai amarelar, Mckagan? ─ franzo minhas sobrancelhas, de um jeito que representa tristeza. ─ Ou está com medinho para perder pra uma criança?

─ EU APOSTO NA CRIANÇA! ─ a voz de Nikki entra em nossos tímpanos, como o susto do barulho de um rojão.

─ E eu no Duff! ─ Tommy completa, caçando sua carteira.

Claro, aonde um está, o outro também está. Não há Nikki e Tommy, sem Tommy; ou Tommy e Nikki, sem Nikki.

Nikki e Tommy deixam certa quantia próxima ao copo de Mckagan, então, encaramos o loiro, com aquele olhar desafiador.

─ Não vão sair do meu pé se eu negar? ─ sua visão passa por nossos rostos, andando sem pressa um por um. ─ Né?

─ Você entra nisso se quiser. ─ respondo. ─ Nós não vamos perder nada.

─ É uma aposta. ─ Duff retruca, de miragem sabichona. ─ Devíamos perder algo.

─ Tem algo em mente? ─ logo ele acena.