° Capítulo 27 °

124 11 5
                                    

A água corre por meu corpo nu, se envolvendo contra minha pele, lavando-me.

Lava-me, mas não lava minha alma. Não lava meus pensamentos ruins. Me abraça, mas ainda não leva ninguém em sua correnteza para realmente me abraçar.

E agora, ninguém parece me ajudar. Muito menos a água.

Algumas vezes, tomar banho fazia sentir-me limpa. Realmente purificada. Mas a sensação se foi pelo ralo com o tempo.

Fecho meus olhos, despairecendo com a companhia dos sons reproduzidos pela água caindo.

Respiro fundo, regulando o funcionamento dos meus pulmões pela medida da quantidade de água que chega no meu corpo.

O ciclo afasta meus pensamentos, mas é cortado pela raiz. O som da porta sendo aberta, substitui a música que a água me ofereceu por curtos segundos.

Antes de abrir os olhos, meus dedos chegaram ao registro do chuveiro, então, somente para conferir que nada está fora do comum, afasto um mínimo espaço do box, passando minha cabeça por ele.

Entre a umida fumaça que pesa o ar, minha visão avista meu namorado no chão, já me olhando, com a cartola ao lado de sua coxa.

Slash abre os lábios, mas lhe falta palavras.

Rapidamente, pego a toalha, enrolando meu corpo nela. Abro o box por inteiro, parando no tapete que há na frente do mesmo.

─ Eu... ─ meu namorado começa, sem jeito, abaixando a cabeça. ─ Eu estava sozinho lá fora com a sua família... Por todo mundo estar conversando, e eu meio ter ficado de fora, fiquei mais mal. ─ repentinamente Slash me mira. ─ E eu quis você. Mesmo que estamos brigados.

Estico minhas mãos para ele, chamando-o para me fazer companhia.

Slash só nega com o crânio.

─ Não quero tomar banho. ─ explica.

─ Vem, meu nego. ─ tento levá-lo comigo, então, me abaixo a sua frente, já acariciando sua bochecha com as costas do meu dedo indicador. ─ Talvez você se sinta melhor se tomar banho... ─ selo meus lábios na sua testa, deixando o local com um beijo. ─ O que acha?

Slash acinte.

Sorrio para ele e me ergo, deslizando minhas mãos por seus braços, até colocá-lo de pé.

Desço minhas mãos a barra de sua camisa. Olho para ele, e compreendendo, Slash ergue os braços. Sorrio devido a isso, e levo o tecido para cima. Em uma passada lenta, minha visão acompanha seu tronco sendo despido.

Estando sem camisa, colo meu peito no dele. Meus braços se enlaçam a seu pescoço, e não me conti sobre admirar seus lábios.

Em um breche de vislumbre visual, chego a seus olhos.
Me pareciam imloprar, gritando por um beijo.

Cedo a sua fitada. Aproximo minha boca, ficando no meio do caminho, e ele vem até mim, esperadamente, sendo o que eu desejava.

Nossos lábios roçam um no outro, com um desejo impressionantemente caloroso. Minhas mãos correm a suas calças, e suas mãos, correm a toalha; assim despindo um ao outro, no mesmo instante. E ao deslize de minhas pálpebras ocorrerem, intercalado com ações múltiplas, uma mão de  Slash afunda em minha nuca, enquanto, a outra afundava na minha cintura nua.

Ponho minha perna na altura de sua cintura, Slash a agarra, e prestes a pegar a outra, minha mente se ilumina.

Com dificuldade, afasto meu lábios, tentando ignorar o seu querer de mantê-los unidos.

❛ ANJO CAÍDO 2 ❜ ‣ Slash Onde histórias criam vida. Descubra agora