Vinho e passos

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Como de costume acordei primeiro, e preparei o café, as meninas acordaram, Giulia sento-se a mesa, Rosalie surgiu depois ainda de pijamas e um óculos escuro, ela está detonada.
     - Bom dia.- Disse e as servi com bolo e suco.
     - Bom dia.- Giulia responde, Rosalie só mexe a cabeça.- Alguém aqui está com uma bela ressaca.
Rimos.
      - Ainda bem que ainda tenho epocler, e engov.- A entrego.
      - Kaira, você é um anjo, eu te amo.- São suas primeiras palavras.
A entrego as coisas, e ela toma.
       - Precisamos comer.- Sento junto a elas.
Comemos, e logo depois começo lavar a louça. Giulia vare, e Rosalie começa a guardar os pratos.
      - O Nico vai vim aqui hoje.- Aviso.
      - Eba, comida de graça.- Rosalie comemora.
      - O que ele quer?- Gi pergunta.
      - Ver a namorada dele, é óbvio.- Rosalie responde por mim.
      - Ela está certa.- Disse.
Ela mexe a cabeça de forma negativa, Giulia nunca gostou do Nicolas, e nada a faz mudar de opinião.
Terminamos nossos afazeres, e nos dividimos, vou para meu quarto arruma-lo, Giulia fica na sala assistindo, Rosalie fica com ela.
Começo tirar alguns livros de uma prateleira, e os empilho na cama, assim que tiro todos, limpo o local, e os coloco de novo limpando suas capas com um pano e álcool. Arrumo a cama, e deito-me um pouco, ainda me sinto cansada pela noite passada, e não paro de pensar no que aconteceu no banheiro, não estava tão bêbada a ponto de criar aquelas coisas, isso me deixa curiosa demais, mas não sei mais no que pensar. Adormeço, mas logo sou acordada.
     - Vem almoçar.- Giulia me chama parada a porta.
     - Estou indo.- Nenhuma de nós tirou o pijama, e tenho certeza de que não iremos tira-los. Chego a cozinha elas já se servirão, pego um prato, e coloco o inhoc, e o macarrão. Sento-me Rosalie me entrega um copo com suco. Comemos em silêncio, assim que terminamos, lavo os pratos, e os deixo secando, vou até o quarto da Giulia, ela está mostrando um catálogo novo de uma revista de moda da loja onde trabalha para Rosalie, deito entre elas.
      - O que estamos vendo?- Pergunto.
      - Só alguns catálogos.- Rosalie disse, e voltou o olhar para revista.- Eles não sabem nada sobre moda, eu posso fazer um catálogo muito mais bonito.- Seu olhar é muito soberbo.
       - Está falando isso só porque está no último período da faculdade.- Giulia tenta quebra-la, mas não funciona.
       - É exatamente por isso!
Ela tem razão em se gabar, mas como dizem: não darei asas a cobra.
A campanhinha toca, são cinco e vinte e nove, abro a porta.
      - Oi, linda!- Damos um celinho.- Eu trouxe vinho, e pedi uma barca de sushi.
      - A Giulia não come peixe.- Aviso.
      - Eu sei, e por isso pedi moussaka. Daqui a pouco chega.- O ajudo com as sacolas, levamos para cozinha.
As meninas vêm recebe-lo.
       - Oi, Nico!- Ele abraça Rosalie a tirando do chão.
       - Oi, gata.
       - Oi, Nico.- Ele apera a mão da Giulia.
       - Oi, Gi... Giulia.- Ele pareceu engasgar por um momento.
Vou pegando as taças, e servindo o vinho. Nos sentamos na sala ao redor da mesa de centro no tapete, esperando a comida chegar. Enquanto Rosalie e Nico começam uma discussão.
       - Suco de tomate, não é o molho menos denso.- Nico diz.
       - É sim, tem o mesmo gosto, e cheiro. E se mornar pode até colocar no macarrão.
       - Não é a mesma coisa!
       - É sim. Explica por que não.
       - Porque não... seria nojento colocar o suco no macarrão.
       - Então, você come macarrão ao molho branco sempre?
       - Não...
       - Então, você usa o suco mais denso.
       - Eu desisto!- Ele levanta as mãos em rendição.
Giulia e eu não paramos de rir.
As comidas chegam, e nos servimos, conversamos, e assistimos alguns filmes. Meia noite e dezenove Nico decide ir.
      - Não quer dormir aqui?- Pergunto.
      - Não posso, tenho que acordar cedo, mas eu queria.- Ele me beija.- Eu volto depois, prometo.
      - Certo.- O deixo no elevador, e o dou um último beijo.- Até.
      - Até, linda.
Volto para casa. Arrumo as coisas na sala, lavo os talheres. Vou para meu quarto, tomo um banho, e me deito, acho que tomei vinho demais. Adormeço. Acordo de supetão ouvindo passos de um lado para outro dentro do meu quarto, não abro os olhos apenas fico ouvindo. Por fim meu cérebro liga o meu corpo mandando um alerta, me viro, mas não vejo nada, levanto e começo tatear a parede atrás do interruptor, a luz acende. Não tem nada.
Olho em baixo da cama, e no banheiro, nada. Apago a luz, e volto para cama, deito de costas para o resto do quarto. Quando começo 
adormecer sinto como se alguém acabasse de deitar ao meu lado. Sinto a respiração  fria em meu pescoço, e vou tentando me virar aos poucos, quando meu corpo finalmente vai ficando de frente para seja lá quem for, sou jogada para parede de novo, e começo ser precionada, certas partes do meu corpo começam a doer.
      - Giulia... Rosalie.- Chamo.- Eu não tenho medo... não tenho.
A porta do quarto se abre e paro de sentir a pressão. Mas não foram as meninas. Saio da cama, e vou até a porta. Assim que encosto na maçaneta sou empurrada para fora, e a porta atrás de mim é trancada. Tento abri-la, mas não adianta. Quanto mais forço, mas parece não surtir nenhum efeito. Caminho até a cozinha, pego minha caneca, e coloco café.
Estou sem sono nenhum agora. Sento no sofá e tomo o café escutando o noticiário das quatro horas.

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