𝐉𝐎𝐀𝐐𝐔𝐈𝐍 𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙, ᴘᴀʟᴍᴇɪʀᴀs

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NARRADOR

O céu estava limpo, completamente diferente da situação de horas atrás onde uma tempestade violenta atingiu Montevidéu, deixando o clima frio e melancólico. Agora não. O sol começava a emergir no horizonte verde, trazendo o canto de passarinhos e latidos de cachorros atentos a qualquer movimento suspeito.

O chorinho ecoou pela casa quando a menininha percebeu que estava sozinha no quarto, o sol em seu rosto a incomodava, e sua barriguinha também roncava de fome. Sede, fome e a falta de seus papais foram as principais explicações para esse choro.

Passos na escada e logo em seguida no corredor foram audíveis. A porta se abriu e a figura de Piquerez se fez presente, atento ao que sua pequenina almejava.

— ¡Buen día, mi amor! – Joaco se aproximou da menina, que se encontrava deitada, inquieta, balançando os bracinhos e as pernas. Ainda não conseguia se sentar sem ajuda, conseguindo pouquíssimas vezes — ¿Que pasó?

Ele pegou a garotinha no colo, o ser tão pequeno e delicado quanto uma boneca, sua preciosidade, o coração fora do peito.

Joaquin não se imaginava um pai tão babão quanto é. Ao longo dos meses foi aprendendo a amar aquele grãozinho de arroz, que se tornou uma linda criança. Luna transformou sua vida e o ensinou outro jeito de amar, um amor diferente. A menina mal completou cinco meses e ele já queria que ela parasse de crescer, ele não se via mais sem seu bebezinho e sem a mulher de sua vida. Após o nascer dessa criança, a admiração de Joaquin por S / N se tornou ainda maior depois de assisti-la enfrentar a dor de parir uma criança – que veio de surpresa, para ser sincero. –

Joaquin desceu as escadas com Luna nos braços, brincando com a menina para que ela esquecesse o choro, seguindo até a cozinha para encontrar com a dona de seu coração.

— Acho que Luna quer a mami – o uruguaio entrou na cozinha, S / N se virou, deixando o café e a comida que aprontava para o café da manhã de lado, e a menina começou a balbuciar e esticar os bracinhos para a mulher –

— Bom dia, princesinha – a mulher sorriu agarrando a bebê, beijando seu pescoço e bochechas gordinhas. Piquerez admirou a mulher trocar algumas palavras com Luna –

Ele admirou a mulher contar para menina como o céu estava bonito, e quais eram os planos para o dia. Ah! Como ele é apaixonado e se apaixonava cada vez mais por essas garotas!

Piquerez pegou Luna para que S / N pudesse terminar o café. Brincou com a menina, lhe mostrou o quintal e os brinquedos que nele estavam. Apenas para distrai-la e fazer com que o tempo passasse mais rápido.

Voltou para cozinha e continuava a falar em espanhol com a garotinha e de vez em quando flertava com sua amada.

— Olha só Luninha. Tu mami es muy bonita ¿no crees? – S / N trocou olhares com Piquerez, vendo o homem ter um sorriso torto em seu rosto. Os olhos claros dele a intimidaram, aqueles olhos amorosos tinham outro brilho, um brilho convencido –

— Aonde você quer chegar me bajulando assim? – ela largou os talheres e se virou para encarar o uruguaio, que deixava a Piquerez caçula na cadeirinha se aventurando com o mamão –

— Por que você esta achando isso do seu marido? – ele abraçou a cintura da morena com uma cara fingida de quem não queria nada, mas ela sabia que ele queria algo –

— Se manca, Piquerez! Eu te conheço – S / N colocou as mãos no rosto de Joaco. — Meu deus, seus olhos ficam tão bonitos no sol. Eu amo como eles ficam mais claros.

Joaquin riu com o desvio de assunto. Ele adorava quando ela apontava e o elogiava. Não sabia como agir quando ela fazia, mas faz parte.

— Ainda bem que a nossa filha puxou seus olhos.

— Ainda bem que a nossa filha é linda igual você!

Piquerez admirou os olhos de S / N, admirou os cabelos, o maxilar, o nariz, os cílios, os pequenos fios de cabelo rebeldes que ela constantemente os retirava do rosto, mas logo voltavam ao mesmo lugar. E por fim, os lábios sedutores e saborosos, onde ele adorava deleitar de seu sabor, aquele sabor que o envolveu e não o largou mais.

Joaquin uniu os lábios em um beijou apaixonado, ele não precisava de palavras para dizer o quanto a amava. A abraçando independente do momento, quando ela estava triste ou precisava descansar. A beijando como se fosse a primeira vez, como se tivessem começado a namorar a duas semanas. Sendo atencioso com ela e com Luna, S / N adorava a forma que Luna transformou Joaquin, ele parecia ter se tornado uma pessoa mais leve e – consequentemente – responsável.

O beijo foi partido ao balbuciar de Luna, o casal riu e se virou para a menina completamente suja com mamão. A garotinha abriu um sorriso fechando os olhinhos como S / N fazia – coisa que Joaquin adorava nas duas.

— Ela parece um furacão – Piquerez disse indo limpa-la –

— Parece você.

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Espero que tenham gostado😊

Sir Ariella, Febre90's🚬
Imagine©

𝐅𝐞𝐛𝐫𝐞𝟗𝟎'𝐬 ―― 𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞 𝐀𝐭𝐡𝐥𝐞𝐭𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora