𝐉𝐎𝐀𝐐𝐔𝐈𝐍 𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙, ᴘᴀʟᴍᴇɪʀᴀs ²

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NARRADOR

S / N brincava com Luna tentando distrai-la. A família estava entocada no close do casal. Joaquin pegava pequenas mudas de roupas, uniformes do Palmeias, meias, e arrumava tudo dentro de uma mochila grande. Quero dizer, ele tentava.

Luna estava disposta a não deixar isso acontecer. A menina, com agora dois anos, pegava os shorts e blusas do Palmeiras que seu pai constantemente dobrava e colocava dentro da mochila. Luna pegou outra blusa e estava empenhada a vesti-la.

Joaquin riu com a cena.

— Meu amor, deixa o papai fazer a mala. Pelo amor de Deus. – Piquerez disse rindo, derretendo-se com a cena a sua frente. –

Luna estava toda embolada na blusa, isso fazia com que ela risse mais ainda. Rindo também, S / N a ajudou a menina a sair do amontoado de tecidos.

A blusa de Piquerez ficou dez vezes maior em Luna, e ficou muito pesada para seu corpinho pequeno. Ela cambaleou até a frente do espelho, mas acabou tropeçando na blusa e caindo. Os pais riram da menina e Piquerez a pegou no colo. A menina balbuciou algumas coisas.

Luna já havia falado "mama" e "papa", porém, era rara as vezes em que ela repetia, por ainda ter bastante dificuldade.

— Que horas você vai amanhã? – S / N perguntou. Tocando o braço musculoso de seu esposo. –

Unas sete de la mañana. O voo é as oito. – Joaquin respondeu. A presença do portunhol e o sotaque forte fizeram S / N sorrir ladino, ela sempre admirava o falar de Piquerez. — Vai sentir minha falta?

— Ainda pergunta? Não só eu, mas a sua versão 2.0 também. – S / N acariciou os cachinhos castanhos de Luna. –

— Ainda vai dar tempo para se despedir. – Joaquin disse e S / N concordou. –

Piquerez teria que viajar no dia seguinte com a equipe do Palmeiras até a Argentina para disputar uma partida pela Copa Libertadores. Mas dessa vez, as garotas que mandavam no coração do uruguaio não poderiam acompanha-lo na viagem por conta da saúde de Luna e de S / N. A pequena havia passado a semana vomitando e tendo febres altas. S / N não se sentia bem a mais de quatro semanas; enjoos, vômitos e tontura. Ainda não se sabia o que era, pois, a mulher não tinha ido ao hospital realizar exames.

Piquerez mal conseguiu ficar um dia direito perto de suas garotas e já teria que viajar novamente. O maior medo de Piquerez era não ser um pai presenta na vida da própria filha, então, em qualquer oportunidade que ele tivesse de ficar em casa e aproveitar o dia com suas garotas, ele aproveitaria. Joaquin só começou a perceber que o tempo voava quando recebeu Luna em seus braços, uma hora ela era apenas uma bebê recém nascida e agora já corria pela casa.

[...]

No dia seguinte, Joaquin despertou preguiçosamente. Ele acordou após procurar o calor de sua esposa e recebeu apenas o frio da cama. O uruguaio se levantou. O céu ainda estava escuro, o sol nem ao menos havia raiado.

O homem percebeu ruídos vindos do quarto de sua filha, seguiu até lá e encontrou quem procurava anteriormente. S / N parecia ter acabado de sair do banho junto de Luna. Ambas estavam molhadas e enroladas em um roupão feito de algodão e com estampa da Hello Kitty.

O bocejo de Joaquin fez com que as duas tivessem suas atenções tomadas para o homem. S / N sorriu e Luna esticou as mãozinhas em sua direção, chamando-o. O uruguaio abraçou sua esposa por trás, Luna sorriu começando a falar e brincar com o cordão pendurado no pescoço da mãe.

— Por que você acordou tão cedo? – S / N perguntou, aproveitando os selares que Piquerez deixava em seu pescoço. –

— Senti sua falta na cama. – Joaquin respondeu com a voz rouca, e sorriu ao perceber que sua esposa tinha se arrepiado. Os selares, a voz rouca matinal de Piquerez e suas mãos grandes na cintura da paulista a fizeram suspirar. — E por que vocês duas acordaram tão cedo?

𝐅𝐞𝐛𝐫𝐞𝟗𝟎'𝐬 ―― 𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞 𝐀𝐭𝐡𝐥𝐞𝐭𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora