P.O.V Henrique
- Bom dia, Charlie Sheen!
- Tão engraçadinho! – ela reclamou com uma careta. – Ai! Por que sua casa tem tantas janelas de vidro?
- Porque eu sou um vampiro é gosto de ver minha pele brilhar!
- Fala mais baixo, por favor.. – ela se sentou e apoiou a cabeça na bancada a minha frente. – ah, doce mármore frio.
- Você tá horrível! – sussurrei próximo ao ouvido dela.
- Você é um péssimo noivo! – choramingou. – É como se um rinoceronte sentado em um elefante estivesse sapateando sobre a minha cabeça. – eu ri. – Como você pode não tá de ressaca? Ou sequer ter ficado bêbado ontem?
- Eu não bebi como você!
- Bebeu sim. Bebemos a mesma quantidade!
- Não! – respondi com um sorriso. – Você estava tão aérea que pensou ter me visto bebendo o mesmo que você. – franziu o cenho. – Quando na verdade eu não bebi mais nada depois da tequila!
- O quê?! – gritou e automaticamente levou a mão a cabeça. – Porra!
- Não é melhor você voltar a dormir?
- Meu corpo pede, mas tenho que ir pra casa! – falou. – E obrigada pela garrafa de água na cabeceira da cama. Eu esvaziei em segundos.
- Você pode ficar aqui! – afirmei. – Você tem roupas no meu guarda-roupa e vai ser bom ter a sua companhia. – disse era verdade. Ter Alice ao meu lado me fazia bem, quando estava ao lado dela tudo era motivo de diversão e risadas. Ela me fazia sorrir genuinamente e amenizava o buraco que Angelina deixou. – Dorme aqui.
- Normalmente caras me pedem para dormir na casa deles não envolve cuidar de mim. – disse. – Não dá maneira que você pretende fazer isso pelo menos.
- Então, agora você confia que eu não vou te agarrar. – ele deu um sorriso fraco.
- Se tu quisesse teria feito isso ontem!
- Eu não me aproveitaria de uma garota bêbada! – falei.
- Ainda bem que não! – apoiou o queixo com as mãos. – Porque se você tivesse, eu sei que não teria parado. – prendi a respiração. Em alguns momentos Alice era apenas minha amiga e alguém que me fazia bem, mas em outros eu lembrava que ela era uma mulher atraente com o poder de causar arrepios e despertar seu desejo com meras palavras. Havíamos nos conhecido uma semana antes e se eu dissesse que durante todo esse tempo nunca pensei nela de outra maneira estaria mentindo. Pigarreei cortando minha própria linha de pensamento.
- Então, você fica? – Alice resolveu dormir na minha casa e a tarde dela basicamente constituiu-se em migrar do banheiro para o quarto. Eu mantive a garrafa de água na cabeceira da cama o tempo todo. A maioria das vezes em que eu entrava no quarto ela estava dormindo. Alice parecia tão mais nova e doce enquanto dormia. Em uma das poucas vezes que ela me viu no quarto notou que eu estava a observando.
- Estava me olhando dormir? – perguntou de olhos fechados. Corei.
- Na verdade, estou vendo como você fica quando tá calada! – ela bufou. – Como você sabia que eu estava aqui?
- Seu perfume é gostoso. – disse e fechou os olhos novamente. Sai do quarto em silêncio, sorrindo com seu comentário.
Quando eu não cuidava dela, estava estudando processos e terminei de redigir uns dois contratos pendentes. Eu tinha papéis espalhados ao meu redor, mal percebi quando Alice sentou-se ao meu lado e começou a ler alguns deles.
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Contrato de Casamento volume I
RomanceEditora chefe da revista mais bem paga de NY, Alice Monteiro levava uma vida monótona e tranquila, vivia para o trabalho e nada mais importava, porém, ela vê seu mundo virar de cabeça para baixo quando seu visto é negado. Desesperada e sem saída, a...