Capítulo 19 - Vamos conversar

996 70 0
                                    

"Boa leitura!!

P.O.V Henrique

- Não!

- Henrique..

- Não, Alice, não! – disse com a mandíbula cerrada. – Não é verdade, você tá me zoando! – afirmou.

- Eu estou te contando o que aconteceu!

- Ela não seria capaz de me trair com esse filho da puta assim.

- E não foi o que ela fez no final do namoro de vocês? Por que é tão difícil acreditar? – perguntou. Observei um casal de amigos da minha mãe entrando no hall. Eu não iria lidar com sorrisos e fingimento, precisava sair dali.

- Eu tenho que sair daqui. – afastei-me em direção as escadas. Pude escutar o barulho dos saltos de Alice atrás de mim. Eu não queria olhar pra ela naquele momento. Meu sangue fervia com raiva do Max, Angelina e dela.

- Henrique, para e fala comigo!

- Por quê? – virei e encurralados no corredor espalmando minhas mãos na parede atrás dela.

- Eu juro que você tá me assustando! – aquilo me desarmou. – Por favor.. me deixa explicar.. Me escuta! – ela segurou meu rosto e olhou em meus olhos. Suspirei e assenti. – Eu sinto muito, não poderia saber que era seu primo. Sinceramente, eu gostaria muito de apagar aquela noite da minha vida. Foi terrível! – fez uma careta.

- Dizer exatamente o que eu gostaria de ouvir está ajudando muito na sua causa. – ela sorriu me arrancando uma risada fraca.

- Eu não posso apagar também o fato dele ter me chamado de Lice... – baixei o olhar. – Por que você não quis acreditar? Acha que eu falaria mentira somente pra te machucar?

- Eu só não quero crer que ela me traiu duas vezes com ele. – um bolo se formava em minha garganta. - Por que ela fez isso comigo? – falei para mim mesmo.

- Vem aqui.. Me abraça e dê o seu melhor sorriso. Essa é a primeira de muitas oportunidades de fazer essa vadia se arrepender de ter te deixado. Ela é uma piranha e ele um filho da puta! – disse.

- E?

- E o quê?

- Só isso?

- Sim!

- Nenhum discurso motivacional?

- Por que eu faria isso?

- Para me motivar a enfrentar o Max e ela, talvez?

- Cara, olha pra mim! – girou em torno de si – Se ter esse mulherão da p@rra ao seu lado não te animar, nada mais te anima! – revirei os olhos e deslizei minha mão na dela. Alice esfregou meu indicador com o dedão, percebi que ela fazia aquilo todas as vezes em que dávamos as mãos. Era uma mania adorável e naquele momento bastante reconfortante. – Henrique, vai ficar tudo bem. – assenti em silêncio. Eu não conseguia ver um cenário no qual tudo ficaria bem de verdade. – Henrique se você vai se perder nos seus pensamentos pelo menos sorria. – ela pediu. – Por nossa farsa.

- Desculpa.. estava lembrando de umas coisas aqui.

- De quando você terminou com ela, né?

- Sim, como você sabe?

- Seu olhar.. – falou – Fica triste e arrependido quando você pensa nela.

- Nossa, que poético.

- Poesia é uma das minhas várias facetas. – riu. – Sou como uma cebola, tenho várias camadas.

- Você acabou de citar o primeiro filme de Shrek?

Contrato de Casamento volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora