"Capítulo 21 - Calminha

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P.O.V HENRIQUE

- Filho da puta, cala a porra dessa boca antes que eu quebre os seus dentes!

- Henrique! – Angelina me chamou.

- Henrique, olha pra mim. – Alice segurou meu rosto entre as mãos. – Ele não vale a pena, não vale! – ela me puxou pelo braço, para longe deles. – Vem.. vamos dançar!

- Eu não quero mais dançar, Alice! – disse cansado.

- Você vai! – virou meu rosto para que olhasse diretamente nos olhos dela. – Você vai ficar aqui e dançar, rir e ficar comigo a noite toda.

- Eu não posso. Não estou com humor pra sustentar nossa farsa!

- Que bom, porque não é isso que eu quero fazer! – olhei-a confuso.

- O que quer fazer então?

- Eu serei sua amiga! – disse. – Eu te farei dançar, rir e curtir o resto da noite ao meu lado, nem que seja por minutos. Eu vou fazer isso!

- Boa sorte! – falei, passando a mão na bochecha dela. Alice fechou os olhos e segurou meu pescoço com as mãos.

- Te distrair hoje será minha missão de vida.

(...)

Horas depois..

P.O.V Alice

- Ah! Mal acredito que já foi todo mundo embora! – disse tirando meus saltos. Meus pés estavam me matando. – Segura aqui. – entreguei os sapatos nas mãos de Henrique e sentei na cadeira mais próxima massageando meus pés.

- Eu juro que não consigo imaginar como você consegue usar esse troço por tanto tempo.

- É o preço da beleza, docinho! – aquele apelido irônico estava pegando.

- Vem aqui, deixa comigo! – ele puxou uma cadeira ficando de frente para mim e colocou meus pés no colo dele.

- Ah! Porra! – exclamei quando Henrique começou a massagem meu pé direito. – Cara, isso é uma delícia. Onde você aprendeu?

- Necessidades da vida! – ele deu um sorriso malicioso. Comecei a imaginar as mãos dele subindo pelas minhas pernas e fazendo sua mágica pelo meu corpo inteiro. Senti meu rosto corar um pouco, revirei os olhos e tentei disfarçar a vontade que senti naquele momento. Pela risada dele não deu certo.

- Ain.. isso é tão gostoso! – saiu voluntariamente, ele paralisou os dedos e levantou as sobrancelhas para mim. Dei uma risada percebendo a merda que eu tinha acabado de falar.

- Se você continuar falando desse jeito eu não vou conseguir continuar com a massagem!

- Não! – riu e continuou. Era bom ouvir a risada dele. Foi assustador vê-lo furioso e tão triste enquanto Angelina estava na festa. Tentei o meu melhor para fazê-lo esquecer a presença dela.

- Por que vocês dois não vão fazer essas massagens em um quarto? – Ana se aproximou carregando Harry adormecido. – Amiga, estamos indo embora, ok? – assenti.

- Indo embora? – Henrique perguntou. – Tá tarde, fiquem aqui!

- Não, Henrique. Não podemos.

- Sim, vocês podem! – insistiu. – Eu já tinha pedido para arrumarem um quarto para vocês e esse garotão desde cedo.

- Tem certeza? Não queremos incomodar.

- Eu insisto, não é incomodo algum!

- Ok. – cedeu. Henrique se levantou. Fiz um biquinho pela perda do meu massagista.

Contrato de Casamento volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora