"Capítulo 29 - Sessão cinema?

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P.O.V ALICE

Mesmo que eu não tivesse o direito, me senti incomodada pelo jeito em que ele falou dela. Poxa, tá na cama comigo, nua deitada no peito dele e vem falar de outra mulher? Eu entendo que ela foi importante para ele, e, de certa forma me deixa feliz saber que também sou. Mas.. não há necessidade de ficar falando o tempo todo. Me remexi desconfortável, escorregando para a cama novamente.

- O que foi? – perguntou, sua mão acariciando minha bochecha.

- Nada. – ignorei o incômodo.

- Eu tenho uma coisa pra você! – sentou de repente, fiz o mesmo.

- O quê? – puxei os lençóis para cobrir meus seios.

Ele levantou da cama, andando nu pelo quarto. Eu não pude deixar de sorrir com a cena, ele agia como se fossemos casal, de fato. Ele é realmente muito gostoso, mesmo quando não está viril.

- Você poderia colocar pelo menos a cueca! – gargalhei, ele me olhou com um sorrisinho malicioso.

- Por quê? Meu membro estava dentro de você há poucos minutos, sério que tá com vergonha? – seu sorriso sacana me deixou sem voz, e ele percebendo comemorou. – Ora ora, ela sabe ficar muda.

- É claro que não com vergonha, muito menos estou muda. – levantei as sobrancelhas. – E posso provar!

- Como? – pegou a calça jogada no chão, tirando algo de dentro.

- Assim.. – me levantei, jogando o lençol que cobria meu corpo sobre a cama. Ele arregalou ainda mais aqueles olhos negros. Não resisti ao ver uma pequena reação de seu corpo. – Quem está mudo agora?

- Isso foi golpe baixo!

- É, foi bem baixo mesmo. – mordi o lábio ao olhar sua ereção que já era aparente. – Você não cansa não?

- Quando é bom? Não mesmo! – tentou se aproximar, coloquei a mão entre nossos corpos.

- Não!

- Por quê?

- Cara, eu estou esgotada, sem contar na fome que sinto. E a coisa que tinha pra mim?

- Acho que isso é seu! – abriu a mão mostrando o anel que ele havia me dado.

- É? – ironizei.

- Alice, não me provoca! – cerrou os olhos, pegando minha mão. – Não tira nunca mais!

- Talvez eu tire quando a gente se divorciar. – pisquei um olho, ele colocou o anel no meu dedo com tanto cuidado que eu perdi a fala.

- É sério, Alice. Você me deu um susto! – beijou o anel. – Não faz mais isso.

- Você foi um idiota!

- Eu sei. Peço desculpas por isso!

- Tá tudo bem! – dei de ombros. - Vamos comer?

- Espera! – me puxou quando tentei me afastar. Nossos corpos, ainda úmidos, despidos e grudados no meio do quarto era uma tentação. – Eu achei que você fosse embora mesmo. Fiquei desesperado!

- Eu ia mesmo, docinho. – dei dois tapinhas em seu rosto. – Agora chega pra lá que eu não consigo raciocinar contigo pelado e grudado em mim. Ah, depois temos que conversar.

- Sobre o quê? – perguntou enquanto se afastava e pagava a cueca jogada no chão.

- Depois! – peguei sua camisa de botão também jogada no chão e coloquei sobre meu corpo.

- Você tem suas próprias roupas! – falou.

- Não tô nem aí! – sai do quarto e o deixei lá, colocando a calça.

Contrato de Casamento volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora