15_ Proposta.

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Bati meu pé direito nervosamente no chão enquanto mordia meu lábio inferior. Naquele momento, estava me controlando para não infartar enquanto eu estava olhando diretamente para o Sr Hawking... Axel bem na minha frente.

Não sei onde eu estava com a cabeça para aceitar o convite dele para almoçar, mas agora estava praticamente acabando o meu horário de almoço e mesmo assim eu passei praticamente todo o caminho e o começo do almoço sem me pronunciar.

ㅡ Você, realmente, não gosta de mim? ㅡ A pergunta do Axel, que acabou com o silêncio, soou me fazendo engoli em seco.

ㅡ O que você quer dizer com isso?

ㅡ Estou perguntando o porquê de que você não estar querendo continuar o que aconteceu naquela noite que nos conhecemos. ㅡ Axel respondeu, em seguida se enclinou na mesa. ㅡ Aquele beijo foi tão ruim?

ㅡ A questão não é essa, Axel! ㅡ Murmurei. Por que ele estava fazendo aquilo comigo? ㅡ Honestamente, foi apenas um selinho que não deu impressão nenhuma de que seu beijo pode ser bom ou ruim. E eu já disse que eu não faço sexo casual!

ㅡ E por que você acha que eu tô interessado em sexo? ㅡ Axel me encarou, surpreendendo-me, com um olhar vazio. ㅡ Nem todos os homens são como você pensa.

ㅡ A maioria sim. ㅡ Resmunguei. ㅡ Por que eu, Axel? De tantas pessoas por ai, de tantas GAROTAS lindas e maravilhosas que existem por ai. Por que, justamente, eu?

ㅡ Essa é uma pergunta que eu não tenho a resposta. ㅡ O seu tom de voz me fez suspirar. ㅡ Isso não é negação, né?

Abaixei meu olhar engolindo em seco novamente. Era estranho estar naquela situação com um cara que eu não conhecia direito e que, surpreendentemente, parecia que conheço a anos. Ainda mais pelo selinho roubado que insistia em ficar na minha cabeça.

No entanto, uma parte de mim tinha um receio enorme. Um receio que me consumia por inteira e que eu não poderia simplesmente ignorar por uma coisa... por algo que role entre mim e o Axel. Seja lá o que isso for.

ㅡ Ok. ㅡ Axel suspirou assentindo me fazendo erguer meu olhar parando de pensar. ㅡ Como você ainda não respondeu a minha pergunta, nem disse o verdadeiro motivo de não estar querendo ficar comigo. Quero lhe propor uma coisa.

ㅡ Que coisa? ㅡ Arqueei uma das sombracelhas.

ㅡ Uma semana. ㅡ Sua resposta me fez apertar meus olhos confusa.

ㅡ Uma semana?

ㅡ Sim, Marina. Uma semana. ㅡ Ele assentiu. ㅡ Nessa semana eu quero que a gente se conheça, saia junto, passeamos pela cidade no intuito de nos conhecermos para ver o que rola ou não. Nesse tempo, você pode pensar e me dizer se gosta de mim ou não. E eu só vou parar de insistir quando você falar com todas as letras que não gosta de mim. Fechado?

ㅡ E se eu falar agora? ㅡ Questionei-o.

ㅡ Simples. Eu vou embora, fingimos que nada aconteceu e voltamos ser aluna e professor. ㅡ Axel finalizou com um daqueles seus sorrisos. Parei por alguns segundos passando a língua pelos meus lábios lembrando daquele selinho roubado. O que tinha demais naquele selinho para ter ficado na minha mente? Não teve nem língua! ㅡ Fechado? ㅡ Ele estendeu-me a mão aberta.

Por alguns segundos eu parei para pensar se aquilo parecia certo ou não. O que eu faria naquela semana? Apenas confirmaria o que eu sentia pelo Axel, o que não seria nada além de uma relação normal como aluna ou professor.

ㅡ Fechado. ㅡ Peguei em sua mão e, de repente, um choque elétrico correu pelo meu corpo. Axel abriu um sorriso em seguida que me fez paralisar no mesmo lugar e, sem sucesso, acabei sorrindo automaticamente também.

*

Sid- Então você, literalmente, aceitou o convite de sair com o professor gato por uma semana??

Mari- Sim.

Assenti enquanto entrava na minha pequena sala colocando a minha bolsa lá. Por bem pouco, não havia chegado tarde por conta do Axel.

Sid- Quem é você e o que fez com a Marina??

Mari- Para de palhaçada que ainda a situação é seria.

Sid- É só uma semana, Marina. Não aja como se fosse a coisa mais torturante do mundo, né? Pelo menos, é um gato como o Axel.

Assim que ela terminou de falar eu olhei para a minha mão ㅡ antes da gente se despedir no restaurante, ele pegou na minha mão e sorriu abertamente me deixando paralisada mais uma vez ㅡ , e acabei soltando um sorriso bobo lembrando.

Sid- Você não tá em negação, né, Mari? Não é preciso. Tá na cara que o Axel tá interessado em você.

Engoli em seco me sentando na cadeira em silêncio.

Sid- Ou é você que não quer ele e não sabe como dizer?

Aquela pergunta me pegou em cheio. Fiquei alguns segundos parada pensando antes de me despedir da Sid e desligar a ligação, no entanto, vi que uma mensagem do Axel estava lá.

Axel- Como eu trabalho em três turnos, quero que o nosso primeiro encontro seja na segunda-feira as 20h.

Engoli em seco novamente.

•••

Lições do Amor | Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora