50_ Eu te amo.

166 19 1
                                    

Minha namorada...

Ao ouvir aquele final de frase do Axel foi como uma tirada da minha realidade por alguns instantes.

Por um momento eu fiquei sem reação observando o Axel abrir a caixinha e me mostrar duas alianças que estavam ali. Elas eram perfeitas, mas o que se passava na minha cabeça era além daquele pedido.

É claro que a minha resposta era sim e eu não duvidava dos meus sentimentos pelo Axel. E por esse mesmo motivo eu parei olhando profundamente aquele homem na minha frente.

Os olhos dele transmitia um receio, isso me fez ficar mais encantada. O nervosismo dele era nítido no seu semblante, o seu maxilar estava travado e a mão dele tremia um pouco enquanto segurava a caixa.

Na minha cabeça, não era apenas um pedido no qual o garoto que eu gostava estava fazendo para mim. Era muito mais que isso. Era o pedido de namoro do homem que eu... amava.

Olhando diretamente e fixamente para os olhos de Axel eu tive mais certeza do que eu sentia. Era incrível para mim saber os meus sentimentos e ter á certeza que ele é o primeiro homem que eu estava amando.

Abri um sorriso dando um passo a frente erguendo minhas duas mãos colocando dos dois lados do seu rosto. Lágrimas quentes na banhavam meu rosto, e eu agradecia loucamente por ele. Eu o amava.

ㅡ É claro, Axel ㅡ Respondi finalmente a sua pergunta enquanto meu coração batia loucamente dentro do meu peito. ㅡ Eu disse ontem para você que diria sim você para sempre. Sim, Axel Hawking, eu aceito ser sua namorada.

De repente, percebi que os olhos do Axel ficaram marejados e também banhados pelas lágrimas. Ele sorriu com isso pegando uma aliança da caixinha, a menor, colocou do meu dedo e beijou ali. Em seguida, ele pegou a maior e colocou no dedo dele.

ㅡ Elas são lindas ㅡ Afirmei, me aproximando mais do seu corpo descendo minhas mãos até o seu peitoral. ㅡ Quando você comprou?

ㅡ Quando a gente começou a sair, ue. ㅡ Axel deu de ombros guardando a caixinha dentro do bolso, em seguida colocou as suas duas mãos na minha cintura.

ㅡ É... é sério?

ㅡ Sim. Eu queria te pedir em namoro logo de cara, mas eu pensei direito e vi que você ainda estava tentando negar seus sentimentos. Por isso eu te chamei para sair por uma semana para que eu soubesse os seus verdadeiros sentimentos por mim. ㅡ Axel explicou com a maior naturalidade. ㅡ Eu não queria forçar você a nada, mas quando você aceitou a proposta eu quase pulei de alegria.

Sorri vendo seus olhos brilharem.

ㅡ Eu te amo, Axel. ㅡ Minha voz saiu sem a minha permissão, fazendo um silêncio se instalar por nós em menos de uma metade de um segundo. No mesmo minuto meu coração acelerou loucamente ao ver a surpresa nos olhos dele.

Sem dizer nada, Axel apenas ergueu sua mão levantando até a minha bochecha e começou a alisa-la. Uma lágrima, para a minha surpresa, escorreu dos olhos dele.

ㅡ Eu te amo, Marina. ㅡ Axel sorriu calmamente fazendo um alívio percorrer pelo meu corpo. ㅡ Faz tempo que eu quero dizer isso. Na verdade, teve muitas vezes que eu não disse por bem pouco.

ㅡ Como naquele dia da ligação? ㅡ Questionei acariciando sua nuca.

ㅡ Sim. ㅡ Ele assentiu apertando os lábios. ㅡ Eu fiquei com medo e desistir. Então, eu resolvi esperar pelo momento certo. Ou melhor, a poucos segundos atrás.

ㅡ Não precisa ter medo de falar nada para mim. ㅡ Enclinei e encostei minha testa no seu peitoral. ㅡ Eu sou sua namorada agora.

ㅡ Eu te amo. ㅡ Ele sussurrou apertando minha cintura, me fazendo enclinar meu rosto e olha-lo.

ㅡ Eu também te amo. ㅡ Sussurrei puxando a sua nuca, em seguida o beijei ferozmente.

Agora ele era o meu namorado. E, além disso, o homem que eu amo.

*

ㅡ Sem querer ser chato nem nada, mas... ㅡ Axel analisou o prato cheio de brigadeiro em sua frente com uma expressão de nojo. ㅡ Você me ama mesmo? Tipo, esse negócio não tá...

ㅡ Axel, cala a merda da boca e come logo! ㅡ Grunhi nervosa. Naquele momento já estávamos em casa, de banhos tomados, e nesse segundo nos encontrávamos sentados no sofá tentando assistir algo.

Hoje eu resolvi fazer o melhor doce brasileiro para o Axel provar, mas ele estava irredutível e parecia receoso.

ㅡ Olha isso, Mari. É comestível? ㅡ Axel pegou um pouco na colher e aproximou do seu rosto. Revirei meus olhos pegando o prato do brigadeiro colocando-o em cima da mesa, em seguida fiquei de joelhos pegando a colher da mão dele.

ㅡ Só prova. ㅡ Pedi. ㅡ Se não gostar, eu como por nós dois.

Ele relutou por mais alguns segundos, mas logo provou e pensou por mais segundos antes de me olhar.

ㅡ Hmmmm... É uma delícia! ㅡ Axel sorriu abertamente. ㅡ Nossa, queria ter provado antes. ㅡ Ele se enclinou pegando o prato.

Aquilo me fez rir erguendo a mão para pegar mais, porém, Axel me impedidiu.

ㅡ EI! ㅡ Gritei. ㅡ Que palhaçada, Axel! Me dá!

ㅡ Naaaummmm... ㅡ Ele fingiu drama enquanto se levantava do sofá. ㅡ É meu agora.

ㅡ O que? Nada disso! ㅡ Me levantei também. ㅡ Axel, me... ㅡ Não deu tempo de terminar a frase pois ele saiu correndo com o prato e isso me fez correr atrás dele em seguida. ㅡ AXEL!!!!

Aquela noite perfeita se seguiu dessa forma, apenas nós dois. Como namorado e namorada... oficialmente.

•••

Lições do Amor | Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora