ㅡ Ai, que ódio! ㅡ Dei um soco na mesa me sentindo mais nervosa. Na verdade não era só nervosismo o que eu sentia naquele momento enquanto eu estava na minha sala.
Depois que eu falei com a minha Host Momy, eu desliguei a ligação e tentei esquecer aquele assunto por alguns segundos. Na mesma hora o pânico surgiu e eu quase tive um leve surto, porém, eu me controlei e tentei esquecer até certo ponto.
Eu tentava de todas as formas manter o pensamento positivo e tentava convencer a mim mesma que a Sid poderia aparecer a qualquer momento. Tentava colocar na minha cabeça que eu receberia uma ligação da Sid e no final iríamos rir disso.
Entretanto, meu coração preocupado dizia outra coisa.
Tentei ligar novamente para o seu número e, sem surpresa, caiu na caixa postal pela vigésima vez naquele dia. Respirei fundo me sentando de volta na cadeira apoiando meus cotovelos na mesa e colocando minhas mãos no rosto.
O toque do meu celular soou me fazendo pega-lo novamente achando que era a Sid.
Mari- Alô? Sid?
Axel- É o Axel, amor.
Suspirei fundo abaixando meus ombros. Por um momento, uma esperança surgiu...
Mari- Oi, Axel.
Axel- Nada ainda?
Mari- Nada. Eu tô começando a ficar com medo, Axel. A Sid nunca faria isso.
Axel- Eu queria poder te ajudar, mas eu não conheço a Sid como você para pensar nas possibilidades de lugares que ela possa estar.
Mari- Tudo bem, Axel. Você já tá comigo, isso basta.
Afirmei esfregando minha nuca.
Mari- Por que você ligou? Já não deveria tá na aula?
Axel- Sim, eu fiz um intervalo. Eu só queria saber se você tá bem, ou se quer que eu te leve para casa.
Sorri.
Mari- Não, tudo bem. Você pode ir na frente, eu vou demorar muito no trabalho porque teve um agendamento de última hora.
Axel- Tem certeza?
Mari- Tenho.
Olhei para a porta e vi que o Dash entrava e sua expressão estava de felicidade. Um aperto surgiu ao perceber que eu não tinha falado para ele...
Mari- Eu tenho que desligar, tá? A gente se vê em casa.
Axel- Tudo bem, amor. Se cuida. Eu te... Tchau.
Ele falou antes de desligar a ligação com uma voz distante. Dei de ombros erguendo meu queixo e olhando para o Dash, que me encarava.
ㅡ Que cara é essa?
ㅡ Ah... ㅡ Esfreguei minha nuca novamente. ㅡ Eu não te contei, Dash. Mas a Sid teve que ir para a casa dos pais ontem porque ele estão precisando de ajuda.
ㅡ Ela me falou sobre isso. ㅡ Dash sentou-se na cadeira a minha frente. ㅡ Ela não me manda mensagem desde ontem. Na casa dela não tem sinal?
ㅡ Na verdade, ela nem chegou lá.
ㅡ Como assim?
ㅡ Não sei exatamente o que aconteceu com a Sidney, Dash. Só sei que ela não chegou na casa dos pais, o celular dela só cai na caixa postal e estamos sem notícias dela quase por um dia inteiro. ㅡ Expliquei, sentindo uma dor no peito. ㅡ Estou tentando ligar para ela ainda, mas como eu disse só cai na caixa postal.
ㅡ O que?? Mas, como? Por que???
ㅡ Eu não sei, Dash! Não sei! ㅡ Gritei nervosa enquanto me levantava da cadeira. Aquela agonia de não ter notícia nenhuma da Sidney me sufocava. ㅡ Ela saiu ontem pela manhã, e até a casa dos pais dela são apenas 3h de carro. Ela não chegaria lá nem pela noite.
ㅡ E agora nem os pais dela tem notícia?
Balancei a cabeça negando me virando para a parede, sentindo um aperto horrível dentro do peito. Eu queria a minha amiga de volta.
*
Mari- Não, tudo bem, Host Momy. Qualquer coisa me liga.Safira- Até mais, Mari.
Mari- Tchau.
Desliguei a ligação dela e coloquei o celular em cima do colo do Axel que estava do meu lado. Naquele momento estávamos no carro, enquanto eu dirigia o carro para irmos para casa.
Após o trabalho ㅡ eu demorei bastante para esquecer e aliviar a preocupação para voltar pro trabalho, mas eu não podia deixar de trabalhar e desisti por alguns estantes de tentar encontrar a Sid ㅡ , eu tive que voltar para a facul e buscar o Axel. E agora já estávamos indo para casa.
Contudo, a preocupação ainda me rodeava.
ㅡ O que ela falou? ㅡ Axel perguntou guardando o celular dentro da minha bolsa.
ㅡ A mesma coisa. ㅡ Afirmei, por fim, dando um suspiro. ㅡ Ela não chegou lá, não mandou mensagem, nem um sinal de vida ou qualquer outra coisa. Nada! AÍ QUE ÓDIO! ㅡ Gritei fechando meu punho e dando um soco forte no volante.
ㅡ Ei, Marina, para! ㅡ Axel gritou também em seguida. Fiz uma careta pela dor, mas logo abaixei meus ombros. ㅡ O que você tá fazendo? Não é assim que vai resolver as coisas!
ㅡ E se eu continuar sem fazer nada, também não vou resolver! ㅡ Gritei novamente.
ㅡ Se machucando, gritando, se martlizando também não vão! ㅡ Axel gritou em seguida. Respirei fundo, em seguida ouvi o seu suspiro. Nunca ouvi ele gritar. ㅡ Por que você tá agindo assim? Ai, que saco! Desculpa por ter te gritado, me sinto um idiota agora.
Acabei abrindo um sorriso continuando a dirigir, em seguida estacionei ao ver que já havíamos chegado na frente do edifício.
ㅡ Nunca ouvi você gritar. ㅡ Indaguei, soltando o volante e me virando para ele.
ㅡ Não gosto de levantar a voz para ninguém, principalmente para uma mulher. Vi meu pai fazendo isso a minha infância inteira com a minha mãe. ㅡ Franzi minha testa confusa assim que ouvi.
ㅡ Você nunca me disse isso, Axel.
ㅡ Não gosto. ㅡ Ele murmurou. ㅡ As vezes, tenho medo que algum dia eu possa ser igual a ele. Entende? Por isso que eu cuido muito de você. Não quero ser igual ao meu pai, não quero levantar a voz para você, quero sempre lhe colocar em primeiro lugar e me desculpa por ter gritado agora. Não gosto de ver você desse jeito.
Levei minha mão até o seu cabelo e baguncei, em seguida acareciei sua bochecha.
ㅡ Você não é o seu pai, Axel. Você é o que está na minha frente agora. ㅡ Sorri para ele. ㅡ Mas, eu ainda tô com medo. O que será que pode ter acontecido?
ㅡ Já faz mais de um dia, né? Não deveríamos acionar a polícia?
ㅡ E dá-la como desaparecida? ㅡ Arqueei minha sobrancelha. ㅡ Eu me recuso a acreditar nisso.
ㅡ Mari... ㅡ O toque do meu celular soou algo demostrando uma ligação. Axel pegou o mesmo da minha bolsa e me entregou.
Meu coração disparou ao sentir uma onda de pressentimento ruim me rodear após ver no visor um número desconhecido.
•••
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Lições do Amor | Vol.1
RomanceMarina sempre foi uma garota batalhadora, com o seu objetivo em ser melhor no que faz, ela decide realizar o seu sonho da melhor forma possível. E para fazer isso ela teria que deixar toda a sua vida para atrás e ir embora da sua cidade, ou melhor...