6- Proposal.

138 19 14
                                    

Oi gente! Bom dia! Como estão ?
Eu estou bem, mas um pouco ansiosa e em surto criativo...kkkk
Portanto, sejam bem vindos a mais um capítulo!
Espero que aproveitem e um beijo no coração de todos 💚

kkkkPortanto, sejam bem vindos a mais um capítulo! Espero que aproveitem e um beijo no coração de todos 💚

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.




Charlotte Vøn Ripley pov.

Eu muito provavelmente nunca me acostumaria com o som do despertador tocando todas as manhãs.
Praticamente me arrasto até o banheiro e suspiro encarando meu reflexo no espelho.
Ligo a água quente do chuveiro e me coloco sobre ela, sentindo meus músculos agradavelmente relaxarem. Tiro os restos das máscaras faciais de meu rosto e lavo meu cabelo longo.
Eram os costumeiros rituais que eu era obrigada a conservar desde sempre.
"Você reflete a imagem do povo".
Era o que mamãe sempre me dizia.
Termino meu banho e checo milimetricamente minha aparência. Seco meus cabelos e visto meus jeans e camiseta, aproveitando da liberdade para também calçar meus tênis.
Tomo meu café da manhã, visto meu casaco e pego meu guarda chuvas para meu primeiro dia chuvoso em Gotham.
Tranco minha porta e desço pacientemente pelo elevador, abrindo minha sombrinha, começando a caminhar pelo complexo universitário e fechando-a assim que entro no prédio de meu curso.
Adentro a sala e me sento mais uma vez ao fundo, mentalmente agradecendo por não estar na companhia de Damian esta manhã, ainda que meu pensamento fosse um pouco rude, eu seguia reflexiva sobre o que ele dizia.
Abri meus livros e me concentrei nas palavras da professora, abastecendo meus cadernos com as informações.
Minhas aulas normalmente tomavam o período todo, isso significava que fomos liberados quando minha mente já estava à beira de um colapso e meu estômago reclamava pela fome.
A comida de Rosália já havia tido seu fim, então agora eu teria minhas refeições no refeitório universitário, como uma americana comum.
Caminhei pacientemente e me servi na fila das refeições, pagando-a e encarando as mesas entre os alunos.
Cerrei meus olhos e sorri assim que vi uma cabeleira ruiva acenando em minha direção.
Era bom muito ter Bart como amigo.
- Como está, Charlie ? — sorriu ele.
- Muito bem. — sorrio. – Conseguiu resolver o problema da noite passada ?
- Desculpe por isso. — rola os olhos. – Como foi o resto da noite com o senhor simpatia ?
- Ele...ele não é tão ruim assim. — abaixo meu olhar. – Vamos evitar falar disso. — sorrio. – O que vai fazer no fim de semana ?
- Provavelmente sair com os caras e talvez fazer um pouco dos trabalhos.
- Para onde vão ? — pergunto curiosa mordendo meu sanduíche de atum.
- Provavelmente para alguma festa ou balada em New England. — dá de ombros. – Quer vir ?
O que seria uma festa na América ?
Em Ludstava, haviam vestidos enormes, música clássica e muitos queijos.
Mas infringir uma regra, não seria apropriado.
- Eu agradeço o convite. — sorrio.
- Ah, qual é...por que não quer ir ?
- Terá o evento de acolhimento pré feriado. — respondo.
O evento era como uma feira para dar aos estudantes oportunidade extracurriculares.
- Você só vai ser jovem por algum tempo. — insiste ele. – E eu tenho amigos que morreriam para sair com você. — sorri malicioso.
- Não entendi. — sorrio confusa e ele mostra o celular.
- Qual o seu tipo ? — pergunta ele.
- Tipo ?
- É...seu tipo de garoto para beijar.
Arregalo meus olhos rindo.
Eu nem ao menos havia dançado com alguém da minha idade durante minha vida.
- Não faço ideia. — dou de ombros. – Mas acho que gostaria de garotos altos.
- Hum...— fez cara de pensativo. – O que acha de caras de pele verde ?
- Verde ? — pergunto confusa.
- Gar é um herói muito famoso. — diz ele.
- Você é amigo de um herói ?.
- Gata, você nem imagina o quão próximo sou. — responde ele levantando as sobrancelhas.
- Wow. — começo a rir de sua cara convencida.
- Não fuja do assunto! — exclama.
- Nunca conheci alguém verde. — dou de ombros.
- Isso parece um não. — cerra os olhos. – Caras mais novos ?
- Acho que não. — sorrio.
Eu particularmente não convivia com muitas crianças, e imaginava que talvez ficasse sem assunto com alguém mais novo.
- Bart, eu agradeço mas...— ele me interrompe.
- E o que acha ? — vira a tela me mostrando uma foto de Dick e engasgo com minha própria saliva.
- Isso é um sim ? — pergunta ele dando leves tapinhas em minhas costas.
- Isso não s-significa n-nada. — respondo puxando o ar de volta aos meus pulmões.
- Você está vermelha. — sorriu malicioso. – Eu sabia que você seria uma danadinha por garotos mais velhos.
- Nem pense nisso! — exclamo sentindo meu rosto queimar. – Como o conhece ?
- Já trabalhamos juntos em algo. – dá de ombros. – E ele namorou uma amiga depois disso.
Encaro Bart com curiosidade.
- Ele é namoradeiro ?
- Você é uma velha ? — zomba ele. – Dick Grayson é o príncipe galinha de Gotham. — encolhe os ombros. – Mas ouvi dizer que ele beija bem.
- Deus, não podia imaginar isso...— murmuro.
- Você o conhece ? — pergunta Bart.
Eu o vi quase pelado e o costurei.
- O vi na casa de Damian. — respondo sorrindo amarelo.
- Ele tem uma aparência invejável.— bufa Bart. – Acho que por isso é tão seletivo.
- Seletivo ?
- Existe um boato de que ele só namora ruivas gostosas. — responde Bart. – Ainda bem que não gosto de garotos. — diz exibido me fazendo rir por um instante.
Então, Dick Grayson era um namoradeiro que só gostava de ruivas.
Bom, isso era esclarecedor.
Ainda que não houvesse nenhum interesse de minha parte, era bom saber com quais companhias eu não deveria andar.
- Ainda sim, duvido que ele não se impressionaria por você. — diz Bart. – Você não tem noção de quantas cartas foram deixadas no meu armário pedindo seu número. — bufa ele.
- Isso não se faz necessário. — dou de ombros. – Não falarei com ele de qualquer forma.
- Por que ? — pergunta confuso.
- Não sou ruiva. — respondo seca.
- Ui. — sorri Bart. – A gatinha está mostrando as garras por ciúmes ?
- Desculpe. — encolho os ombros. – Mas não tenho ciúmes, Bart. — respondo. – Sou completamente imune a esse sentimento.
Eu realmente o desconhecia.
Era filha única e as atenções eram excessivamente direcionadas a mim.
Até quando eu nem ao menos as queria.
- E que tal uma praia ? — pergunta.
- Não há praias em Gotham. — respondo.
- Eu sei, querida. — sorriu malicioso. – Mas eu conheço alguém em Happy Harbor.
- Isso fica em New England, certo ? — sorrio assim que ele assentiu.
Eu nunca havia ido à praia.
As visitas diplomáticas nunca incluíam sentir o calor das areias entre os dedos, e nem as ondas em meus pés.
Infelizmente, minha tia iria odiar que fosse contra suas regras de me manter em Gotham.
Essas regras, garantiam a minha "liberdade" em Gotham. Minha obediência comprava a liberdade de poder andar sem seguranças e holofotes.
Ela gritaria comigo.
E eu provavelmente iria chorar.
- Sim. — respondeu Bart. – Vou considerar que você vai.
- Eu não posso. — encolho os ombros. – Minha família não ia gostar se eu saísse de Gotham.
- Essa é a graça, querida. — pisca Bart. – Eles não saberiam.
Eles sempre sabem.
- Eu agradeço, ainda sim. — sorrio sem graça. – Mas não deixe de contar as novidades da viagem.
Bart bufa revirando os olhos.
- Não vou sem você. — diz ele me fazendo arregalar meus olhos.
- Você não pode fazer isso.
- Posso e vou. — cruza os braços. – Não ficarei lá com um monte de gente sabendo que está sozinha criando musgo.
- Eu não criaria mus...— ele me interrompe.
- Se não for, eu não vou.
Oh Deus, isso era ruim.
- Você não deveria fazer isso, Bart. — aperto sua mão que se apoiava sobre a mesa. – Vai ser divertido e acho sinceramente que deveria ir e aproveitar por nós dois.
- Charlotte. — me encarou sério. – Uma semana já se passou e já decidi que seremos nós dois contra o mundo. — ele aperta minha mão. – Se eu não for, podemos ir no cinema e nos encher de pipoca. — dá de ombros. – Não é como se eu preferisse ver garotas lindas de biquíni. — me encara com uma sobrancelha erguida.
Pensei nas probabilidades.
Eu seria uma rainha agora, já era maior de idade e teoricamente poderia dar um gelo em minha tia se ela ficasse descontrolada demais.
Suspirei e rezei mais uma vez a Deus para que ele perdoasse minha rebeldia.
- Nós vamos, Bart. — murmuro ainda não muito confiante e Bart levanta seus braços comemorando.
- Esse é o espírito, querida. — sorri ele. – Sexta feira será o dia do acolhimento da faculdade, então vamos faltar e fugir para a praia logo cedo.
- Mas teriam bolinhos durante o acolhimento. — digo um pouco abalada.
Eu realmente apreciava bolinhos.
- Esqueça os bolinhos e foque em fazer as malas.
- Como chegaremos até lá ? — pergunto a ele.
- Nós temos duas opções. — pegou seu celular. – Podemos ir de ônibus...— me encarou maliciosamente. – Ou de tubo zeta.
- Tubo zeta ? — pergunto confuso.
- Algo como teletransporte. — explicou. – Os heróis usam, e para sua sorte, temos um no laboratório de ciências que posso programar.
- Isso é genial. — exclamo surpresa. – Eu topo.
- Então apenas foque em arrumar as malas, gatinha. — sorri bagunçando meu cabelo.
Eu finalmente sentiria o calor no rosto, e o mar em meus pés.
Seria perfeito.

.

.

.

Dick Grayson pov.


- Honestamente, de quem foi essa ideia ? — pergunto encarando Conner.
- Agradeça ao Superboy, aqui. — resmunga Artemis.
- Eu quis ajudar as crianças, galera. — explica Conner pela milésima vez. – E M'gann tem tudo em controle.
- Só se for por poderes mentais. — reclamou Artemis. – Vocês vão literalmente abrigar uma turma de universitários e nós somos penalizados.
- Vocês ofereceram ajuda. — rebate M'gann.
- Para treinamentos ocasionais e não para montar barracas. — resmungo. – Eles chegam quando ?
- Amanhã, e pode ser em qualquer momento. — responde M'gann. – Bart pediu para trazer uma garota.
- Uma garota ? — pergunta Conner. – Devo me preocupar com sexo na minha casa...
- Eu realmente ouvi que depois do casamento isso acont...— sou interrompido por uma das estruturas da barraca batendo em minha cabeça e sorrio para M'gann. – Não é justo usar poderes para agredir os colegas.
- Isso serve para os colegas que não tem muito bom senso. — rebateu ela, rindo. – E estamos seguros sobre sexo.
- Não me diga que...— começou Artemis e abriu um dos sacos de boas vindas de M'gann. – Deus...
- São para segurança. — sorriu M'gann.
- Ela realmente comprou engradados disso. — Artemis encara o pacote brilhante em suas mãos. – Ew.
- E é por isso que não vou deixar minha filha se juntar a vocês. — diz Roy trazendo as coberturas de lonas. – De quem mesmo foi a ideia dessa droga ? — pergunta ele e apontamos para Conner que sorri. – Droga, cara.
- E como está nosso arqueiro favorito ? — sorri Artemis. – Vai trazer alguma mulher para o nosso acampamento improvisado ?.
- Isso aqui já vai ter romance demais para mim. — responde ele enojado e começamos a rir.
- E você, Dick ? — pergunta M'gann. – Há alguém especial ?
- De repente, em um prédio universitário...— assovia Artemis e cerro meus olhos em sua direção. – Oh, desculpe! — ergue os braços defensivamente.
- Fique longe das universitárias, cara. — diz Roy. – Elas são problemas demais.
- Sua filha vai ser universitária um dia, Roy. — provoca Artemis.
- Vamos cogitar o convento até lá. — rebate ele. – Isso vale para Bárbara também.
- Não acho que Jason cogite outra coisa. — respondo rindo.
- Isso não responde nossa pergunta, Dick. — assovia Conner.
- Estou completamente indisponível para essas coisas. — suspiro. – Mulheres são...caóticas.
- Ainda pensando sobre a história da Estelar ? — pergunta Roy.
Estelar, podia também ser um dos tópicos de minha vida. Aquela mulher na mesma proporção de que era um poço de poder e uma porção deliciosa de mulher, era um caos.
E sempre que eu me via longe, ela tinha a capacidade de me encontrar, ainda que por agora, as coisas estavam distantes e tecnicamente resolvidas entre nós.
- Não a vejo há algum tempo. — explico.
- Então tem outra pessoa no jogo. — diz Conner carregando uma mesa de jantar de madeira maciça com facilidade em uma mão.
- Não tem ninguém, pessoal. — sorrio.
Mas poderia.
Não, não poderia.
Eu manteria distância e seguiria os conselhos idiotas de Jason e Damian. Ela merecia algo melhor, e eu saberia dar espaço a ela.
- Por que não acredito nisso ? — pergunta M'gann.
- Só porque você consegue ler mentes. — provoco ela que ri.
- Estou realmente tentando me manter focado em ser um herói melhor.
- Conta outra. — exclama Roy. – Você é o garoto prodígio. — diz ele engrossando a voz, imitando Bruce.
Todos rimos com a fajuta imitação.
- Não brinque muito, Roy! — provoca Artemis. – Você também é alguém que já está algum tempo sozinho.
- Eu sou ocupado. — respondeu ele quase sem graça.
Eu realmente gostaria de rir naquele momento.
Roy Harper era alguém que dificilmente ficava constrangido. Ele sempre dizia o que pensava e era provavelmente um dos mais despojados entre nós.
A questão era, estava muito óbvio o quão caído por Artemis ele estava.
Há tempos, os dois compartilhavam uma casa e cuidavam da filha que Roy havia tido com a irmã de Ártemis, Lince.
- Acho que a grande preocupação é...amanhã essa casa estará fervendo a universitários. — digo tentando aliviar o clima.
- Você parece estranhamente preocupado. — diz Conner cerrando os olhos.
- Porque não muito tempo atrás, eu tive a idade deles.
- Ainda não entendo onde acharam uma boa ideia deixarem jovens sozinhos em uma caverna. — comenta M'gann reflexiva.
- Não sejam tão pessimistas. — diz Conner. – Canário disse que seria uma boa forma de aliviar a pressão para a equipe.
- Eu espero mesmo que ela esteja certa. — diz Artemis.
Eu também esperava.
A equipe comandado por M'gann era jovem, não tão jovem quanto fomos quando começamos, mas ainda sim, muito cheia de novos poderes sutilmente descontrolados.
Então, em um dos treinos de Conner com Canário Negro, ela sugeriu que déssemos uma "pausa" para a equipe.
E e eu só precisava garantir que tudo estivesse sobre perfeito controle.

Ordinary Life Onde histórias criam vida. Descubra agora