2- Nice to meet.

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Oi gente! Como vão ?
Espero que estejam bem e saudáveis!
Antes de tudo, gostaria de dizer que a Imnotmika_ faz uma fanfic incrível sobre The witcher, e se puderem, passem lá para conferir!
Por fim, desejo a todos uma ótima leitura!
Beijo da Nan 💚

🎶 Reminder - The Weekend.

Charlotte Elizabeth Vøn Ripley pov

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Charlotte Elizabeth Vøn Ripley pov.

Deus, ele estava morto ?
Oh, era muito sangue.
Eu apenas conseguia pedir perdão a Deus por ter feito aquilo, repetidamente.
Eu não era uma assassina, fui apenas uma universitária assustada com um homem adentrando assustadoramente minha janela no meio da noite.
Joguei sobre ele um vaso que costumava descansar ao lado de minha cabeceira da cama e vi seu corpo rapidamente desmaiado no centro de minha nova casa.
Tomei coragem e rezei mais uma vez antes de calçar minhas pantufas e engatinhar até ele.
Ele estava mascarado e usava um uniforme preto com listras azuis.
Ele era alguém como Brion.
Meu Deus, eu havia matado um herói!
Deus, por favor, me perdoe.
Senti lágrimas queimando em meus olhos ao encarar a poça de sangue formando ao redor do corpo do homem.
- Ajuda...— murmurou ele de forma quase inaudível.
Ele não estava morto, obrigada Deus.
O que eu faria ?
Tudo o que podia pensar era em como eu carregaria um homem daquele tamanho até o hospital.
Não, nada de hospitais, ele era um herói com uma identidade secreta a preservar.
Oh Deus, o que eu faria ?
E o que ele estava fazendo aqui ?
Mais lágrimas se arrastaram em minha bochecha até que eu pudesse parar com meu pânico.
Suspirei e segurei seus braços, arrastando-o para o banheiro. Empurrei seu tronco para a banheira e logo depois suas pernas.
Eu podia ver a grande mancha de sangue em sua barriga e aquele sangue deveria ser interrompido.
Como futura rainha, Ludstava tinha uma regra muito séria sobre o treinamento de uma futura governante.
Mesmo mulheres, éramos mandadas ao exército e escolhíamos uma especialidade para ajudar nosso povo.
Eu fui algo como uma enfermeira, e agora, tentaria salvar o homem a minha frente.
Eu precisaria tirar sua roupa e estancar o sangue, talvez até costura-lo.
Entrei na banheira junto com o corpo grande e apoiei suas costas pesadas contra minhas pernas, procurando por um zíper.
Deus, eu veria um homem sem roupas.
Peguei em minha pequena correntinha e encarei o teto, era por uma boa causa.
Desci o zíper e comecei a puxar sua roupa para fora, desviando meus olhos da quantia de cicatrizes que quase pareciam profanar aquela pele perfeita.
Eu me odiava por notar os detalhes do homem desconhecido.
Sua pele era pálida, ele era muito musculoso e não possuía pelos em nenhuma parte de seu corpo.
Evitei completamente toca-lo em áreas inapropriadas e evitei retirar sua roupa íntima.
Eu jamais havia visto um homem nu.
Éramos um país conservador, as rainhas casavam-se virgens e esse seria meu destino também.
Prendi a respiração assim que vi o corte na barriga do homem.
Ele precisaria de sutura.
Não haviam linhas de sutura para costura-lo, mas eu tinha linhas grossas e agulhas para costura.
Corri de volta para meu quarto e praticamente me joguei em direção ao kit de costura e até o kit de primeiros socorros, voltando correndo até o homem desmaiado em minha banheira.
Ele precisava ser desinfectado, ou morreria de infecção.
Liguei o chuveiro, encharcando nós dois e manchando ainda mais meu pijama branco com o sangue do homem.
Pedi licenças inúteis ao homem que jamais me escutaria naquele ponto e lavei sua ferida cuidadosamente. Desliguei o chuveiro e me ergui mais uma vez sobre ele, cuidadosamente o enrolei em uma toalha e o arrastei até meu quarto, jogando-o desajeitadamente sobre a cama.
Eu já podia sentir minhas costas e ombros pedindo ajuda, mas nada daquilo era sobre mim.
O deitei na cama, desinfectei sua ferida e respirei fundo, agarrando o pequeno kit de costura.
Minhas mãos estavam trêmulas nas tentativas inúteis de tentar posicionar a linha na agulha grossa. Eu havia passado álcool em ambos na expectativa de salvá-lo.
Vamos, Charlotte, você treinou isso um milhão de vezes, ainda que em línguas de porco e peles falsas.
Agradeci mais uma vez, mentalmente, assim que consegui colocar a linha na agulha.
- Me desculpe por isso. — murmurei para o homem. – Isso pode doer um pouquinho, mas eu preciso realmente tentar salvar você. — acariciei seu rosto inutilmente e comecei a profanar a pele perfeita do homem.
Durante o processo, ouvi lamúrias baixinhas que me aliviavam cada vez mais, já que eram provas de que ele ainda estaria vivo.
Assim que terminei, avaliei meu trabalho e suspirei aliviada. Fiz um curativo em sua ferida e chequei seu pulso.
Ele sobreviveria.
Obrigada meu Deus.
Me sentei na beirada de minha cama, agora quase completamente ocupada pelo corpo grande e encarei seu rosto ainda coberto pela máscara. Eu tentei me convencer de que era certo preservar sua identidade, mas naquele ponto, eu já havia literalmente o costurado e talvez aquilo o ajudasse a descansar um pouco.
- Me desculpe, mais uma vez. — toquei em sua máscara. – Prometo que isso tudo ficará entre nós dois. — delicadamente tirei a máscara de seu rosto, deixando-a sobre a pequena mesa ao lado de minha cama.
Comecei a jogar todos os tecidos manchados na pequena máquina de lavar que Rosália havia me dado e ensinado a usar. Limpei todo o sangue do apartamento mas permaneci com meu pijama. Eu não confiaria ficar nua no mesmo cômodo que um desconhecido.
Voltei ao seu encontro e encarei o homem um pouco maravilhada.
Seu rosto era anguloso, tinha o nariz sutilmente torto, como se houvesse quebrado-o há vários anos, mas isso não o tornava menos bonito. Ele tinha bolsas de insônia sobre seus olhos e parecia exausto. Seu cabelo era bem escuro e ele parecia mais velho que eu.
A noite parecia ter sido realmente difícil para ele e por um momento, pensei em algo que me trouxe arrepios profundos.
As pessoas más também usavam uniformes assim.
Rezei profundamente para que ele não fosse uma daquelas pessoas.
Suspirei tentando deixar aquele pensamento de fora e puxei meu edredom para cima de seu corpo, cobrindo-o.
Ele precisava mais disso do que eu e eu apenas precisava que ele ficasse bem.
Eu nem o conhecia, mas agora compartilhávamos um segredo, e eu tinha muitas perguntas e desculpas a dar.
Me sentei no chão ao lado da cama, ainda encarando-o já que em toda a minha vida, eu não havia tido muito contato com homens com idades próximas a minha e em meu íntimo, eu parecia um pouco maravilhada com a aparência do homem a minha frente.
E por uma última vez, encarei o homem desconhecido sobre minha cama, e descansei meus olhos em um sono profundo mais uma vez.

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