14- Voices.

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Oi gente! Tudo bem ?
Hoje tive mais um surto criativo e aqui estou kkkkkk
Gente, antes de tudo, só queria relembrar que minha DM está SEMPRE aberta para o que precisarem e quiserem conversar, vocês não estão sozinhos!
E nunca se esqueçam de cuidar da saúde mental de vocês!
Espero que gostem e beijo no coração de todos! 💚

⚠️ Esse capítulo apresenta gatilhos como transtornos alimentares e crises de ansiedade.

🎶 Consume - Chase Atlantic








🎶 Consume - Chase Atlantic

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Dick Grayson pov.

Em meus vinte e poucos anos, vi muita coisa.
Vi a magia no circo, vi a morte tornar-se minha aliada, vi Bruce me dando uma nova chance de vida e vi muitos aspectos de minha vida crescerem, prosperarem e até morrerem.
Alguns poucos, agarrarem-se as trevas mais do que pude ver luz.
Vi as coisas mais bonitas e presenciei as mais feias também.
E fui hipócrita.
Oh, merda, eu fui hipócrita pra caralho.
Há alguns anos atrás, eu me considerava o mediador do que era bom.
O grande conciliador entre o bom e o caos.
Principalmente, quando julguei a escuridão de Jason e julguei Frank por abraçá-la e deixá-la ser consumida.
Uma época onde eu estava mais instável e doente do que eu me considerava agora.
E olha que sou doente pra caralho agora.
Mas entendi muitas coisas sobre escuridão.
A primeira, e mais importante delas, é que normalmente, a luz atrai a escuridão.
E a segunda, que agora martelava em minha cabeça enquanto eu via Charlotte dormindo encolhida no banco do passageiro de meu carro, era que a escuridão, na maioria das vezes, consumia e engolia a luz.
E isso me preocupava.
Me preocupava porque naquela tarde, consumi todos os pecados que condenei através dos anos.
Eu me sentia corrompendo aos poucos, a inocência intacta de Charlotte, e eu simplesmente não conseguia parar, eu não queria parar.
Eu adorava a inocência daqueles olhos cinzas, de suas mãos que sempre ficavam em meus ombros ou cabelos, porque eu sabia que ela simplesmente não sabia o que fazer com elas, e eu poderia dizer que adorava Charlotte por completo.
Em uma tarde, eu a conheci, pelo menos um pouco dela, uma pequena parte daquela imensidão que seus olhos cinzentos representavam.
Descobri sua cor favorita, seus sonhos, seus medos e um pouco de sua alma.
Mas eu estava assustado, muito.
Porque na mesma intensidade em que eu me deliciava em conhecer a alma intacta e bonita de Charlotte, me assustava pensar que ela conheceria a minha.
Uma alma doente e quebrada.

...

Assim que estacionei na frente do prédio universitário, a encarei dormindo em perfeita paz.
Eu a invejava.
Invejava a paz que ela conseguia conquistar.
- Ei, Princesa. — digo baixo e a vejo delicadamente abrir seus olhos e sorrir.
- Desculpe. — sorri ela. – Seu carro é muito confortável.
Eu gostaria que ela pudesse usar outro tom ao dizer essas mesmas palavras.
- Ele agradece por isso. — sorrio. – Nós chegamos no alojamento.
- Talvez você queira subir um pouquinho ? — ela pergunta com as bochechas coradas.
E sinceramente, qualquer pedido dela, eu atenderia.
- Claro. — sorrio soltando meu cinto.
Saímos do carro, e assim que chegamos na entrada do prédio de Charlotte, cheio com os hormônios de novos adultos, uma sutil onda possessiva me assolou.
Tomei sua mão pequena com a minha e entrelacei nossas mãos.
Eu gostava da sensação de tê-la um pouco minha.
Charlotte me encarava atônita, e eu tinha a estranha sensação de ver uma pequena faísca surgir em seus olhos.
Oh, isso era bom.
E mesmo sutilmente me culpando, melhor do aquilo, apenas a imagem da bunda grande e redonda de Charlotte balançando tortuosamente sem calcinha sobre o vestido justo, a minha frente.
E Deus abençoe os vestidos.

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