Uma princesa, um herói adormecido...deveres, valores e uma dose de adrenalina.
"Heaven knows that I've been told
Paid for the life that I chose
If I could, I'd trade it all
Trade it for a halo
And she said that she'll pray for me
I said: It's too l...
Oi gente! Como estão ? Espero que estejam bem e saudáveis. Sejam bem vindos a mais um capítulo! Obrigada por todo amor e boas energias desejadas até agora! Beijo grande no coração de todos! 💚
🎶IFollow Rivers - The Magician Remix
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Charlotte Vøn Ripley pov.
Gotham era uma cidade confusa. Ainda que eu agradecesse aos céus por encontrar uma cafeteria ao atravessar a rua, eu ainda teria o processo de atravessar a rua. A comida que Rosália havia me enviado, alimentava minhas principais refeições pela primeira semana. Mas agora, depois de algumas despedidas estranhas e uma primeira aula de microeconomia de uma complexidade nunca vista, que também havia devorado minha tarde toda, eu realmente precisava de algo doce antes do jantar. E definitivamente o cansaço havia sido minha motivação para arriscar tentar atravessar o intenso fluxo de carros pela primeira vez. E Deus, eu estava realmente assustada e tentava compulsivamente me jogar da calçada mas voltava correndo assim que ouvia uma buzina assustadora. Era minha primeira vez atravessando uma rua sozinha. Em Ludstava, os carros abriam seus caminhos para que a comitiva real pudesse passar. - Desculpe a intromissão. — uma voz se aproxima me assustando. – Mas está tudo bem ? Que vergonha, eu provavelmente parecia um cervo assustado. - Ah, sim. — tento sorrir. – Tudo bem. - Você é nova aqui ? — pergunta. – Seu sotaque não parece ser americano. - Está perceptível assim ? — pergunto encarando-o. - Isso e o receio do tráfego. — explica ele. - Sou intercambista. — sorrio envergonhada. – E nunca atravessei uma rua com essa quantidade de carros. — encarei a calçada envergonhada. – Sinto muito se pareço constrangedora. - Isso acontece. — ele ainda assim, sorri gentil. – Posso ajudá-la ? - Eu agradeceria. — faço uma pequena reverência e arregalo meus olhos assim que noto o que fiz. Costume inadequado. Ele sorri e me oferece o braço. - Vamos com calma. — diz ele e aperta um pequeno botão do sinaleiro. Assim que a loucura de carros para, começamos a andar sobre a faixa de pedestres. Ouço um sino assustador e uma bicicleta quase atravessa meu pobre corpo que tremia como uma cabra assustada. Me agarro automaticamente sobre o corpo ao meu lado. - SAIA DA FRENTE! — grita o homem na bicicleta. Arregalo meus olhos e rapidamente seguimos nosso caminho para o outro lado da rua. - Isso não acontece sempre. — diz o garoto assim que ficamos seguros do outro lado. – São só pessoas mal educadas. Me solto de seu abraço e coço a garganta. - Sinto muito, eu...— podia sentir meu rosto queimar e as palavras me confundirem. - Não se preocupe, é normal se assustar. — sorri doce. - Obrigada pela ajuda. — sorrio. – Sou Charlotte. — estendo a mão, evitando o impulso de inclinar minha cabeça. - Bart Allen. — apertou minha mão. – Há quanto está em Gotham ? - Um dia. — respondo e o acompanho assim que ele começa a caminhar até o café. - Isso é bem pouco tempo. — sorri. – Gotham é bem movimentado, as vezes até eu tenho dificuldades para me acostumar. - Também não é daqui ? — pergunto assim que ele passa pela porta e abre a porta para mim. - Sou de um lugar bem longe, mas moro em Star city, que não é uma cidade longe. — responde ele. – Estou fazendo ciência aplicada. - Isso parece difícil. — sorrio assim que entramos na fila de atendimento. – Estou cursando relações internacionais com foco em economia. - É mais fácil do que pensar na economia do mundo. — comentou. Ele nem imaginava... - Quando eu era mais jovem, gostava de brincar de experimentos. — relembrei sorrindo por um passado que não parecia mais meu. - Você ainda é jovem. — brincou ele. – Ou estou falando com uma senhora ? - Uma jovem senhora. — sorri e chegou a nossa vez para pedirmos. – O que seria isso ? — perguntei a atendente que me olhou com estranheza mas me explicou sobre os bolinhos. - Não conhece muffins ? — pergunta Bart. - Não. — respondo apreciando os bolinhos. – Eu gostaria de muffins e um cappuccino. — peço a ela. – Do que gostaria ? — encaro Bart. - Eu posso pedir. - Por favor, eu insisto. — sorri. - Eu realmente como muito. - Por favor. — insisti e ele suspirou derrotado. - Um cappuccino grande, cinco muffins, dois brownies e um frapuccino. — pediu ele e segurei meu riso. Papai diria que é um antílope com fome de um rinoceronte. Utilizei meu cartão americano pela primeira vez e sorri satisfeita por lembrar da senha que Rosália havia me passado. Nos juntamos no balcão ao lado para esperar nossa senha. - E então, Charlotte...— começou Bart. – De onde você é ? - Ludstava. — sorri. – Um pequeno país em fronteira com... - Markovia. — ele responde me interrompendo. - Conhece Markovia ? — pergunto. - Já fui ao país algumas vezes. — responde dando de ombros. – É um país realmente...animado. — disse ele parecendo estar pensativo. Markovia era um pouco caótica, mas era um bom pais para se viver no geral. Menos se você fosse um meta-humano, já que o país e seu povo eram muito rígidos e até um pouco intolerantes, em minha opinião, sobre isso. O povo não aceitava bem a evolução, e eu não concordava com isso. Em Ludstava, recebíamos alguns meta-humanos de Markovia, para que pudessem se sentir acolhidos e respeitados quando a energia de seu próprio povo, parecia um pouco demais. - Já está sentindo saudades do seu país ? — pergunta Bart. – Não é fácil estar longe dos pais e tudo mais... - No momento, estou onde deveria estar. — respondo pegando meu pedido. Era um alívio estar mesmo que por um curto período de tempo, longe de Ludstava. Um pequeno suspiro de vida que me enchia. Eu amava meu país com todas as minhas forças, mas vivi minha vida para acatar leis, ordens e pouco vivi minha juventude. Aos meus dezenove anos, era o primeiro dia em minha vida, em que eu podia calçar um par de tênis por um dia completo. Não haviam ordens, parlamentos repletos de homens que me odiavam, e cobranças excessivas. Eu podia até mesmo tomar um café sem que houvessem pessoas literalmente contando cada caloria que entrava em meu corpo. Bart encarou o relógio. - Precisa ir ? — pergunto mordendo meu muffin assim que nos sentamos a frente da cafeteria. - Tenho o péssimo hábito de estar sempre correndo. — sorriu ele. – Mas posso ficar. — deu de ombros bebendo seu frapuccino. – Afinal, não é educado deixar uma dama andando sozinha ao pôr do sol. - Principalmente quando a dama parece ser a negação da cidade com trânsito. — brinquei e rimos juntos. - Para uma primeira travessia em uma cidade como Gotham, você foi muito bem! — sorriu ele. Era bom conversar com alguém da minha idade que não realmente fosse interessado em se casar comigo por ligações políticas. Minha educação, ao longos dos anos, me permitiu pouco contato com outras crianças e adolescentes. Eu estudava em casa, tinha lições esportivas em casa e via Brion e sua família apenas em eventos sociais. Eu jamais teria permissão para me sentar com um garoto em uma cafeteria em Ludstava. Isso seria um pecado que poderia apresentar riscos para minha honra. Era bom estar nos Estados Unidos. Bart, era um novo amigo gentil. Alguém com quem se poderia conversar por um dia inteiro. Ficamos sentados na cafeteria até seu fechamento, quando já estávamos noite a dentro. Bart me contou que sentia as diferenças de sua terra natal e de como sua origem era diferente de Gotham, principalmente no quanto Gotham estava atrasada em tecnologia. Ele iria rir conhecendo Ludstava. Eu nem ao menos era autorizada a ter um celular com internet. - Bart. — chamei meu novo amigo. – Você tem planos para o resto da noite ? - Gata, sou todo seu. — brincou e arregalei os olhos, fazendo com que ele também arregalasse os dele. – E-eu e-entendi mal ? — perguntou ele nervoso. – Eu não quis ofender e nem nad... O interrompi, tentando controlar o calor que se espalhava por meu rosto. - Você entende de eletrônicos, certo ? — pergunto e ele suspira aliviado. - Certo. - Poderia me levar para comprar um aparelho como esses ? — pergunto apontando para seu celular sobre a mesa. - Você não tem um celular ? — perguntou desconfiado. - Digamos que minha família é bem rígida. — respondo. Eu tecnicamente tinha um celular, um celular controlado e que ainda possuía botões. - Você literalmente está perdendo um mundo. — comentou ele levantando-se. – Vamos ao shopping. – me oferece o braço. – Isso vai te dar muitas oportunidades para atravessar as ruas. - Oh, isso parece muito interessante! — concordei com ele tentando me manter corajosa.