Oi gente! Tudo bem ?
Primeiramente, gostaria de desejar a todos um excelente natal!
Que tudo se torne próspero, saudável e emanando boas energias para vocês!
Esse capítulo é um especial de natal, dedicado ao natal da família Wayne e não irá interferir no rumo normal da história.
Um beijo no coração de todos e feliz natal meus amigos! 💚
- Mansão Wayne, véspera de natal.Dick Grayson pov.
- Tem certeza de que isso parece certo ? — pergunto a Damian.
- A grande e idiota ideia de montar uma casa de bonecas para Bárbara foi sua. — resmungou ele pintando a madeira de rosa.
- Você preferia fazer aquilo ? — aponto para Tim vestido de palhaço.
- Somos os heróis de Gotham e vivemos essa humilhação. — bufou ele.
- Somos tios também, idiota. — rebato parafusando as madeiras já coloridas.
Ouvimos gritinhos alegres e nos viramos para ver um Jason emburrado usando seu tradicional "canguru" de transporte com Bárbara nele.
- Usem camisinha, crianças. — diz ele. — Estou há duas noites lidando com aquela droga de Papai Noel. — aponta ele para o grande Papai Noel inflável.
Decoração que definitivamente contrastava com a constante energia sombria tradicional da mansão Wayne.
Ouvimos um carro sendo brutalmente estacionado sobre o gramado verde.
- Quem é a coisa linda da titia ? — grita Bobby saindo do carro de Damian com uma porção de sacolas.
Ela bate a porta do carro e ouço um suspiro melancólico de Damian ao fundo.
Era cômico vê-lo sofrendo por seu carro coberto de neve nas mãos de Bobby
Era engraçado pensar como esse cara, o maior resmungão rabugento havia encontrado alguém completamente em seu oposto.
E claro, Jason ainda estava no topo do cargo de situações inesperadas, principalmente quando começávamos a reparar nele, que sempre usavas roupas pretas e sombrias e agora carregava uma grande e fofo acessório ruivo com roubas rosa.
- Trouxe uma porção de presentes! — gritou Bobby sorrindo. – Mesmo quando aquela senhora quis me parar. — apontou para Frank que também descia do carro carregando uma grande torta.
- Ela ainda não entende que Bárbara não precisa exatamente de sapatos brilhantes. — respondeu Frank sorrindo.
- Ela definitivamente está mais adepta aos tênis. — sorrio encarando a miniatura de tênis sobre os pezinhos de Bárbara.
- Isso se deve ao bom gosto do papai. — responde Jason.
- Eu não diria exatamente que você tem bom gosto. — resmunga Tim se aproximando e ouvimos as palminhas alegres de Bárbara.
- Você é o único palhaço permitido nessa casa. — responde Jason dando de ombros. – E Bárbara gosta dessas coisas.
O sol começava a se pôr, e nossos preparativos logo se cessariam, dando lugar a enorme ceia que Alfred prepararia.
E não demorou muito que Alfred nos chamasse para dentro.
A casa de bonecas de Bárbara não ficaria pronta no mesmo dia, ainda que Damian insistisse que se fizéssemos um "forte de aventuras" ela gostaria muito mais.
Eu duvidava muito.
Apesar de ser muito parecida com Jason, assustadoramente até. Bárbara, era uma criança doce e sensível que poderia fazer qualquer um de nós, seus tios idiotas, de gato e sapato.
Assim que Alfred nos chamou, nos espalhamos sentando na grande sala de jantar de Bruce. Quando Alfred posicionou o Peru, vi um garfo atrevido em uma manga de roupa com bolas de palhaço cruzarem a mesa em busca de um pedaço e a mão rápida de Frank estapeando-a e afastando.
- Isso doeu, sua Malevola! — reclamou Tim.
- Palhaço mau educado! — ralhou ela.
Bruce coçou a garganta e se levantou, todos o encaramos.
- Eu gostaria de agradecer por mais um ano estarmos aqui. — começou ele. – Por Jason e Frank, que me aceitaram como o avô de Bárbara e parte de sua família. — disse. – Por Damian, meu filho, que apesar de nossas diferenças, se manteve unido a família. — encarou Damian. – A Tim, nosso palhaço local. — sorriu. – E ao Dick, meu filho mais velho, que mesmo entre suas próprias perdas, aceitou ser parte desta família.
- Aos Waynes! — sorri erguendo minha taça.
- Aos Waynes. — brindamos todos.
Jantamos a enorme ceia de Alfred enquanto ele se juntava a nós e se elogiava a cada pedaço degustado por ele. Dizendo o quão bem Alfred Pennyworth sabia cozinhar.
Encarei sorrindo a imagem dessa anormal e um pouco quebrada família que havíamos construído.
Se nós não lidássemos com nossa merda unidos, estaríamos cercados ainda em nossos próprios caos.
Era bom tê-los.
E era bom encarar Bárbara, nosso pequeno raio ruivo de esperança de bondade.
E também era bom olhar para seus cabelos ruivos e seu nome e lembrar-me de minha Bárbara, que provavelmente tiraria milhares de fotos de Damian construindo a pequena casa rosa de bonecas e riria de Tim vestido de palhaço para alegrar nossa pequena sobrinha.
Era bom saber que seu nome, mesmo que ela não estivesse mais aqui, teria continuidade em uma pequena pessoa tão cheia de amor e que jamais, jurando pelas nossas vidas, seria quebrada.
Eu sempre sentiria falta de Bárbara, ela sempre teria lugar nessa mesa e em meu coração.
Mas eu já havia deixado-a ir.
E desejava, mesmo sendo cético, que ela pudesse estar feliz, onde quer que ela estivesse.
- Ei Dick, seu idiota, pegue logo um pedaço do pernil para pegarmos também! — ralhou Damian e eu ri, cortando meu pedaço.
Depois da ceia, nos reunimos na grande sala de Bruce, onde ele, junto com a pequena Bárbara que basicamente só babou nas decorações, montaram uma grande árvore.
Quando chegamos a troca dos presentes, Jason obviamente começou sua entrega de mais uma joia de rubi a Frank, declarando seu amor em palavras silenciosas.
Eu podia entender o amor deles agora.
Tim, recebeu presentes de todos nós e garantiu que passaria o próximo natal rodeado de mulheres no Caribe.
Ele havia feito essa mesma promessa no natal passado e no anterior também.
Bobby deu a Damian mais um anel caro para sua coleção, e eu realmente não gostaria de saber o que ele cochilou no ouvido dela sobre seu presente de natal quando chegassem em casa.
Bruce entregou dezenas de presentes a Bárbara, que ficou em seu colo brincando com uma pequena pelúcia de morcego que achamos ser uma boa piada.
Por fim, Frank e Bobby me entregaram um suéter e um novo relógio, respectivamente, em um abraço.
E eu, distribui presentes para todos aqueles idiotas.
Uma nova gravata para Bruce, um óculos de sol para Jason, brincos para Bobby e Frank, um álbum de fotos para Tim preencher e uma pulseira para a pequena Bárbara.
Em meu bolso, eu ainda podia sentir o pequeno volume de uma caixa que sempre andaria em meu comigo em todos os natais.
Mamãe, ainda no circo, anos atrás, em um natal, havia deixado comigo, seu anel com um único diamante de noivado.
Um anel simples que em algum dia, ela desejou que pudesse despejar meu amor sobre o dedo de outro alguém.
Essa possibilidade não existia mais, eu estava determinado a ser mais o Asa Noturna, do que ser Dick Grayson.
Mas eu sempre carregaria aquilo em datas como essas.
Com um coração leve e me apoiando no batente da porta da grande sala, eu observava aquele grupo de pessoas que mesmo se matando, eram incapazes de realmente se odiarem.
Éramos uma família incomum, improvável e um pouco peculiar, mas ainda sim, éramos uma família.
- É natal! — anunciou Tim.
- Estou feliz por passar mais um ano com vocês. — declarou Bruce.
Bom, eu sabia que mesmo que não disséssemos, agradecíamos a Bruce por essas vidas loucas e extraordinárias.
Agradecíamos mentalmente, aquele velho morcego que nos resgatou de nossas antigas vidas acabadas e nos deu propósitos e o perdoávamos, porque sabíamos que ele foi o melhor que pode.
E nós havíamos nos tornado homens grandes, fortes ainda que um pouco quebrados.
E antes que eu pudesse viver um minuto ao menos de melancolia, fui despertado por uma mão em meu braço.
- Vamos colocar a estrela, Dick! — chamou Frank.
Sorri e caminhei novamente até o grupo, colocando a estrela no topo da árvore e sorrindo com as palmas animadas da pequena Bárbara.
E Deus, eu agradecia muito por um dia, há anos atrás, o tal Papai Noel em uma de minhas cartas ainda raivosas de luto, ter me dado uma família quando tudo era escuridão.
E agora, naquele instante, eu podia enxergar a luz que emanava sobre aquela pequena estrela.
- Feliz natal, papai, mamãe e Bárbara. — sussurrei baixinho.
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Ordinary Life
FanfictionUma princesa, um herói adormecido...deveres, valores e uma dose de adrenalina. "Heaven knows that I've been told Paid for the life that I chose If I could, I'd trade it all Trade it for a halo And she said that she'll pray for me I said: It's too l...