8- Hot as Hell.

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Oi gente! Estão bem ?
Espero que gostem do capítulo.
Boa leitura!
Beijo no coração de todos. 💚

🎶 Last Night- Diddy.


Charlotte Vøn Ripley

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Charlotte Vøn Ripley.

Calor.
Meu corpo parecia ter sido dominados por chamas e que mesmo após um banho frio, depois da praia, não haviam sido apagadas.
Bart, me perguntava o motivo de meu estranho silêncio, mas eu sinceramente não conseguia respondê-lo.
Passei o dia seguinte entre sorrisos distraídos e demoradas reflexões encarando as bonitas árvores verdes de New England.
Minha cabeça parecia afundada demais em imagens que não deveriam ser minhas.
Imagens essas, que não me permitiam dormir e me assombravam em silêncio.
Imagens e sensações que Deus não me perdoaria, mas que os flashes zombavam do peso de meus critérios.
As mãos quentes, onde eu podia sentir pequenos calos e a força que havia me segurado.
Como se toda a segurança do mundo pudesse estar ali.
E eu havia me sentido segura como há tempos não ocorria, um lugar quente e seguro.
Lugar este que parecia queimar a todo instante.
Os olhos azuis que permaneciam focados, a forma como estávamos próximos e como o choque parecia ter tomado todo o meu corpo, profanando tudo.
Principalmente minha mente, que permanecia congelada na forma como ela havia me apertado contra o corpo forte e grande e no vazio que se perdurou assim que Bart me arrastou para longe de seu toque.
Eu me sentia suja, ainda que me sentisse pela primeira vez em minha vida, viva.
Mesmo me esfregando com força depositada em uma esponja em meu banho, eu me sentia profana.
Principalmente em minha mente, onde a pureza deveria se instalar e onde eu só conseguia me lembrar da necessidade de mantê-lo perto.
Isso era doente e errado.
Eu havia jantado, escovado os dentes e vestido meu pijama no automático. Assim que Cassie, minha colega de quarto durante o feriado, apagou as luzes, meus olhos permaneceram abertos e meu corpo incapaz de se acomodar entre as cobertas.
Não quando eu estava queimando mesmo sobre o ar condicionado gelado.
E tudo o que minha mente me lembrava, perfurava minha pele em chamas e me perturbava.
A coroa.
Os deveres.
A pureza.
Isso deveria ser tudo o que eu poderia pensar.
Mas infelizmente, eu era incapaz, eu não poderia, não quando sentia a doentia sensação de necessidade.
E Deus, eu não queria precisar dele.
Eu sabia o que me aguardava em pouco tempo, ainda que eu ficasse em Gotham. Minha tia e Rosália me aguardariam para um noivado formal assim que as férias de verão se estabelecessem no meu primeiro ano de faculdade.
Em poucos meses.
Elas provavelmente escolheriam o irmão de Brion, o futuro rei de Markovia. Um homem educado, mas sempre distante e frígido.
Seria esperado que eu me casasse antes de assumir o trono, para me provar madura e pura, para o trono. E assim, seria o início de um casamento frio, com filhos televisionados pela nobreza, até mesmo durante seu concebimento.
Eu me tornaria a posse do povo.
Essa realidade sempre pareceu certa e definitiva para mim.
Mas agora, a imagem era perturbadora.
Eu nunca mais correria sobre a praia e nunca teria meu primeiro beijo por vontade própria.
Eu não poderia mais estar com Bart e Cassie.
E eu deveria me afasta de Richard, assim que eu noivasse, em alguns meses. A presença dele representava a tentação, o desejo, e uma rainha apenas poderia desejar o melhor para seu povo.
Ainda que isso roubasse suas próprias vontades.

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