Uma princesa, um herói adormecido...deveres, valores e uma dose de adrenalina.
"Heaven knows that I've been told
Paid for the life that I chose
If I could, I'd trade it all
Trade it for a halo
And she said that she'll pray for me
I said: It's too l...
Oi gente! Como vão ? Espero que estejam bem e saudáveis. Fiquei muito triste com a derrota do nosso time hoje e decidi postar um capítulo para tentar elevar a vibe! Ótima leitura e beijos no coração. 💚
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Charlotte Vøn Ripley pov.
- Tem certeza de que isto está certo ? — encaro Bart. – Não há notificações. - Você precisa ter contatos para ter notificações, Charlie. Eu apreciava o apelido que Bart havia me dado enquanto comprávamos meu aparelho celular na noite anterior. E agora, durante o almoço do dia seguinte, Bart me explicava como lidar com aquela quantidade de tecnologia. - E como eu consigo contatos ? — pergunto confusa. - Fazendo amigos e pegando os números deles. — sugere. – Não vai ser muito difícil já que você é assim. — aponta para mim. - Assim como ? — pergunto confusa o encarando. - Você é meio que o maior potencial para ser a abelha rainha disso tudo aqui. — aponta para o nosso redor. O que significava abelha rainha ? Arrumar emprego a eles ? Oh, não, eu não tinha esse poder... - Os caras já te colocaram na "lista". — bufou ele. - Eu sinto que tenho dificuldades para entendê-lo. — cerro os olhos. - Você superou Bobby Montana e é considerada a garota mais gostosa da universidade de Gotham.— diz ele e arregalo meus olhos. – Eu juro que não participei de nada disso. — ergue as mãos em rendição. - Não aprecio muito essa colocação. — explico. – Parece desrespeitoso. - E é, mas Connor Brian não liga para isso. — comenta ele revirando os olhos. – Inclusive, ele não para de te olhar da mesa de trás. Atenção masculina. Isso era muito confuso e embaraçoso. Com saias volumosas e vestidos na altura dos joelhos, eu jamais havia tido atenção desnecessária, principalmente do público masculino dessa forma. E eu meio que não gostava disso. Dei uma olhada rápida para a mesa atrás da minha, e vi o garoto que sorria para mim, voltei a minha atenção a Bart rapidamente. - E essa tal Bobby Montana não se incomodava em estar nessa lista ? — pergunto confusa. - Ela é capitã do time de futebol da universidade. — aponta para uma mesa cheia de garotos com uma garota loira em seu centro. – Acho que ela ignora a opinião deles no geral. — sorri Bart. – Quem se incomoda é o cara do lado dela. — aponta para um garoto de olhos verdes e cara de poucos amigos. - Eles são um casal ? — pergunto. - Sim, existem boatos de que são até casados. — diz ele. – Ele é filho de Bruce Wayne. Esse nome me era familiar. - Acredito que conheço esse nome. - Ele é praticamente o dono de Gotham. — explica Bart. – E tem um monte de filhos adotivos também. - É um homem generoso. — comento e Bart faz careta. - Eu não colocaria exatamente assim. — murmura Bart e ouvimos o sino tocar. – Eu preciso ir...sabe onde é sua sala ? - Sei sim, obrigada! — me despeço de Bart e o vejo sair correndo desajeitadamente entre as pessoas. Arrumo minhas coisas e utilizo do guia do campus para minha próxima aula. Assim que adentro a sala, já um pouco atrasada, me sento em um lugar no fundo, poupando-me de atenção. Assim que deixo meu caderno sobre a mesa, encaro a figura alta ao meu lado. O filho de Bruce Wayne que havíamos visto mais cedo agora se sentava ao meu lado. Era uma figura oponente e um pouco intimidadora, eu me certificaria de não me tornar um incômodo para ele. Fazia sentido que ele cursasse aulas de economia já que provavelmente trabalhava com o pai. Observando-o discretamente, reparei no quanto ele era bonito e curiosamente exótico, já que tinha diversos anéis em seus dedos e se vestia completamente de preto, o que parecia contrastar estranhamente com minhas roupas de cores branca e azul. A aula se passou tranquila, enquanto eu me afundava em minhas diversas anotações, o garoto ao meu lado permanecia com apenas sua atenção focada. Eu gostaria de ter esse talento. Desde muito cedo, acumulei pilhas e pilhas de livros e pequenas informações em post-its. Desde como tratar ministros estrangeiros até formas como preparar uma simples vitamina corretamente. Mamãe dizia que eu não era burra, apenas aprendia de forma diferente e que tudo ficaria bem. E ficou, ainda que eu houvesse me esforçado muito para isso. Professores particulares de todos os lugares do mundo fizeram parte do processo. - Pessoal. — chamou o professor. – Quero um trabalho em dupla sobre a análise econômica de grandes polos tecnológicos industriais. — diz o homem mais velho. – Escolham suas duplas. Observei os alunos ao meu redor em busca de alguma pessoa que pudesse estar sozinha. Mas começar a faculdade um pouco depois de todos terem iniciado o semestre, tinha seus empecilhos. Suspirei, tomando coragem e me voltei ao garoto. - Com licença. — chamei baixinho e ele ergueu os olhos esmeralda de seu celular para me encarar. – Você já tem dupla ? - Não. — respondeu curto voltando seu olhar a tela. - Poderíamos ser uma dupla ? — pergunto envergonhada. – Eu não conheço muita gente e...— ele me interrompe. - Biblioteca às seis. — disse simples e eu apenas concordei. – E não tenha ideias. Ideias ? Ideias para que ? Eu não pensava em qualquer outro adjetivo para ele que não fosse rude. Péssima sugestão, Charlotte. Suspirei guardando minhas coisas em minha pequena mochila e caminhei pelo campus. Gotham ainda que nublada, tinha um tempo agradável hoje. Eu tinha o resto da tarde livre até ter que encontrar minha dupla desagradável. Procurei o departamento de ciências no meu pequeno mapa e caminhei entre o campus até encontrar um prédio de vidro. Era lindo. Assim que adentrei, o movimento da sala parecia estranhamente ter reduzido, e algumas pessoas me encaravam com olhos arregalados. Havia algum problema ? Encarei minhas roupas e alisei um pouco o tecido de minha calça em busca do motivo para os olhares. - Com licença. — parei um garoto no corredor que me encarou parecendo assustado. – Pode me dizer onde encontrar Bart Allen ? — pergunto e ele abre sua boca, e sem emitir nenhum som, apenas aponta para a sala ao lado. - Obrigada. — sorrio e ouço os passos apressados do garoto. Espero Bart sair de sua aula, e o espero em frente de sua sala e vejo gradativamente, a maioria masculina saindo e me encarando com olhares confusos. Quando Bart sai, agradeço mentalmente aos céus, aliviada. - Não sabia que me esperaria. — diz ele. – Eu teria me apressado. - Há algo em minha roupa ou rosto ? — pergunto confusa. - Não, por que ? — pergunta confuso. - Perguntei por você no corredor e um garoto saiu correndo. — murmuro. – E isso. — aponto discretamente para o lado onde um grupo de alunos me encarava paralisado. Bart começa a rir e eu o encaro com estranheza. O que estava acontecendo ? - Eles estão chocados. - Por que ? - Porque a garota mais bonita da universidade de Gotham está no departamento de ciências aplicadas. — responde risonho. – E a área de neurociência não costuma ter muitas visitas femininas. - Isso foi um pouco demais. — suspiro. – Conheço diversas mulheres simplesmente maravilhosas em ciências. - Então diga a elas para virem cursar ciências aqui. — comenta ele. – Nosso departamento realmente precisa de mais garotas. — diz ele e me oferece o braço para que saiamos dali entre os olhares curiosos. - Tenho novidades. — digo a ele assim que saímos do prédio espelhado. – Farei meu primeiro trabalho em dupla na universidade. — sorrio animada. - Isso não parece uma boa novidade. — faz careta. – Quem é o felizardo ? - O filho de Bruce Wayne. — respondo simples e Bart para de andar bruscamente, quase me derrubando. – Eu sinto muito mas, você não deveria. - Por que ? - Ele é simplesmente bizarro. — responde. – A única pessoa que consegue falar com ele é a namorada e até correm boatos que ele passa as férias caçando búfalos e bebendo o sangue deles. Faço uma careta ao imaginar a cena do pobre búfalo. - Isso é um pouco pesado. — resmungo. – Não tive outras opções, já marcamos às seis. - Vou com você então. — diz ele. - Ele é tão amedrontador assim ? - Eu simplesmente sei do que ele é capaz de fazer além dos boatos. — comenta Bart. – Estarei lá só para garantir que tudo ocorra bem. - Se você insiste, tudo bem. — dou de ombros. – Isso ainda dá tempo para um brownie. — sugiro rindo. - No seu país não tinham brownies ? — zomba ele nos levando para fora da universidade e em direção a cafeteria. Era fácil estar confortável na companhia de Bart e não precisou de muito tempo para que eu pudesse entender que poderia confiar nele. E isso de certa forma me mostrava alívio, ainda que eu não houvesse contado para ele de minha origem, as coisas entre nós apenas funcionavam perfeitamente. E era bom, por algum momento, ter alguém que não soubesse da minha coroa e os efeitos dela.