20- Collide.

116 10 13
                                    

Oi gente! Tudo bem ?
Primeiramente, perdão o sumiço!
Espero que me perdoem e não me abandonem! Juro que a faculdade tá um pouquinho caótica kkkk.
Sejam bem vindos a mais um capítulo e espero que gostem.
Beijo no coração de todos e prometo tentar ser mais presente aqui! 💚

⚠️ + 18

🎶 Collide - Justine Skye.



🎶 Collide - Justine Skye

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



Dick Grayson pov.


Ludstava era um país bonito.
Mas confesso que não tão bonito quanto a paciência que eu expressava assim que tive meu primeiro contato com a tia de Charlotte.
Conviver com ela fazia a convivência com Batman ser uma piada.
- Não gosto de seus cabelos dessa forma. — resmungou para Charlotte. – Eles completamente lisos ficam mais decentes.
- Tudo bem, tia. — respondeu ela com os olhos focados no livro em suas mãos.
- E também esses sapatos estão gastos, vamos pensar em comprar mais pares adequados.
- O que achar melhor, tia. — sorriu ela, paciente.
Há duas horas, eu vivia momentos que pareciam tortura.
Assim que chegamos, Frank e eu, passamos pela inspeção minuciosa da tia de Charlotte, nos encarando com olhares de julgamento e arrogância.
Isso foi a parte fácil.
Assim que nos instalamos, Frank teve a sorte de ter um tempo livre no chalé privativo da princesa. Já eu, deveria ficar próximo, ainda que adequadamente distante da princesa, como seu segurança.
Eu podia ver constantemente os olhares curiosos da duquesa e sua serviçal do demônio deslizando por mim.
E constantemente me pegava evitando colapsar a cada crítica que a duquesa proferia a sua sobrinha que parecia lidar com isso com uma paciência anormal.
Charlotte dava aulas nos aspectos de auto controle para qualquer herói altamente treinado.
Talvez eu a contratasse para aulas de auto controle para a equipe mais nova depois que isso tudo acabasse.
Ela sorria e lia tranquilamente o grande livro de atualizações estatais de seu país enquanto tomava a droga de um chá que não valia sua companhia.
Eu detestava chá.
- E quanto ao príncipe Gregor ? — perguntou sua tia e senti minha atenção ser direcionada a conversa.
- É gentil e atencioso. — sorriu Charlotte falsamente.
Que idiotice.
Eu sabia que aquele grande imbecil nem ao menos havia tido a decência de proporcionar um primeiro encontro a ela. Me alegrava saber que no fim daquela droga toda, foi em minha cama que ela havia deitado.
- Ele é bonito ? — perguntou ela e me peguei revirando os olhos.
Eu era mais bonito, obviamente.
Não era obviamente visível ? Aquela velha não era cega, ele não chegava nem aos meus pés.
- É alto e agradável. — respondeu Charlotte assinando alguns documentos.
Como eu pensei, "agradável" é um sinônimo para desinteressante.
- Isso facilitará sua noite de núpcias, minha querida. — engasguei e me afastei sutilmente para que pudesse tomar um pouco de ar sem ser percebido.
Noite de núpcias, uma grande merda.
Ela não deitaria com aquele grande idiota nem sobre meu cadáver.
Assim que me aproximei novamente, Charlotte estava em pé, entregando a pilha de papéis a serva do demônio.
- Minha tia querida, agradeço o chá e seus aconselhamentos, mas preciso me recuperar do longo vôo. — sorriu educadamente.
- Faça isso minha querida. — sorriu a víbora. – Tire um cochilo para desinchar esse seu rosto para que possa estar apresentável para o jantar diplomático de noivado a noite.
Pude ver os olhos acinzentados saltarem.
- A senhora já marcou para essa noite ? — perguntou Charlotte, surpresa.
- Quanto mais cedo, melhor, querida. — sorriu a mulher. – Você se tornará rainha.
- Confio em seu palpite, tia. — sorriu ela. – Até mais tarde.
- Até, meu amor. — sorriu a mulher. – E Charlotte. — vi a menina parar e se voltar para a tia.
- Sua visita à América não se tornou uma ameaça ao seu futuro grandioso, não é !?
- De forma alguma, tia. — respondeu ela.
- Não se esqueça dos planos que fizemos, querida. — sorriu a cobra. – Nada pesa mais do que uma linda coroa sobre sua cabeça.
- É claro, tia. — respondeu ela, por fim.
E assim que Charlotte passou por mim, a segui tomando distância.
Sua saída foi majestosa, o que me surpreendia a cada segundo.
Foda-me, aquela não era uma tia, era uma inimiga declarada.
Charlotte era linda, gostosa e gentil.
O que mais a garota precisava porra ?
"Nada pesa mais do que a coroa" eu poderia citar pelo menos dez mil coisas que pesavam mais do que a droga da coroa.
Suspirei assim que ela parou frente ao seu quarto.
- Obrigada, Richard. — sorriu contida.
Estávamos sendo observados, eu podia ter noção e sentir isso também.
- Uma honra, princesa. — parei ao lado de seu quarto e ouvi o pequeno suspiro assim que ela abriu as pesadas portas brancas.
O palácio de Ludstava, poderia ser do tamanho de prováveis quatro mansões Wayne.
Era imenso, bem decorado e luxuoso. Haviam grandes janelas, quadros caros e flores que comprariam carros.
Eu me surpreendia ao pensar que mesmo com o pouco tempo convivendo aqui, como Charlotte não havia se tornado alguém como sua tia.
Mesmo sendo criada podendo ter até mesmo as estrelas, ela se mantinha humilde e gentil.
Mais do que qualquer um que eu já tenha visto.
Sorrindo e oferencendo a outra face a cada palavra de veneno destilada para ela.
Me perdendo em meus pensamentos enquanto analisava os vasos de flores postos frente a suíte principal do palácio, fui despertado pelo aroma insuportavelmente doce que emanava da serva do demônio, Rosália.
- Não é adequado que a princesa tenha homens frente ao seu quarto. — disse ela. – Te apresentarei seus aposentos. 
Que se dane, bruxa.
- Certo. — sorrio contrariado mas a acompanho.
Nós basicamente atravessamos para o outro extremo do palácio até chegarmos aos alojamentos do funcionários.
Assim que ela abriu a porta de madeira escura eu quase ri.
Se aquilo era teoricamente o alojamento mais simples do palácio, eles se assustariam ao conhecer o apartamento que ocupei durante a faculdade.
- O jantar de noivado da princesa será às oito. — diz ela. – Todos estaremos de serviço, então cumpra corretamente seu papel.
- Não cometerei erros. — garanto a ela.
- E não encare demais o Príncipe, alguns homens não gostam de serem encarados por outros homens que ficam próximos demais as suas noivas. — disse ela e eu quase ri.
O príncipe almofadinha infartaria sabendo que eu já vi as duas belas e redondas bolas que Charlotte usa como bunda em um biquíni incrível, que sua noiva estava habituada a dormir em minha cama e no quanto eu sabia qual era o gosto de seus lábios perfeitos.
- Me policiarei sobre isso. — respondo sério.
- O senhor teve excelentes recomendações americanas, eu chequei. — me encarou. – Mas me surpreende o fato da princesa tê-lo pessoalmente contratado.
A venha não era tonta, afinal.
- Gotham é uma cidade perigosa e houveram diversos incidentes nas redondezas do alojamento universitário. — respondo. – Apenas foi solicitado um segurança, a princesa optou por uma empresa e não escolheu quem a acompanharia.
- Oh, sim, entendo. — sorriu falsamente. – A princesa é uma jovem mulher muito precavida.
- Eu imagino que sim. — respondo. – Se a senhora não se importa, eu devo avisar minha esposa de que cheguei. — aponto para a aliança de ouro em meu dedo.
- É casado! — surpreendeu-se ela. – Eu devia ter imaginado! — me encarou. – Jovens bonitos não são solteiros por muito tempo na América.
- De forma alguma. — recuo ao impulso de revirar meus olhos. – Até breve! — me despeço fechando a porta.
E suspirando alto assim que tranco a fechadura.
Nós havíamos nos atentado aos mínimos detalhes.
Grayson um e velha bruxa, zero.
Baguncei meus cabelos assim que me joguei na cama.
Seria uma noite fodidamente longa longe de Charlotte e assistindo dolorosamente enquanto minha garota ficava noiva de um grande idiota.
Eu não sabia se suportaria essa imagem cruel.
Foda-me, eu estava ali por ela, e não poderia abandoná-la.
Por mais fodido que isso fosse.
Joguei a aliança sobre a mesa de cabeceira e bufei me jogando na cama macia.
Aquilo era um grande pote de merda.

Ordinary Life Onde histórias criam vida. Descubra agora