7- Cold enough.

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Oi gente! Como estão ?
Sejam bem vindos a mais um capítulo!
Um agradecimento especial a minha amiga Mô Abacatecommiojo , que fez a linda capa! Obrigada pelo apoio de sempre, amiga!
Espero que gostem e beijo no coração de todos 💚


⚠️ +18

Charlotte Vøn Ripley pov

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Charlotte Vøn Ripley pov.

- Não. — diz Bart. – Não vou deixar você sair com isso.
- Mas é um traje cultural de banho em Ludstava. — respondo já um pouco chateada pelo evidente desprezo de meu amigo.
- Charlotte. — suspirou ele. – Esse short bate no seu joelho e essa blusa listrada não parece um biquíni pra mim. — disse ele me encarando. – Você parece um presidiário dos anos trinta.
- Quando você disse que iria me ajudar a fazer as malas achei que seria mais gentil. — resmungo. – Está sendo um pouco cruel. — murmuro baixinho.
- Eu estou te fazendo um favor. — encara minha roupa com algo semelhante ao desgosto. – Nós vamos para a praia, não para um retiro de velhinhas irlandesas.
- Você é cruel. — murmuro indo ao banheiro. – Não esqueça de fechar os olhos!
- Não esquecerei! — reclamou ele.
Tiro minha roupa de banho e visto meus jeans, camiseta e tênis. Dobro meu traje e ainda sim o coloco na mala.
Era tradicional é muito confortável.
- Vamos achar um biquíni pra você assim que chegarmos. — diz Bart. – Se usar esse seu traje, é perigoso até os peixes nadarem para longe.
- Tão cruel. — resmungo fechando minha mala. – Está pronto ?
- Claro que sim. — diz apontando para suas malas ao lado de minha cama, onde ele havia se acomodado. – Vamos ?
- Não deveríamos esperar seus amigos ? — pergunto.
- Ele já estão lá. — sorri ele. – Vamos atravessar um tubo zeta e você ficará maravilhada com a tecnologia hoje em dia.
- Você me trata como uma idosa. — resmungo colocando a mochila sobre minhas costas e Bart pega sua mala e a minha.
- Você é. — sorri ele bagunçando meu cabelo. – Mas está vivendo sua primeira amostra de adrenalina fugindo do dia do acolhimento.
- Ainda não me sinto bem sobre isso. — murmuro assim que saímos do apartamento e descemos pelo elevador.
- Não se sinta tão mal, vai ser divertido. — comenta Bart e juntos começamos a atravessar o campus tentando promover o menor alarde possível, já que saíamos enquanto todos apreciavam a feira de acolhimento da universidade.
Assim que chegamos ao laboratório de ciências, Bart retirou o tecido que cobria uma máquina enorme e começou a digitar rapidamente no pequeno teclado posicionado ao seu lado.
Uma luz iluminou rapidamente o laboratório e Bart sorriu.
- Primeiro as damas. — estendeu o braço.
- Tem certeza de que é seguro ?
- Com toda certeza. — respondeu ele sorrindo.
Suspirei e adentrei a máquina.
Era uma sensação estranha e fechei meus olhos com o arrepio em minha espinha, logo, eu já estava em um tipo de garagem de madeira e havia apenas um garoto sorridente.
Era uma alucinação ou ele era realmente verde ?
- Hum...oi ? — perguntou ele e eu o encarei ainda processando o fato de teletransporte realmente existir.
Espera...ele era mesmo verde ?
- Ah, olá! — sorrio ainda o encarando tentando não parecer muito chocada com a cor de sua pele. – Eu sou Charlotte, é um prazer. — estendo a mão.
- Sou Gart, é um prazer. — sorri ele apertando minha mão. – Como você veio...— ele é interrompido por um flash de luz e logo um Bart sorridente se projeta com nossas malas.
- Eu a trouxe, óbvio! — sorriu Bart deixando nossas malas no chão e abraçando Gart com força. – Essa é Charlotte, minha nova melhor amiga.
- Só melhor amiga ? — pergunta Gart e sorri em minha direção.
- Não tenha ideias. — responde Bart dando um tapa em sua nuca. – Todos já chegaram ?
- Dos nossos sim. — deu de ombros. – Ela sabe sobre...?
Ele se referia ao fato de que ele era um herói conhecido.
- Bart já me falou sobre suas habilidades. — sorrio. – É realmente impressionante.
- Eu realmente sou o significado de poder me transformar no que você quiser. — sorri ele e Bart distribui mais um tapa em sua nuca.
- Você está babando. — diz Bart e me entrega minha mala. – Vamos nos acomodar.
Gart nos guia para fora da garagem e sorrio maravilhosa ao sentir o calor em minha pele.
O tempo parecia muito semelhante ao de Ludstava, era muito bom ver o céu azul e o sol brilhante.
Levanto meus braços e tiro meu moletom.
- Bela marquinha. — diz Bart baixinho e eu arregalo meus olhos.
- Não diga que viu. — respondo arrependida.
- Sua barriga apareceu quando tirou o casaco.
- Ele viu ? — sussurro apontando para Gart.
- Não. — sorriu Bart. – E ela é realmente graciosa e pequena.
- É uma marca de nascença de família. — suspiro.
- Você nunca fala da sua família...
- É uma longa história. — sorrindo encolhendo os ombros.
Bart não faz mais perguntas assim que um grupo se aglomera ao nosso redor.
Haviam barracas e várias pessoas que pareciam ser de nossa idade aglomeradas sobre a grama verde.
- Bart! — sorriu uma garota loira abraçando Bart.– É bom vê-lo.
- É ótimo vê-la também, Cassie. — sorriu ele. – Essa é Charlie, uma amiga de Gotham.
- É um praz...— fui interrompida por um abraço apertado vindo da loira.
Sorri e retribui o abraço sorrindo para Bart, que nos encarava com os polegares levantados.
- Também é um prazer, conhecê-la. — sorriu me soltando. – Eu sou Cassie Sandsmark e esse é o pessoal. — ela encara a roda. – DIGAM OI PARA A CHARLIE! — grita e eu sinto o valor invadir meu rosto com os olhos do grupo sendo direcionados a nós.
Eles nos cumprimentam e sorriem.
- Vamos precisar da sua ajuda. — diz Bart. – Ela não tem nenhum biquíni para usar.
- Oh, isso é ruim já que vamos à praia daqui alguns minutos. — ela me encara de cima a baixo. – Acho que tenho algo que vai servir.
- Confio em você para cuidar dela. — pisca Bart.
- Vamos procurar algo para você. — sorri Cassie me abraçando de lado e me empurrando para dentro da casa.
Ela era realmente forte.
Assim que ela abre a porta, um casal e um homem ruivo nos encara sorrindo.
- Essa é Charlie. — diz Cassie. — Esses são os responsáveis por não deixar tudo literalmente pegar fogo. – sorri. – Bart a trouxe para ficar conosco.
A mulher ruiva se aproxima sorrindo.
- Sou M'gann, aquele é meu marido Conner e nosso amigo Roy. — diz ela apertando minha mão.
- É um prazer conhecer a todos. — sorrio. – E muito obrigada por me permitirem vir e me acolherem.
- É um prazer tê-la, princesa. — diz M'gann e eu arregalo meus olhos.
- Princesa ? — pergunta Cassie e M'gann me encara.
- A-acho que bebi um energético vencido. — sorri M'gann. – Minha cabeça fica um pouco confusa.
- Bom, nós vamos subir e ver algo para vestir ela. — diz Cassie. – Não se esqueça de beber algo, M'gann.
- Pode deixar. — responde ela sorrindo e a medida que subimos, viro para trás e sibilo um agradecimento a mulher, que apenas pisca e sorri.
Eu gostava dessa perspectiva de que quase ninguém em Gotham soubesse de minha linhagem.
Tudo seria mais fácil sem mídia atraída e sendo apenas Charlie.
Assim que entramos no quarto de Cassie, ela ergue uma mala enorme com uma facilidade impressionante.
Ela vasculha e vai criando montes coloridos na cama até que sorri e ergue uma lingerie.
- O que acha ? — sorri ela mostrando um tipo de calcinha e sutiã na cor azul.
Eu estava confusa.
- Perdão ?
- O biquíni. — balança sobre meu rosto. – Você ficará literalmente de tirar o fôlego.
Definitivamente o ar iria sumir de meus pulmões.
- Eu não acho que consigo. — sorrio amarelo e ela sorri se sentando ao meu lado.
- Todo mundo sabe. — diz e eu a encaro confusa.
- Do que ? — pergunto confusa.
- Você é uma princesa. — o ar literalmente havia saído de meus pulmões. – Todos sabemos.
- Mas como...?
- Bart nos disse. — diz elas eu arregalo meus olhos. – Sabemos que não quer lidar com isso e ele nos fez prometer que trataríamos você de forma normal.
- Isso é...— eu estava atrapalhada e confusa.
- Muita informação ? — sorriu Cassie. – Eu sei. — acariciou meu ombro. – Mas assim como a gente, tente apenas aproveitar o fato que de que é uma garota normal de Gotham.
Engoli seco e a encarei.
Não era fácil.
Vivendo como um pequeno pássaro em uma gaiola dourada, eu nunca havia conhecido a liberdade. Mas agora, tendo uma mínima porta aberta, parte de mim queria viver o agora e poder respirar e abrir minhas asas.
Eu teria dois anos.
Só dois anos para viver uma vida inteira antes de voltar a minha gaiola e lembrar-me de quem eu era e de meus deveres.
Dois anos.
- Eu tentarei. — digo e ela sorri batendo palmas. – Obrigada por tudo, Cassie.
- Me agradeça vestindo esse biquíni e exibindo esse corpo por aí.
- Eu não sei se consigo. — digo insegura segurando as peças azuis em minha mão.
- Eu acredito em você. — diz ela mandando uma piscadinha. – Espero você lá embaixo para irmos à praia. — abre a porta. – Coragem, querida! — sorriu antes de fechar a porta.
Coragem.
Eu nunca havia sido corajosa em minha vida.
Sempre blindada e sempre protegida.
Sempre sentindo o peso da coroa.
Mas agora, só por esse momento, ela não pertencia a mim.
Suspirei e comecei a vestir as peças pequenas e encarei meu reflexo no espelho.
- Você consegue. — digo baixinho e pude olhar minha cabeça.
Não havia o peso da coroa, não haviam joias e nem vestidos caros.
Eu exibia mais de mim mais do que nunca, e podia sentir o frio intenso em minha barriga.
Só por hoje.
Sorri frente ao espelho e vesti um vestido por cima do biquíni e sandálias baixas.
Desci as escadas e sorri ao ver Cassie e Bart me esperando no fim da escada.
- É bom saber que você realmente tem pernas. — zomba Bart e eu rio. – Está pronta ?
- Como nunca. — sorrio sentindo a ansiedade crescente em minha barriga.
Nossa caminhada, assim que saímos da casa que me disseram ser de M'gann e Conner, foi curta e logo eu podia avistar a areia e o imenso oceano.
Segurei a vontade de correr e me jogar sobre a areia.
Cassie saiu a nossa frente, correndo para o grupo.
- Ei, Bart. — o chamo e ele me encara. – Obrigada.
- Pelo que ? — pergunta confusa.
- Por mesmo em tão pouco tempo, ter sido o melhor. — aperto seu braço sorrindo.
- Sempre aqui por você. — sorri ele.
- E obrigada por guardar meu pequeno segredo.
- Às ordens, alteza. — provoca e eu rio.
- Esqueça isso! — exclamo e juntos descemos até a areia.
Deixo Bart seguir a minha frente e paro, tirando minhas sandálias e sorrindo com a nova sensação.
A areia quente, o sol e a melhor sensação de minha vida.
Aquilo era liberdade, aquilo era tudo o que por todos esses anos, eu havia sonhado.
E Deus, eu a amava.

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