Uma princesa, um herói adormecido...deveres, valores e uma dose de adrenalina.
"Heaven knows that I've been told
Paid for the life that I chose
If I could, I'd trade it all
Trade it for a halo
And she said that she'll pray for me
I said: It's too l...
Oi gente! Como estão ? Sejam bem vindos a mais um capítulo! Um agradecimento especial a minha amiga Mô Abacatecommiojo , que fez a linda capa! Obrigada pelo apoio de sempre, amiga! Espero que gostem e beijo no coração de todos 💚
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Charlotte Vøn Ripley pov.
- Não. — diz Bart. – Não vou deixar você sair com isso. - Mas é um traje cultural de banho em Ludstava. — respondo já um pouco chateada pelo evidente desprezo de meu amigo. - Charlotte. — suspirou ele. – Esse short bate no seu joelho e essa blusa listrada não parece um biquíni pra mim. — disse ele me encarando. – Você parece um presidiário dos anos trinta. - Quando você disse que iria me ajudar a fazer as malas achei que seria mais gentil. — resmungo. – Está sendo um pouco cruel. — murmuro baixinho. - Eu estou te fazendo um favor. — encara minha roupa com algo semelhante ao desgosto. – Nós vamos para a praia, não para um retiro de velhinhas irlandesas. - Você é cruel. — murmuro indo ao banheiro. – Não esqueça de fechar os olhos! - Não esquecerei! — reclamou ele. Tiro minha roupa de banho e visto meus jeans, camiseta e tênis. Dobro meu traje e ainda sim o coloco na mala. Era tradicional é muito confortável. - Vamos achar um biquíni pra você assim que chegarmos. — diz Bart. – Se usar esse seu traje, é perigoso até os peixes nadarem para longe. - Tão cruel. — resmungo fechando minha mala. – Está pronto ? - Claro que sim. — diz apontando para suas malas ao lado de minha cama, onde ele havia se acomodado. – Vamos ? - Não deveríamos esperar seus amigos ? — pergunto. - Ele já estão lá. — sorri ele. – Vamos atravessar um tubo zeta e você ficará maravilhada com a tecnologia hoje em dia. - Você me trata como uma idosa. — resmungo colocando a mochila sobre minhas costas e Bart pega sua mala e a minha. - Você é. — sorri ele bagunçando meu cabelo. – Mas está vivendo sua primeira amostra de adrenalina fugindo do dia do acolhimento. - Ainda não me sinto bem sobre isso. — murmuro assim que saímos do apartamento e descemos pelo elevador. - Não se sinta tão mal, vai ser divertido. — comenta Bart e juntos começamos a atravessar o campus tentando promover o menor alarde possível, já que saíamos enquanto todos apreciavam a feira de acolhimento da universidade. Assim que chegamos ao laboratório de ciências, Bart retirou o tecido que cobria uma máquina enorme e começou a digitar rapidamente no pequeno teclado posicionado ao seu lado. Uma luz iluminou rapidamente o laboratório e Bart sorriu. - Primeiro as damas. — estendeu o braço. - Tem certeza de que é seguro ? - Com toda certeza. — respondeu ele sorrindo. Suspirei e adentrei a máquina. Era uma sensação estranha e fechei meus olhos com o arrepio em minha espinha, logo, eu já estava em um tipo de garagem de madeira e havia apenas um garoto sorridente. Era uma alucinação ou ele era realmente verde ? - Hum...oi ? — perguntou ele e eu o encarei ainda processando o fato de teletransporte realmente existir. Espera...ele era mesmo verde ? - Ah, olá! — sorrio ainda o encarando tentando não parecer muito chocada com a cor de sua pele. – Eu sou Charlotte, é um prazer. — estendo a mão. - Sou Gart, é um prazer. — sorri ele apertando minha mão. – Como você veio...— ele é interrompido por um flash de luz e logo um Bart sorridente se projeta com nossas malas. - Eu a trouxe, óbvio! — sorriu Bart deixando nossas malas no chão e abraçando Gart com força. – Essa é Charlotte, minha nova melhor amiga. - Só melhor amiga ? — pergunta Gart e sorri em minha direção. - Não tenha ideias. — responde Bart dando um tapa em sua nuca. – Todos já chegaram ? - Dos nossos sim. — deu de ombros. – Ela sabe sobre...? Ele se referia ao fato de que ele era um herói conhecido. - Bart já me falou sobre suas habilidades. — sorrio. – É realmente impressionante. - Eu realmente sou o significado de poder me transformar no que você quiser. — sorri ele e Bart distribui mais um tapa em sua nuca. - Você está babando. — diz Bart e me entrega minha mala. – Vamos nos acomodar. Gart nos guia para fora da garagem e sorrio maravilhosa ao sentir o calor em minha pele. O tempo parecia muito semelhante ao de Ludstava, era muito bom ver o céu azul e o sol brilhante. Levanto meus braços e tiro meu moletom. - Bela marquinha. — diz Bart baixinho e eu arregalo meus olhos. - Não diga que viu. — respondo arrependida. - Sua barriga apareceu quando tirou o casaco. - Ele viu ? — sussurro apontando para Gart. - Não. — sorriu Bart. – E ela é realmente graciosa e pequena. - É uma marca de nascença de família. — suspiro. - Você nunca fala da sua família... - É uma longa história. — sorrindo encolhendo os ombros. Bart não faz mais perguntas assim que um grupo se aglomera ao nosso redor. Haviam barracas e várias pessoas que pareciam ser de nossa idade aglomeradas sobre a grama verde. - Bart! — sorriu uma garota loira abraçando Bart.– É bom vê-lo. - É ótimo vê-la também, Cassie. — sorriu ele. – Essa é Charlie, uma amiga de Gotham. - É um praz...— fui interrompida por um abraço apertado vindo da loira. Sorri e retribui o abraço sorrindo para Bart, que nos encarava com os polegares levantados. - Também é um prazer, conhecê-la. — sorriu me soltando. – Eu sou Cassie Sandsmark e esse é o pessoal. — ela encara a roda. – DIGAM OI PARA A CHARLIE! — grita e eu sinto o valor invadir meu rosto com os olhos do grupo sendo direcionados a nós. Eles nos cumprimentam e sorriem. - Vamos precisar da sua ajuda. — diz Bart. – Ela não tem nenhum biquíni para usar. - Oh, isso é ruim já que vamos à praia daqui alguns minutos. — ela me encara de cima a baixo. – Acho que tenho algo que vai servir. - Confio em você para cuidar dela. — pisca Bart. - Vamos procurar algo para você. — sorri Cassie me abraçando de lado e me empurrando para dentro da casa. Ela era realmente forte. Assim que ela abre a porta, um casal e um homem ruivo nos encara sorrindo. - Essa é Charlie. — diz Cassie. — Esses são os responsáveis por não deixar tudo literalmente pegar fogo. – sorri. – Bart a trouxe para ficar conosco. A mulher ruiva se aproxima sorrindo. - Sou M'gann, aquele é meu marido Conner e nosso amigo Roy. — diz ela apertando minha mão. - É um prazer conhecer a todos. — sorrio. – E muito obrigada por me permitirem vir e me acolherem. - É um prazer tê-la, princesa. — diz M'gann e eu arregalo meus olhos. - Princesa ? — pergunta Cassie e M'gann me encara. - A-acho que bebi um energético vencido. — sorri M'gann. – Minha cabeça fica um pouco confusa. - Bom, nós vamos subir e ver algo para vestir ela. — diz Cassie. – Não se esqueça de beber algo, M'gann. - Pode deixar. — responde ela sorrindo e a medida que subimos, viro para trás e sibilo um agradecimento a mulher, que apenas pisca e sorri. Eu gostava dessa perspectiva de que quase ninguém em Gotham soubesse de minha linhagem. Tudo seria mais fácil sem mídia atraída e sendo apenas Charlie. Assim que entramos no quarto de Cassie, ela ergue uma mala enorme com uma facilidade impressionante. Ela vasculha e vai criando montes coloridos na cama até que sorri e ergue uma lingerie. - O que acha ? — sorri ela mostrando um tipo de calcinha e sutiã na cor azul. Eu estava confusa. - Perdão ? - O biquíni. — balança sobre meu rosto. – Você ficará literalmente de tirar o fôlego. Definitivamente o ar iria sumir de meus pulmões. - Eu não acho que consigo. — sorrio amarelo e ela sorri se sentando ao meu lado. - Todo mundo sabe. — diz e eu a encaro confusa. - Do que ? — pergunto confusa. - Você é uma princesa. — o ar literalmente havia saído de meus pulmões. – Todos sabemos. - Mas como...? - Bart nos disse. — diz elas eu arregalo meus olhos. – Sabemos que não quer lidar com isso e ele nos fez prometer que trataríamos você de forma normal. - Isso é...— eu estava atrapalhada e confusa. - Muita informação ? — sorriu Cassie. – Eu sei. — acariciou meu ombro. – Mas assim como a gente, tente apenas aproveitar o fato que de que é uma garota normal de Gotham. Engoli seco e a encarei. Não era fácil. Vivendo como um pequeno pássaro em uma gaiola dourada, eu nunca havia conhecido a liberdade. Mas agora, tendo uma mínima porta aberta, parte de mim queria viver o agora e poder respirar e abrir minhas asas. Eu teria dois anos. Só dois anos para viver uma vida inteira antes de voltar a minha gaiola e lembrar-me de quem eu era e de meus deveres. Dois anos. - Eu tentarei. — digo e ela sorri batendo palmas. – Obrigada por tudo, Cassie. - Me agradeça vestindo esse biquíni e exibindo esse corpo por aí. - Eu não sei se consigo. — digo insegura segurando as peças azuis em minha mão. - Eu acredito em você. — diz ela mandando uma piscadinha. – Espero você lá embaixo para irmos à praia. — abre a porta. – Coragem, querida! — sorriu antes de fechar a porta. Coragem. Eu nunca havia sido corajosa em minha vida. Sempre blindada e sempre protegida. Sempre sentindo o peso da coroa. Mas agora, só por esse momento, ela não pertencia a mim. Suspirei e comecei a vestir as peças pequenas e encarei meu reflexo no espelho. - Você consegue. — digo baixinho e pude olhar minha cabeça. Não havia o peso da coroa, não haviam joias e nem vestidos caros. Eu exibia mais de mim mais do que nunca, e podia sentir o frio intenso em minha barriga. Só por hoje. Sorri frente ao espelho e vesti um vestido por cima do biquíni e sandálias baixas. Desci as escadas e sorri ao ver Cassie e Bart me esperando no fim da escada. - É bom saber que você realmente tem pernas. — zomba Bart e eu rio. – Está pronta ? - Como nunca. — sorrio sentindo a ansiedade crescente em minha barriga. Nossa caminhada, assim que saímos da casa que me disseram ser de M'gann e Conner, foi curta e logo eu podia avistar a areia e o imenso oceano. Segurei a vontade de correr e me jogar sobre a areia. Cassie saiu a nossa frente, correndo para o grupo. - Ei, Bart. — o chamo e ele me encara. – Obrigada. - Pelo que ? — pergunta confusa. - Por mesmo em tão pouco tempo, ter sido o melhor. — aperto seu braço sorrindo. - Sempre aqui por você. — sorri ele. - E obrigada por guardar meu pequeno segredo. - Às ordens, alteza. — provoca e eu rio. - Esqueça isso! — exclamo e juntos descemos até a areia. Deixo Bart seguir a minha frente e paro, tirando minhas sandálias e sorrindo com a nova sensação. A areia quente, o sol e a melhor sensação de minha vida. Aquilo era liberdade, aquilo era tudo o que por todos esses anos, eu havia sonhado. E Deus, eu a amava.