Uma princesa, um herói adormecido...deveres, valores e uma dose de adrenalina.
"Heaven knows that I've been told
Paid for the life that I chose
If I could, I'd trade it all
Trade it for a halo
And she said that she'll pray for me
I said: It's too l...
Oi gente! Tudo bem ? Como prometido...bem vindos a mais um capítulo! Espero que gostem e beijo no coração de todos 💚
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Charlotte Vøn Ripley pov.
Dois dias.
Mais dois terríveis dias sem notícias sobre Dick ou sua missão.
O aperto em meu peito era doloroso e latejante. As lágrimas, com certeza eram a pior parte, já que desciam sorrateiras e sem aviso sobre meu rosto.
Mergulhei meu rosto mais uma vez na água quente de da banheira.
Sem ligações, mensagens ou um aviso, não havia nada sobre seu rastro.
Eu terrivelmente pensava o pior, me mantendo firme apenas na frente de Frank, que havia me acolhido junto a Bobby, enquanto nos apoiávamos umas nas outras pela saudade e preocupação.
- Charlie ? — era a voz de Bobby. – Você está bem ?
- S-sim, sinto muito. — respondi me levantando da banheira e suspirando ao ver meu corpo enrugado pelo tempo demorado sobre a água.
- Frank fez o jantar. — disse ela pela porta. – Tente comer hoje, sim ?
- Descerei em um minuto. — respondi sem promessas.
Há dois dias eu condenava constantemente o tempo e as reviravoltas cruéis que ele dava, como um piadista com uma sátira cruel pronta. Em um dia vivíamos alegres, felizes sobre as luzes do apartamento iluminado de Dick e em outro, havia escuridão demais sobre a casa de Jason.
Suspirei encarando meu rosto inchado assim que me vesti e encarei o reflexo do espelho. Minha imagem parecia zombar de meu título. Uma futura rainha com olheiras profundas, cabelos rebeldes e um rosto inchado com olhos vermelhos. Uma rainha fragilizada e erroneamente expositiva sobre seus próprios sentimentos.
Destranquei a porta e vi Bobby me esperando enquanto limpava o rosto com a manga do casaco e ninava Bárbara com o outro braço Mesmo com o corpo forte, Bobby era a mais expositiva entre nós.
Frank não dormia, e sempre que o fazia, acordava aos berros de um pesadelo, fazendo a pequena Bárbara fazer o mesmo. Por isso agora, Bobby e eu nos revezávamos para ficar com Bárbara
Eu tentava me manter fria, como todos os pesados livros e a mão de Rosalia me bofeteando no rosto ordenavam. Meus prantos eram guardados para os movimentos de privacidade da banheira ou quando a pequena Bárbara precisava de um passeio pelos andares do prédio protegido. Mas meu sofrimento se tornava cada vez mais angustiante, e minha aparência aristocrática havia sumido junto a Dick.
