Há alguns anos.
Fevereiro de 2010
— Sophia! — chamou-me enquanto penteava os cabelos.
— Oi, mãe…
— Sente-se aqui, quero lhe dizer uma coisa. — disse virando-se para mim.
— Diga, você sabe que eu sempre estarei aqui para ouvi-la.
— Quero que saiba, que se algo acontecer comigo ou com seu pai, você cuidará de seus irmãos, eu acredito somente em você. Sei que vai achar alguém que te guie e cuide de você também. — disse sorrindo.
— Ah, mãe, para… Vocês ainda vão viver por muito tempo, não esquenta a cabeça.
— Mesmo assim quero deixar registrado, você será dona de tudo isso… Quero que já fique ciente, dona Sophia.
Atualmente.
É mãe, parece que naquele tempo, você já sabia o que iria acontecer e olha que até hoje eu me lembro dessa nossa conversa, seria bom se estivesse aqui vivendo isso comigo, sempre terei você e o papai em mente. E como tu dizia, "A Helena é sua cara, Sophia."
Hoje está sendo um dia completamente diferente para mim, sentada no balanço olhando meus irmãos correndo e fazendo graça, nunca imaginei que pudesse ter mais algum vínculo sem que fosse com eles. Se não fosse pelo apoio que recebi, eu não ia conseguir dar essa paz pra eles.
E pensar que a fresquinha da minha tia escondeu tudo para tentar pegar a herança da minha família… Oh, mulher pilantra, viu? Por isso que os meus irmãos a chamavam de serva do capeta!
— Sophia? Gnomo, venha pra cá! — o rapaz de cabelo curto na tonalidade escura me chamava na porta, enquanto segurava uma bandeja em suas mãos. — Você escorrega que nem quiabo, né? Entendo sua felicidade… Você sempre deu a vida por esses dois.
— Não precisa me gritar grandalhão, estava vendo os pequenos brincarem. — falei correndo até ele
— Fico me perguntando o que se passa na cabeça deles, após saberem que tem mais um integrante, isso tudo deve ter sido um baque daqueles.
— Bom, pelo menos não é quem nem a Madeleine que estava preocupada caso ele aparecesse… Mas enfim, deixa de chove e não molha Benício, proponho a prepararmos a sobremesa.
— Tenho certeza que se seus pais estivessem aqui, eles iam amar, me conhecer e iriam se orgulhar da filha que tem. — Benício murmurou sorrindo. — Mas não se gabe, só falo isso porque amo você.
— Tu me ama como, hein Benício? — perguntei sarcasticamente com um sorriso no rosto.
— Amando Sophia, amando! — disse indo até o fogão.
Bom, de uma coisa ele tem razão, se meus pais estivessem aqui iriam amá-lo.
Arthur Zanetti Colleman-38 anos
Maria Cecília Maia Ross -35 anos
Sophia Ross Colleman- 19 anos
Helena Ross Colleman-11 anos
Heitor Ross Colleman-12 anos
Madeleine Maia Ross-39 anos
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Nunca É Tarde Para Recomeçar.
RandomSophia Ross Colleman enfrenta uma enorme responsabilidade imposta por seus pais após uma tragédia e a traição de sua tia. Ela assume a guarda e o cuidado dos irmãos Heitor e Helena como sua maior prioridade. Onze anos depois, Sophia e seus irmãos de...