Nunca É Tarde Para Recomeçar.

Capítulo 4

𝙳𝚊𝚛𝚕𝚒𝚗𝚐, 𝚢𝚘𝚞 𝚕𝚘𝚘𝚔 𝚙𝚎𝚛𝚏𝚎𝚌𝚝 𝚝𝚘𝚗𝚒𝚐𝚑𝚝

𝚆𝚎𝚕𝚕, 𝙸 𝚏𝚘𝚞𝚗𝚍 𝚊 𝚠𝚘𝚖𝚊𝚗, 𝚜𝚝𝚛𝚘𝚗𝚐𝚎𝚛 𝚝𝚑𝚊𝚗 𝚊𝚗𝚢𝚘𝚗𝚎 𝙸 𝚔𝚗𝚘𝚠

𝚂𝚑𝚎 𝚜𝚑𝚊𝚛𝚎𝚜 𝚖𝚢 𝚍𝚛𝚎𝚊𝚖𝚜, 𝙸 𝚑𝚘𝚙𝚎 𝚝𝚑𝚊𝚝 𝚜𝚘𝚖𝚎𝚍𝚊𝚢 𝙸'𝚕𝚕 𝚜𝚑𝚊𝚛𝚎 𝚑𝚎𝚛 𝚑𝚘𝚖𝚎.

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Chegando no shopping, eu estava inquieta para saber o real motivo do jantar, tendo a pasta em mãos, minha mente se revirava, e uma das coisas mais temíveis foi supor que trabalharia com Caio.

Carmen se despediu de Anthony, dizendo que iria embora mais tarde, seguimos até a praça de alimentação e ficamos conversando por um bom tempo até que Benjamin chegasse.

— Tenho a impressão de estar muito formal e alguém sair falando picuinha sobre o jantar. — falei enquanto passava a mão no vestido bordô de veludo, que tinha um decote na perna.

— Você tá linda Sophia, não fica colocando essas coisas na cabeça. E também meu tio sempre respeitou você, ele é protetor e só é meio abagualado às vezes. — disse sorrindo.

— Sei disso, Carmen, mas meus colegas de trabalho não pensam por esse lado. — falei mordendo o lábio inferior, meu corpo tremia e eu estava mais apreensiva que uma noiva ao casar.

Enquanto falávamos, peguei uma jaqueta e coloquei nos meus ombros, poucos segundos depois Benjamin surgiu. Ele vestia um terno escuro junto de uma gravata cinza, e em seu punho tinha um elegante relógio dourado.

Carmen saiu da praça de alimentação com algumas meninas e nós seguimos para o restaurante coin de lune 1890.

Na entrada fomos recebidos por Rafael, o garçom logo nos levou a mesa que ficava centralizo no salão. Ao passar pelas demais mesas, todos os olhares caíram sobre nós, como se fossemos celebridades entrando no local.

Já em frente à mesa reservada, Benjamin tratou logo de puxar a cadeira para eu sentar, após o feito seguiu ao seu lugar. Os detalhes da mesa eram lindos, em seu centro tinha um pequeno vaso de lírio, com guardanapos de tom marsala, no balde de gelo tinha um bom vinho, Château Lafite Rothschild de 1787, era um dos mais pedidos naquele restaurante.

— Bom, posso lhe servir um pouco de vinho, Sophia? — questionou me olhando com uma das sobrancelhas levantadas.

— Não obrigada, não bebo. — respondi sorrindo. — Então, o que você queria me contar?

Pensei se poderia perguntar sobre a ida de Rochelle ao tropicale.

Ele apreciou a bebida, um sorriso calmo e doce surgiu em seus lábios e com uma voz rouca foi direto ao ponto.

— Então você ainda não sabe do que se trata a pasta? Ou imagina que isso seja uma brincadeira de mau-gosto? — questionou ao me olhar.

— Sendo sincera, senhor Benjamin. — ele me interrompeu assim que ouviu.

— Sophia, pode me chamar de Benjamin, não precisa dessas formalidades.

— Desculpa, é o costume de todos os dias. — digo sorrindo. — No começo de fato pensei que o senhor iria me demitir, até estranhei quando me deu aquela pasta, não tinha ideia de que você tiraria a posição de Caio. — afirmei tomando um gole de água.