Capítulo 27

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Meus olhos cercaram cada canto daquele restaurante, pensando que a decoração escolhida e criada por Sophia me faz ver que nem tudo estava tão perdido… Até que ela trabalha bem.

Era uma mistura de retrô e modernidade, cores marrons, cor vinho e um pouco de verde. Com arranjos de cravos e margaridas, mesas e cadeiras feitas de madeira extremamente refinada e com designs de linhas perfeitas.

Os talheres banhados em ouro rosa, pratos de cor preta e lilás com e guardanapos verde-escuros, em perfeita organização sobre a mesa de madeira preta com uma toalha de mesa bordada em bordô e rosas-vermelhas.

Enquanto eu estava perdida em pensamentos, observei discretamente a intimidade que ela tinha com o dono do restaurante e quão próximos os dois estavam.

— Deseja fazer mais algum pedido, senhora? — Raissa, que me olhava atentamente, parou com um iPad nas mãos.

Ouvi dizer que Sophia a ajudou quando ela apareceu neste restaurante com alguns hematomas pelo corpo. Ela realmente puxou à Maria Cecília.

Desviei minha atenção para a jovem, que, aliás, estava trabalhando aqui recentemente.

— Apenas uma fatia de bolo, obrigada, minha querida. — Olhei de volta para Sophia e Benjamin, que conversavam casualmente.

Tive que desviar meu olhar assim que vi Sophia virar o rosto na minha direção, olhei para o jornal que estava ao lado dos guardanapos verde-escuros e tentei me distrair com as últimas notícias.

— Madeleine! Posso me apresentar para você? — Benjamin sentou-se à minha frente com um sorriso largo nos lábios. — Sou Benjamin Rômulo Fernandes, proprietário do Tropicale e de outros estabelecimentos pela cidade, acredito que já tenha ouvido falar de mim.

Sorri ao vê-lo e ajustei minha postura na cadeira de couro preto, apoiando as mãos na borda da mesa e erguendo o olhar, encontrando o dele.

— O tão comentado Benjamin, ouvi dizer sobre você e os seus queridos e bondosos pais… Lembro muito bem da sua irmã, foi uma triste perda, que Deus descanse sua alma. — dei um gole na água com os olhos fixos nele. — Mas é um prazer conhecê-lo pessoalmente, e fico feliz que tenha ajudado minha querida sobrinha.

Ele acenou com um sorriso, e posso confessar que seus lábios eram os mais bonitos que já vi na vida.

— Com certeza! Sophia é uma ótima chef com um trabalho impecável, assim como os outros que estão aqui. — Seus olhos percorriam a sala onde os outros funcionários estavam. — Bem, quero lhe dar algo a pedido dela.

Ele colocou uma folha sobre a mesa, onde Sophia se comprometia a custear e pagar por qualquer um dos meus pedidos, além de coisas pessoais e quarenta por cento de sua renda mensal.

— O que é isso? — Peguei o papel em minhas mãos e apenas o olhei, sem ler algumas coisas irrelevantes.

— Bem, a Sophia quis fazer as pazes com você, então isso é uma espécie de acordo onde ela vai custear suas despesas, além de dar quarenta por cento de sua renda. — Ele estendeu a mão com uma caneta e sorriu.

Parece que meu plano está dando certo, Alexandre deveria lavar a boca quando disse que Sophia não ficaria aos meus pés.

Assinei o papel calmamente e o entreguei com a caneta; por dentro, eu estava pulando de alegria, mas por fora, precisava manter minha postura.

— Sophia não precisava fazer isso, eu vim apenas visitá-la e ficar por alguns dias. — meus olhos permaneceram fixos na mesa, enquanto o homem penteava os fios com os dedos.

Ele apenas assentiu e segurou minha mão por um instante.

— Ela fez de coração, Madeleine. — Sua voz era suave, enquanto o tom sério permanecia. — Sophia quer esquecer todas as desavenças que teve com você, aceite isso.

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