Halateez's Return | ateez

08 | ONE TO ALL - Aurora

AVISOS!
Neste capítulo terá menções de abusos sexuais. Caso não se sinta confortável, não leia (se você quiser, posso passar um resumo do capítulo sem mencionar nada dos gatilhos, assim, para não se perder na história)

Boa leitura!

•••

— Eu não posso estar doida, pelo amor de Deus, eu já morri, não me metam ainda mais doida do que já estou com isto tudo! — Líder falou enquanto olhava para os lados. Wooyoung fazia o mesmo que ela, e isso deixou Jongho deveras confuso, mas agradecido seja lá o que diabos estava acontecido, pois ele não estava para sofrer de novo. Já bastou há cem anos atrás Wooyoung cortar sua boca e ainda bem que ele já estava morto e agora estava com a sua boca intacta. Infelizmente, sabia como era a dor, e nem imagina como o Jung sentiu quando vivo, mas que ele exagerava pois estava morto enquanto abria seu corte, oh se ele exagerava. Lembra até hoje dos sustos que pegava por conta dele, e o sangue dele escorrendo que nem no dia que viu saiu da sua boca enquanto era cortado.

Era terrível, e por mais que Jongho o odiasse agora mais do nunca, se ele pudesse voltar no tempo para remediar a boca de Wooyoung, ele faria isso. O problema era que possivelmente isso poderia fazer com que realmente tudo mudasse e ele não ficasse com a garota, por mais que ele saiba que ela não o amou e tenha procurado o final do livro dela, sentindo-se enraivecido quando viu que ela dizia se arrepender, pedindo desculpas a Wooyoung.

— Eu tenho uma pergunta a fazer. — Ele deu a voz depois de longos segundos, se levantando e encarando a mais baixa. — E eu quero que seja sincera. Mais do que sincera. Nem que isso me esculache.

— Força. — Ela cruzou seus braços, encarando o Choi.

— Você gostou mesmo de mim alguma vez na sua vida enquanto viva? — Jongho notou que ela deu uma olhadela em Wooyoung antes, e respirou fundo. — Seu livro foi uma farsa este tempo todo? Você nunca me amou?

— Meu livro não foi uma farsa e não lhe admito que fale mais alguma vez assim referente a ele. Você foi descrito como o meu Rei Pirata, sendo que o verdadeiro Rei Pirata nos mares, foi ele. — Apontou para Wooyoung, que não disse nada. Era óbvio que ele era o Rei Pirata é sempre admitiu, declarando ódio àquela história de amor pindérica, mas realmente achou que Líder tinha amado Jongho, pois porque ela escreveria um romance com Jongho se não amasse ele? — Durante a escritora do livro, eu mudei em muitos aspetos. Comecei a escrevê-lo tinha saído do vosso barco viva, sendo que qualquer um, no meu lugar, sairia morto. Copiei Wooyoung, apanhei-o uma vez escrevendo à luz de uma lanterna de petróleo. O figurino dele escrevendo à mão... Me fez perceber algo que eu demorei para aceitar.

— Você... — Jongho sentiu um ódio enorme ao olhar Wooyoung, mas acabou rindo. — Você ficou na mesma comigo. Estamos registrados na história como um casal, você não ficou com ele. — Se aproximou dela, porém, por mais que ele fosse para cima dela com suas palavras, as palavras dela lhe doeram mais do que alguma facada que ele já tenha levado.

— Eu nunca amei você e fiz aquilo para colocar o Wooyoung como vilão. — Ela respirou fundo. — Quando na verdade a vilã sempre fui eu. E talvez eu compreenda porque a Bia Jung sumiu naquele ano. Eu fugi para procurar o tesouro e ela também fugiu para isso. Parece que o destino queria pregar uma partida e não foi propriamente o Joonyoung. Ela não iria achar nada, pois eu também não achei.

— Foi o Joonyoung, Bia. — Wooyoung finalmente diz.

— Você me chamando de Bia...

— É seu nome verdadeiro.

— Queria entender como eu virei Jung.

— Você morreu mesmo com vinte e um anos? — Jongho questiona, olhando a garota com um olhar sério, que assentiu com a cabeça. — Com que idade você morreu, Wooyoung?