15 | ALL TO ACTION - Thank you

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Decidindo copiar a letra para outro papel, ela deixou o original em cima da mesa dele quando saiu. Estava realmente cansada então decidiu sair quando ele não visse, assim para não se preocupar. Possivelmente preocuparia ele, mas sabendo que deixou aquele papel em cima da sua mesa a deixava com a consciência menos pesada quanto a ter saído sem avisar.

Caminhando para sua casa, jurou ter visto alguém na porta da sua casa, travando no caminho quando reconheceu as roupas.

— Joonyoung? — Uma rajada de vento alcança forte no seu corpo, a fazendo estremecer, e junto dessa rajada, o garoto desapareceu. Ele estava preso, então era impossível ele estar ali. Mas porque não era a primeira vez que ele aparecia para si e depois desaparecia? Com as mesmas roupas, roupas que o caracterizavam ao longe, como se gritassem o nome dele.

Isso infernizava a cabecinha da Jung, pois tinha confiado nele e pensava ter superado seu trauma mais traumático, no entanto, só colocou-o a dobrar depois da primeira vez depois de achar que tinha superado. Joonyoung estava junto do pai dela para lhe foder mais a vida, mas por algum motivo ela via inocência no olhar do Lee todas as vezes que ele lhe fazia aquooo, enquanto ela chorava pedindo a sua ajuda. Ela sempre lhe pediu ajuda e ele parecia querer ajudá-la, mas ele não ajudou. Ele cometeu os crimes, ele perdeu toda a confiança, e se falarmos do sentimento que Bia Jung sentia bem forte, foi se esvaziando, por mais que fosse o único a quem ela pedia ajuda todos os dias, desabafava e chorava no meio dos abraços, pedindo para fugir com ele.

A confiança que a garota lhe deu era superior a tudo, ela lhe pediu ajuda. Até mesmo pediu para matar seu pai, alegando ter medo, e sabia que Joonyoung conhecia métodos de como esconder um corpo, e mesmo que isso a assustasse, se acontecesse com ela, sinceramente, ela poderia ir para um lugar melhor?

Mas Joonyoung rejeitou, rejeitou as súplicas e pedidos de ajuda.

Parecia estar sendo controlado. Aquele não era o Joonyoung que ela conheceu. Parecia que alguém estava no corpo dele, o controlando, e o verdadeiro Joonyoung estava preso, tentando escapar e tirar para fora quem o estava controlando.

E falando nele, ele chorava dentro da sela, ignorando o recluso à sua frente quando o chamava.

— Eu odeio você! — Ele disse, olhando aquele sujeito de cabelos loiros. — Ela me pediu ajuda e você ameaçou ela, disse que se não ajudasse você a cometer estas atrocidades, você matava ela. Ela confiou em mim! Ela tinha superado o trauma sexual, e você... Você conseguiu fazer isso com a sua própria filha! Porra, pagasse uma prostituta! Você é novo e já viu a merda que é de homem? Eu tenho nojo de você. E garanto, eu vou sair daqui e vou buscar ela e fugir deste país!

— Ela não gosta de você. — Ele disse, pegando o giz de cera que lhe foi oferecido, desenhando um traço na parede – que contava os dias que estava preso – já que não tinha nada para fazer e só sairia dali quando estivesse cadáver, diretamente para a cova. Mas queria deixar marcado todos os dias que estivesse ali, pois por mais que quisesse sair, Joonyoung tinha mais chances de sair da prisão. Eles só tinham um crime em comum. O cadastro do Jung mais velho era enorme, então nem se portasse bem ele sairia dali. — Mas você pode tentar uma vida nova.

— Você só me manipulou e acha que vou acreditar em você? Obrigado! Serio, obrigado! Você arruinou a minha vida! Em nenhum momento eu quis fazer isso!

— Seu pau duro não dizia isso. Joonyoung, somos homens, compreendemos um ao outro.

— A casa palavra dita por você, eu sinto ainda mais nojo.

— Você pode apenas esquecer quando sair da prisão. Não é como se fosse o único a fazer isso.

— Espero que você se proteja bem atrás dessas grades, pois ouvi dizer dos outros reclusos que eles iriam te matar. Você violou sua filha quando ela era criança!

— E eu arrependo-me.

— Não vi isso quando me obrigou a cometer o mesmo! Seja a idade que a pessoa tiver, se for forçado é violação!

— Você é hipócrita.

— Lee Joonyoung. Tem alguém querendo falar com você. — O Jung da cela à frente rapidamente questionou quem era e porque ele não tinha ninguém que quisesse falar com ele.

Joonyoung foi algemado, levado até onde se poderia falar com os de fora, e os olhos do garoto se arregalaram quando viu uma garota muito parecida com Bia Jung, no entanto possuía um corte meio masculino, mas seu mullet era grande, e ainda possuía franja.

Joonyoung fingiu que conhecia ela, no entanto não conhecia e estava deveras confuso.

— Joonyoung, há quando tempo.

— Eu não te conheço.

— Eu também não, mas você me lembra um inimigo. E impressionantemente, seu nome é igual ao dele, mas seu rosto não me lembra ele. E ele morreu.

— Você é alguma parente da Bia Jung? Você me lembra ela.

— Você um dia saberá. Eu só preciso saber de uma coisa. Quem é o pai de Bia Jung e como ele é.

— Jung Wooyoung. Loiro natural, o que é deveras estranho, mas ele é luso-coreano. A mãe dele também é loira e a Bia Jung também é loira. Descobri ainda namorava com ela.

— E a mãe dela? Conhece?

— Morreu acho que tinha a Bia poucos anos. Não sei se é verdade, foi o que o pai lhe contou, mas hoje em dia duvido.

— Sabe o nome?

— Choi Byeol, pelo que eu me lembro.

— Impossível. — Comentou num tom inaudível para o Lee, voltando a encará-lo.

— Obrigada, pelos vistos Jongho não está mentindo. Estou indo.

— Espera! Me ajuda a tirar daqui! Eu fui ameaçado! Eu só fiz aquilo pois ele ameaçou matar a Bia Jung! Eu gosto dela!

— Se gostasse mesmo, teria ajudado ela. — Ela soltou, sentindo sua respiração acelerada, enquanto o olhava nos olhos, mas algo lhe fez olhar para um certo objeto em seu colar, que para si, estava brilhando.

Uma ampulheta. O colar dele tinha uma ampulheta.

Ela não compreendeu, nem mesmo quando ele foi embora e olhou-a. Porque diabos ele tinha uma ampulheta em seu colar e ainda brilhou?

— Senhorita, vai ter que sair. — Ela assentiu e saiu do local.

Por mais que ainda fosse estranho estar aparecendo para todos, pelo menos conseguiu usar isso para algo.

Quando estava chegando perto  da praia, sua mão brilhou e a deixou de olhos arregalados.

Tocou-a, mas era como se atravessasse sua própria mão. Durou segundos. Ela se sentia como se sentiu naquelas duas vezes. Seus joelhos foram ao chão. Sentiu uma breve falta de ar, mas logo se levantou, respirando fundo enquanto se segurava na beirada de um pequeno muro, respirando fundo.

— Eu continuo a achar que não devia estar aqui. — Comentou e caminhou daquele jeito até à barraca onde estava com o HALATEEZ, me jogando no chão assim que abri a porta, assustando-os.

— Onde você estava!?

— Eu... — Não conseguiu continuar, apagando por completo.

[...]

A campainha de Wooyoung tocou. No momento, ele estava encarando aquele pedaço de papel que sabia que era de Bia Jung, mas queria entender porque ela lhe deixou um papel com o que parecia ser uma letra de música, ainda mais com aquela letra, que o deixou sem saber o que dizer, mas que até então estava olhando aquele papel.

Indo até à porta, viu que tinha uma pequena caixinha no chão. Isso o deixou confuso. Quem lhe deixou aquilo ali?

Halateez's Return | ateezOnde histórias criam vida. Descubra agora