O cenário mudou. Neste momento, Bia Jung estava livre daquelas correntes e seus pés pisavam uma areia quentinha, quase branquinha na sua visão. Estava descalça e suas roupas continuavam as mesmas que possuía anteriormente, mas desta vez seus cabelos não eram mais sentidos com franja, tanto que até tocou.
Talvez fosse só um sonho. Talvez só tenha desmaiado no chão da sua casa por exaustão. Sinceramente não sabia o que estava acontecendo, mas continuou andando pela areia fina, ouvindo o som do mar que estava a poucos metros de si. No entanto, ao chegar perto de matagal, ela ouviu uma conversa e acabou ficando curiosa, entrando nesse espaço, sem se importar de estar descalça.
— A promessa que fiz a você de que nunca iria parar. — Uma voz muito parecida com a de Wooyoung adentrou seus tímpanos, conseguindo, de longe, ver duas pessoas, sendo um homem loiro, com um corte na boca, de costas, assemelhando-se ao membro do HALATEEZ. Foi assim que ela percebeu que realmente nada daquilo era real, pois mesmo sendo impossível ela estar no que aparenta ser uma ilha deserta, ver o maior sanguinário a poucos metros de si sendo que morreu à duzentos anos atrás era ainda mais impossível. — Eu continuo caminhando. Não importa as dificuldades que eu possa enfrentar... Eu continuo amando você. O que resta comigo são, mesmo que ruins, as promessas que fiz com você. Dentro do meu barco. Eu não te matei. Eu sou doente. Doente em todos os aspetos. Doente por amar alguém como você.
— Pena que você nunca acreditaria em mim, então não vou perder meu tempo. — Bia Jung viu a Líder das Crianças na frente do HALATEEZ, respirando fundo, se aproximando do Jung, dando-lhe algo em mãos. — Dê isto ao seu filho. Então não morra. Minha filha também tem uma em seu pézinho. Quem sabe, eles se reencontrem. Sininho tem as portas abertas para o que ele e a mãe quiserem.
— Não precisamos da sua ajuda. — Guardando o objetozinho em seu bolso, dando de costas para ela. — Se cuide.
— Não morra para ele.
— Prometo. — Líder riu, olhando o mar, mas logo olhou o Jung novamente.
— Pare de me prometer coisas sendo que você não cumpre. Jurou me matar quando eu era criança. Já tenho vinte anos e você sequer me matou quando eu fui apanhada por vocês. — Cruzou seus braços, mais uma vez olhando o mar. — Que nossos filhos não sejam como nós.
— O que você quer dizer?
— Achar que o Rei Pirata é uma pessoa e no final ser outra.
— Não entendi.
— Não preciso que entenda. Vá, você precisa de ir. Não é seguro estar no mesmo local que eu. Não merecemos ser dois coelhos numa cajadada. — Levou sua mão até à cintura do Jung, tirando de lá uma adaga. — Vou ficar com ela. Prometo te devolver, nem que seja por Sininho. Não morra até lá.
— Então esta é a última vez que nos vemos.
— Quem sabe, possamos nos ver novamente. Mas antes... Viva. — Mal eles sabiam, mas realmente foi a última vez que se viram, e Bia Jung sabia, pois Wooyoung mencionou que o dia que levou Líder para Illusion, onde ela morreu antes de terminar seu livro, estando bem no final, sendo pega desprevenida de tendo seu pescoço cortado de um lado ao outro, e o sangue que respingou, quase apagou a frase onde ela admitiu nunca amar Choi Jongho, e sim Jung Wooyoung, dizendo que ela própria era uma farsa no paragrafo anterior, pois tinha confiado em Jongho, tentou esquecer o loirinho da Terra do Nunca, teve uma filha linda com o HALATEEZ traidor. Mas ao encarar os cabelos loiros da filha, chegou mesmo a lhe chamar Jung Byeol uma vez, mas ela não era Jung. Era Choi. Ao ponto que pediu a Sininho para apagar esse acontecimento da sua memória, então mesmo que lhe falassem, nunca que ela se lembraria que chamou a sua filha com o sobrenome de Wooyoung.
Bia Jung sentiu-se ser sugada quando eles enfim se afastaram por completo, voltando à cena do homem de vestes pretas matando Wooyoung na sua frente, até que ela consegue finalmente ver seu rosto.
Era Jongho, o traidor do HALATEEZ.
Mas... Aquele não era seu tempo.
— Bia! — Bia Jung ouviu seu nome ser chamado, acordando desesperada, tossindo, sentindo seus pulmões ardendo, desesperados por ar. Estava entrando em pânico e mal sabia, no entanto, como em todas as vezes que se encontrava daquela maneira após acordar de um pesadelo, ela uniu suas mãos e rezou baixinho ao baixar o olhar, fechando os olhos.
Ignorava o que Wooyoung questionava, apenas se acalmando, respirando fundo quando sentiu sua respiração acalmar, se afastando dele e se levantando, passando as mãos em seu rosto.
— Não sei o que me aconteceu, mas eu não quero saber. Não seria a primeira vez, mas pelo menos este sonho ou sei lá o quê não foi ruim. — Quando ela olhou para o Jung, ele estava chorando, levando seu dedo até à sua boca e tentando aumentar a boca, e isso lhe fez arregalar os olhos, pois parecia que realmente seu dedo estava cortando sua boca.
Mas ao piscar novamente, Wooyoung apenas estava encarando ela.
— Você está bem? — No impulso, sua mão foi até à bochecha do Jung, e ao ver se ele estava bem nesse lugar pois foi deveras estranho o que viu, seu olhar acabou indo para dentro da blusa de Wooyoung, já que ele estava suando bastante, vendo algo parecido a uma cicatriz no peito.
Notando que a blusa estava lhe mostrando isso, ele rapidamente tapou, se levantando e estendendo a mão para a ajudar a levantar.
— O que é isso no seu peito?
— Nada. Você precisa descansar mais do que eu. Eu vou para casa.
— Quê? Nem pensar! Nesse estado nem morta te deixo sair daqui!
— Você tem traumas sexuais, provocados por um homem, e eu sou um homem.
— Eu já te disse que se eu fosse a Bia de tempo atrás eu te deixaria morrendo para a febre. — Wooyoung se sentou no sofá, sentindo-se ainda do mesmo jeito que antes, passando as mãos no rosto e no cabelo, sentindo-se agoniando por estar suando tanto.
— Melhor eu ir para casa.
— Eu quero que fique.
— Tem certeza que quer que eu fique com você?
— Fique comigo. Não estamos bem. Mesmo que você esteja pior.
— Eu sou teimoso, mas tudo bem, eu fico com você, mas quando eu tiver melhor, você me chuta daqui.
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Halateez's Return | ateez
Fanfiction[ateez & woobia ! ver] Imagine o mundo ficar sem mais internet? Ninguém pode se comunicar. Tecnologia não funciona mais por tudo o que faça. Tudo se foi. Imagine o mundo regressar a épocas que nunca imaginaria viver. A pirataria voltando. Capitães d...