25 - Fumaça

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"Não me culpe, o amor me deixou louco. Se você também não fica, está amando errado" — Taylor Swift, Don't Blame Me

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Kakashi Hatake
10 minutos antes


OLHEI AO REDOR ASSIM QUE deixei mais um ninja inimigo desacordado com a ajuda de Kei, que sorriu de lado vendo o nosso ótimo trabalho "em equipe" mesmo sendo tudo improvisado. Ele era bom com taijutsu e surpreendentemente rápido, o que proporcionava respostas quase que imediatas em questão de estratégia.

O ruivo franziu o cenho olhando fixamente para o corpo do homem caído e eu o acompanhei, sem abaixar minha guarda.

— O que foi? — Questionei enquanto dava olhadas rápidas ao redor, mas só conseguia ver mais sangue, e mais aliados nossos morrendo. Nossos inimigos eram rápidos. — Precisamos ajuda-los. Agora!

— Espera! — Yunikko exclamou antes que eu pudesse fazer algo. — Olha isso...— Vi que o mesmo estava abaixado segurando uma pequena bolsinha de couro que estava no bolso da roupa do ninja, e parecia que tinha algo ali dentro.

Assim que Kei abriu cuidadosamente, vi várias flores brancas ali dentro, eram pequenas, mas seus caules pareciam ser compridos e bastante verdes.

— Sério? Flores? — Arqueei as sobrancelhas e o ruivo revirou os olhos.

— Cicutas, são venenosas, Hatake. — O encarei com o cenho franzido e o mesmo se levantou. — Isso pode deixar pessoas em coma ou até mesmo matar...

Ele parou de explicar assim que ouvimos um barulho alto. Nos abaixamos por impulso e ao olhar ao redor, vimos vários de nossos inimigos jogando bombas de fumaça.

Mas ela estava muito densa, branca e com cheiro muito forte.

Era Cicuta.

— Porra...— Murmuramos ao mesmo tempo tampando nossos narizes e olhos, mas muitos de nossos aliados já estavam perdidos por meio a grande névoa. — Protejam-se, é venenoso! — Kei gritou enquanto

Os gritos de Kei intensificaram mas quase que pra nada, muitos nossos já estavam no chão desacordados, e isso me deixava aflito.

Corremos olhando ao redor a procura de algum lugar com um pouco mais de visão e onde poderíamos ficar sem nos envenenarmos.

Muitos aliados também faziam o mesmo, mas ainda estava inseguro.

Para onde os nossos inimigos iriam? Eles ainda nos atacariam?

Segurei firme minha kunai quando vi Kei se afastar e gritar algo que não identifiquei, mas senti um cheiro de queimado – mais forte que o do veneno -  subir minhas narinas e olhei na direção do mesmo, vendo que várias árvores mais à frente estavam pegando fogo.

Na mesma direção que Yasu tinha ido.

Troquei olhares com Kei, que ajudava uma senhora, tampando o rosto da mesma com um pano. O ruivo franziu o cenho e negou com a cabeça, mas eu o ignorei.

Sentia meu coração bater desesperadamente de nervoso, então corri floresta adentro.

Gritei com todo o ar dos meus pulmões para que Yasu me ouvisse, chamava por seu nome com minha garganta seca, minhas mãos suadas e com uma dor latejante no peito.

Hold me, Hatake - Kakashi HatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora