Hold me, Hatake - Kakashi Hatake

31 - Tristeza

"Coloque a sua mão na minha e vamos permanecer de pé" — Adele, Skyfall

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             SENTI AS PALAVRAS DE KATSUO me atingirem no peito como várias facas ao mesmo tempo. Minha cabeça girava, a visão escurecia e meu corpo ficou mole no mesmo instante.

Antes que pudesse me desequilibrar, senti as mãos de Asuma apertarem meus braços ao mesmo tempo em que murmurava coisas que eu não entendia, Katsuo já estava dentro do meu apartamento, fechando a porta delicadamente

— O que...Kami. — Falei, assim que me sentei no sofá, olhando para o nada e passando as mãos pela nuca.

O Sarutobi se sentou ao meu lado e massageou meu ombro com carinho, enquanto via meu companheiro de equipe ir até a cozinha.

— Se acalme primeiro, você acabou de sair do hospital. — Sua voz soava suavemente em meu ouvido e eu concordei, respirando fundo mas ainda sentindo minhas mãos tremerem pela ansiedade. — Ele vai explicar tudo.

— Eu só...Não esperava por isso. — Respondi, ainda sem olhar para o mesmo, que bufou.

— Nunca esperamos. — Asuma respondeu.

Ele continuou massageando meu ombro, proporcionando um pouco de conforto em meio à turbulência emocional que eu estava vivenciando. Enquanto isso, Katsuo voltou da cozinha com duas xícaras de chá fumegante, colocando uma delas na minha frente.

— Beba isso, vai te fazer bem. — Ele disse, sentando-se em uma poltrona próxima. Seus olhos eram sérios, e havia um brilho de compreensão neles.

Eu peguei a xícara entre minhas mãos trêmulas e senti o calor reconfortante se espalhar pelo meu corpo. Bebericando o chá, comecei a me acalmar aos poucos. Sabia que precisava ouvir o que Katsuo tinha a dizer, mesmo que aquilo fosse mexer com meu mundo.

De canto de olho, percebi que Gai, meu avô e Kurenai caminhavam lentamente até mim, analisando meus movimentos e reações cuidadosamente. Provavelmente, Katsuo já tinha dito para eles o que aconteceu.

— Pode explicar melhor? — Asuma questionou para o moreno que engoliu o seco, respirando fundo antes de concordar com a cabeça.

— Foi agora pela tarde, estava em horário de visita e Ren estava com ele, mas o sensei teve um...Surto. — Katsuo explicou lentamente e curvando seu corpo para frente, mexendo os dedos freneticamente por conta do nervosismo. — Depois ele só caiu, quando viram ele já estava morto.

Um silêncio se instalou pela sala e eu apertei mais forte a xícara em minhas mãos ao sentir meu avô segurar meu ombro livre.

— E Ren? Onde está? — Kurenai perguntou com preocupação

— Eu não sei. Disseram que ele saiu do hospital e que estava péssimo.

— Eu imagino, ele que estava com o sensei — Respondi dando de ombros levemente e beberiquei o chá novamente.

— Vou falar com Iruka e ir atrás do Ren. — Asuma falou olhando para Katsuo, que concordou com a cabeça.

— Eu vou junto. — Falei, colocando a xícara na mesinha de centro da sala e me preparando para levantar.

— Não. — Katsuo falou, chamando atenção de todos nós e me fazendo franzir o cenho. — O Sandaime-sama pediu para que fosse ao seu escritório, Yasu.