Capítulo 37

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ENID POV

Ouvi uma conversa distante, meus olhos
estavam pesados, aos poucos fui abrindo meus olhos e aquela luz me incomodou muito, tentei levantar a mão, mas algo não me permitiu fazer, era um soro preso ali, eu estava no hospital. Assim que a  enfermeira notou que eu estava acordada ela veio até mim.

- Senhorita Sinclair, pode me ouvir? - ela perguntou.

- Sim.- minha voz era fraca, há quanto
tempo estou aqui?

- O doutor vai vir conversar com você.
- ela saiu e logo um homem alto e loiro entrou no quarto.

- Olá, Enid, eu sou seu médico Paul Hills. - ele chegou perto com uma prancheta, ficou fazendo alguns testes comigo, creio que passei em todos.

- Então, você sofreu um ferimento grave na cabeça, ficou dormindo por uma semana, fizemos exames e você não precisou operar, o que foi quase um milagre, devido ao ferimento. - levei a mão direita à cabeça e senti a bandagem ali. - Então daqui a alguns dias creio que posso te mandar para casa. - minha mente foi se acertando e fui lembrando aos poucos daquela noite, ouvi o barulho de um dos aparelhos apitar mais alto.

- Onde está a Wednesday? - eu perguntei para ele. - Oque aconteceu com ela? - tentava me levantar.

- Calma. - ele falou, tentando me acalmar.

- Eu não vi nenhuma Wednesday nos registros de visita, mas eu posso examinar para você.

- Não vai ser necessário, doutor. - aquela voz era familiar, quando virei vi John. - Eu assumo daqui, doutor, pode deixar. - ele saiu do quarto fechando as portas.

- Onde ela está? - eu perguntei e ele
balançou a cabeça negativamente. 

Onde ela está? - eu gritei.

- Eu nunca pensei que você fosse se envolver com ela. - ele disse se
aproximando da cama. - Ela foi presa,
está nesse exato momento sendo
transferida para a penitenciária feminina.

- Estão todos vivos? - eu perguntei, meus olhos estavam marejados.

- Sim, mas presos. - ele se sentou na
cama ao meu lado. - O que mudou, Enid? - ele fez um breve carinho
afetuoso no meu braço, desde que meus pais morreram, ele tinha me ajudado bastante, quase uma figura paterna.

- Eu acho que me apaixonei. - deixei as lágrimas caírem. - Eu não queria, mas aconteceu.

- Eu percebi quando você começou
a perguntar se havia algum jeito de ela
escapar dessa. - ele abaixou a cabeça.

- Eles acham que você morreu. - ele foi
direto. - E o chefe acha melhor que isso
continue assim, depois de saber do seu
casamento, seu envolvimento com a
Addams... - ele me olhou dessa vez. - Eu tentei amenizar as coisas, mas dessa
vez eu não consegui, perdi até pontos na agência por isso, mas no fim apaguei isso da sua ficha.

- Eu quero vê-la! - eu chorava e ele se
aproximou para me abraçar.

- Você não pode. - ele suspirou. - Porque vai ser pior pra você e pra ela. Se ela souber que você é do FBl a operação pode ser arruinada, e como você acha que ela reagiria?

- Porque vocês fizeram isso comigo? - eu falei desolada, chorava tanto que minha cabeça já tinha começado a doer...

1 mês depois

Eu estava tão triste, parecia que tinham
me tirado o coração, mas o medo de ir
até ela e contar tudo me assolava ainda
mais, conversei com o John e ela negou
todos os acordos que poderiam ajudá-la, foram todos negados pela mesma, eu
precisava ajudá-los, comecei a procurar
nas coisas que FBI deixou naquela nova
casa, eu sabia que tinha um cartão
daquele advogado pilantra que sempre
soltava bandidos da prisão, ele conseguia fazer acordos bons o suficiente que até terroristas foram soltos com esses acordos, encontrei: "Doutor Louis Tomlinson, advogado criminalista", não perdi tempo para ligar.

The Mission (Wenclair) Onde histórias criam vida. Descubra agora