The Mission (Wenclair)

Capítulo 8

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Acordei com alguém jogando água no
meu rosto, minha cabeça doía, estava
sentada numa cadeira e meus braços e pernas estavam amarrados, logo minha visão foi normalizando e vi um homem de capuz, fudeu, foi o que eu pensei, logo a imagem do Ajax sendo torturado surgiu e eu comecei a tremer, não sei se foi coisa da minha cabeça ou não, mas eu estava tremendo, ele se aproximou.

- Bom podemos fazer do jeito fácil ou
do jeito difícil. - ele apontou para um kit de tortura em cima da mesa. - Bem clichệ. - eu disse rindo, ele riu também e logo me deu um tapa no rosto.

- Cala a boca porra! – ele saiu de perto
e pegou um equipamento de choque,
eu conhecia aquilo, o Javier já havia
torturado muitos homens com aquilo,
a maioria contava, outros apenas morriam no meio do processo. - Isso
é clichê, mas funciona bem. Vamos
começar com perguntas simples, você
já trabalhava para a Addams quando
estava com El loco? - ele colocou em
cima da mesa e voltou andando até
mim. - Não. - respondi a verdade, eles eram os homens do Javier.

- Você está mentindo! – Ele se aproximou mais. - Não estou. - Mas eu acho que está. - ele me deu um Soco no rosto, senti meu lábio sangrar e meu rosto latejar, mas não expressei minha dor para não dar prazer a ele. - Foi ela quem tirou você da prisão? - NÃO! – eu gritei. - EU NÃO TINHA NENHUMA LIGACÃO COM ELA ATÉ ONTEM.

- Vocês pareciam bem entrosadas pra
quem se conheceu em apenas um dia.
- ele socou minha barriga, me inclinei
para frente, senti falta de ar por quase
um minuto. - É melhor começar a
contribuir, Sinclair.

- Eu falei a verdade, seu merda! – eu
estava sem ar, mas a raiva conseguia
me fazer ter forças para gritar. - Tudo bem então. - ele deu uma pausa. - Eu vi o que ela fez com você, ela te
usou como isca e fugiu, deve ter sido
duro ser traída. - ele falou rindo.

- Já estou acostumada com isso. - falei
sarcasticamente. - Ah vai dizer que você não quer se vingar dela. - ele pegou uma colher e começou a esquentar no isqueiro, milhares de pensamentos vieram à minha cabeça, e um delas foi aquela filha da puta da Wednesday.

- Então você vai me contar como ela descobriu onde era a fábrica? – ele se aproximou de mim, sinceramente eu não sabia ao certo, mas quando saímos eu poderiadar a ele informações que o levariam a mansão dela. - Eu não sei. - falei. - Como? PORRA! - ele abriu minha boca, ia colocar a colher quente na minha língua, o desespero tomou conta de mim.

- EU NÃO SEI! – gritei para ele
e senti o calor da colher se aproximar, mas então ele parou e recuou. - Eu já
disse que não tinha nenhuma ligação
com ela antes. - Será? - falou debochado, começou a preparar o equipamento de choque, foi ligando os fios no corpo, ele rasgou minha camisa e ligou alguns na minha barriga e ainda passou a mão no meu seio por cima do sutiã, senti nojo e repúdio daquele homem. - Você fez um acordo com a polícia para te soltarem antes? - agora as perguntas mudavam de foco.

- Não. – eu falei de forma convicta, ele levou a mão até o interruptor e olhou para um lugar da sala, como a luz estava nos meus olhos, eu não conseguia ver quem era que estava ali, acho que ele estava esperando a confirmação de alguém. - Resposta errada, vadia. - ele ligou o interruptor, a corrente elétrica corria pelo meu corpo, me fazendo sentir  meu corpo tremer. Não sei quanto tempo passou, mas parecia uma eternidade, assim que ele desligou, ainda sentia meu corpo tremer e a dor ainda se fazia presente.

- Vou perguntar mais uma vez. - ele
agora ficava na minha frente. - Você
está trabalhando para a polícia?

- VAI SE FUDER... VÃO SE FUDER, VOCÊ E SEU CHEFE DE MERDA! - eu gritei e cuspi no rosto dele, ele levou a mão no interruptor novamente, aquela sensação novamente, só que agora mais forte, meu corpo não ia muito tempo se continuasse assim.

- Tá bom, já chega. – ele parou, eu
estava com falta de ar, sem contar a
dor, então uma pessoa saiu de trás da
luz e veio caminhando até nós, quando minha visão foi ficando normal eu identifiquei a pessoa, era a Wednesday, aquela puta, tinha feito uma armadilha pra mim.