Capítulo 9

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- Pode soltar ela, Phil. - eu ainda estava fraca e com dor, mas assim que ele me soltou eu o soquei, fazendo ele cair, o mesmo se levantou possesso e vinha para cima de mim, ela ficou na frente. - Hey, você já não bateu nela o bastante?

- Essa puta não sabe com quem está
mexendo. - ele falou apontando pra
mim, eu havia sentado novamente, pois não conseguia ficar em pé.

- Você bateu, deu choque e ainda
passou a mão no peito dela, se ela não
te desse um soco eu acharia estranho.
- ela falou de maneira sarcástica e o
homem saiu, ela se virou pra mim.

Aquela maldita estava com aquele maldito sorriso no rosto, ela se apoiou na cadeira e se abaixou para encarar meus olhos. É... você é durona. -juntei o pouco de força que me restava e dei um tapa no seu rosto, ela não esperava isso.

- Sua vadia! – foi o que eu disse, ela
ainda tinha a merda daquele sorriso
sarcástico nos lábios, minha vontade
era de socar a cabeça dela até afundar o crânio dela no chão.

- Tá bom, eu merecia isso. - ela prendeu meus braços e sentou no meu colo, me imobilizando. – Mas presta atenção... - ela chegava perto do meu ouvido e sua respiração batia no meu pescoço.- ...Eu precisava fazer isso, precisava ter certeza que você já não tava com ele ou com a polícia, você vai me odiar por alguns dias, mas depois isso vai passar, eu vou te recompensar. - ela estava bem próxima da minha boca agora e eu pensei que ele ia me beijar, mas virei o rosto. Eu sentia nojo dela nesse momento, mas ela virou meu rosto novamente.

- Você está  dizendo isso pra mim ou é
pra você mesma? - eu questionei ela, encarando-a, nossos olhares se cruzaram e ficamos em silêncio por alguns segundos. - Parece que precisa se convencer de que era preciso me torturar  para poder confiar em mim um pouco.- ela desviou o olhar por um segundo e voltou a me encarar.

- Você não sabe o que é não ter uma
família, crescer em um orfanato, não
poder se apegar a ninguém, mas sabe o que é perder uma família. – ela deu um tempo e ficamos nos encarando, minhas expressões devem ter amenizado porque ela soltou meus braços e saiu de cima de mim, agora ela só estava de frente à mim, abaixada na mesma altura.

- Aquelas pessoas são minha
família e eu faria qualquer coisa para
que nada acontecesse com eles, e...

- Chefe, o carro ta lá fora. - ela levantou, se virou para o homem e se virou para mim em seguida, eu não estava aguentando, meu corpo estava pesado, eu não iria conseguir andar, mas me negava ser carregada por aquele maldito.

- Eu sinto muito, não achei que isso iria longe demais. - ela falou de maneira sincera, mas eu não iria me esquecer daquilo, quando o FBI a pegasse eu teria o prazer de interrogá-la, ela estava retirando a sua jaqueta e colocou em volta de mim, foi só então que percebi que estava sem blusa, apenas de sutiã. - Como da última vez. - ela sussurrou, mas eu pude ouvir. - como assim da última vez? - pensei. Que droga, Enid, por que você não
consegue lembrar?

O homem veio se aproximando e ele ia me pegar no colo. - Tira suas mãos de mim, seu merda! - eu empurrei as mãos dele, não podia nem me levantar, mas tive força suficiente para empurrar as mãos dele.

- Tudo bem então, vai andando sozinha. - ele falou e Wednesday lançou para ele um olhar mortal. - Tudo bem, me desculpe, mas ela não quer minha ajuda, o que você quer que eu faça?!

- Abre a porcaria da porta. - ela se
aproximou de mim e ela ia me pegar no colo? - Você não se atreveria. - eu falei, realmente estava furiosa com ela. - Fica quieta e passa o braço pelo meu pescoço.

Ela se abaixou e passou um dos braços pela minha perna e o outro nas minhas costas, sim ela se atreveria. - Só se for para te enforcar. – eu falei e ela me levantou no colo rindo, ela era mais forte do que aparentava. – Você me bate, me dá choque e agora vai me carregar até o carro, é tipo empurrar uma criança pra depois socorrer e ganhar o reconhecimento.

- Na verdade, quem fez tudo isso com
você foi o Phil. - ela falou rindo,
estávamos passando pela porta e ela
bateu minha cabeça na porta. – Me
desculpe.

- Ai! Você fez de propósito, sua cara
de pau. - ela ainda continuava rindo, então eu passei o braço ao redor do
seu pescoço e encostei minha cabeça
no seu ombro, antes que ela batesse
minha cabeça em mais alguma coisa e
também porque eu estava cansada. - Eu ainda não te desculpei.

- Eu conheço um drink que apaga a
memória, posso providenciar quando
chegarmos em casa. - ela riu e tinha
um sorriso tão bonito, finalmente
chegamos ao carro e ela me colocou no acento de trás do seu Range Rover Evoque.

- Eu quero minha memória, ela
alimenta minha sede por vingança. - eu ainda estava com raiva, mas ela tinha um argumento muito bom para fazer aquilo, eu faria qualquer coisa para proteger minha família, se eu tivesse uma, mas mesmo assim não justifica ela me torturar. - Tudo bem, Justiceira. - eu não pude deixar de rir, o que fez meu corpo doer e não pude evitar soltar um pequeno gemido de dor.

- Fica quietinha agora, tá? - Eu fechei meus olhos e só acordei quando ouvi a porta do carro abrir, mas eu estava tão cansada e dolorida que nem os olhos eu queria abrir, então novamente no calor dos braços talvez da Wednesday ou de outra pessoa. Sinceramente eu não sei, apenas adormeci.

-
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The Mission (Wenclair) Onde histórias criam vida. Descubra agora