Capítulo 41 - Especial

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LUCY POV

Passei uma semana inteira chorando
por Vero e a única coisa que meu pai
me disse foi "vá atrás dela", já minha
mãe saltava de alegria por eu ter me
divorciado, acabei contando qualquer
possível relacionamento com Peter,
mesmo nunca havendo nada entre nós,
por quase um mês eu ligava e ela me
ignorava, era rara às vezes que me
atendia e quando fazia, era rápido e logo desligava. Quando finalmente consegui marcar um almoço com ela, parecia que algo havia acontecido pois ela ligou desmarcando, sendo completamente grossa comigo, depois disso as coisas voltaram a ser como eram antes, ligações sendo ignoradas, milhões de mensagens que ela não me respondia.

Eram quatro horas da tarde e eu estava
me sentindo "sei lá", lembro-me na época da faculdade, quase nem tínhamos tempo para nós duas, então eu costumava a ligar qualquer hora do dia e ela sempre atendia com animação, sendo três da manhã ou duas da tarde, eu sentia falta disso, sentia falta dela, senti meus olhos queimarem e eu queria chorar, estava sentada dentro de um armário de vassouras, tentando fazer as pazes com uma mulher que aparentava não me querer mais, quatro toques, quando finalmente ela atendeu, meu coração se encheu de esperança.

- Alô. - uma voz feminina que não me era familiar atendeu, o choro ficou preso em minha garganta, ela já estava com outra..

- Alô, é o telefone da Veronica? - eu
perguntei, me segurando.

- Sim, é que ela está tomando banho
agora, quer deixar recado? - ela
perguntou.

- Não, tudo bem, eu ligo pra ela outra hora. - ela estava com outra e aquilo me
deixou sem chão. - Com quem eu falo? - queria saber o nome da mulher.

- Kate. - que nome de puta, uma risada surgiu nos meus lábios com o pensamento.

- Posso saber quem quer falar com ela? - a mulher falou quebrando o silêncio.

- Ninguém importante. - disse e logo
ouvi alguém gritar, mas eu não entendia
o que, ouvi um barulho no telefone,
provavelmente deve ter caído a ligação,
desliguei o celular e abracei minhas
pernas, chorei um pouco, já não tinha
mais lágrimas para chorar por Vero.

Saí do armário, meu plantão terminava
às 22:00 hrs e no outro dia eu não iria
trabalhar. Não demorou muito para
chegar o fim do plantão, estava indo para o meu carro, quando Erick me interceptou.

- Porque você está com essa carinha triste o dia inteiro? - ele perguntou de um jeito carinhoso e me abraçou. Ele era um dos enfermeiros e tinha se tornado meu confidente.

- Acho que só eu que não percebi que ela já estava seguindo com a vida dela. - eu disse melancólica e triste.

- Ah, meu bebê, eu sinto muito. - ele beijou minha testa. - Quer saber, vamos sair, você precisa se distrair, vamos beber. - ele disse empolgado.

- Não estou muito afim. - disse desanimada.

- Você precisa expulsar seus demônios.
- ele disse jogando as mãos para o
alto. - Vamos que está tendo uma festa
bombástica perto daqui. - ele saiu me
arrastando sem falar mais nada.

- Meu carro está ali. - apontei para onde
meu Mercedes estava.

- Vamos de táxi, que essa noite a
senhorita vai beber e dançar até não
conseguir mais. - já tinha um taxi
esperando, acho que era para ele. Não
era muito longe do hospital, então em
menos de dez minutos chegamos, ele
pagou o taxista e descemos, a fila estava enorme, já estava desanimada antes, com essa fila, meu desanimo chegou ao subsolo.

- Olha essa fila. - falei pra ele horrorizada.

- Calma. - ele parou e pensou - Vamos
usar a fama da sua ex mulher mafiosa.
- ele disse rindo e eu comecei a negar
com a cabeça  - Vamos, se não der certo vamos embora! - chegamos e aquela bicha era tão sortuda que era um dos seguranças que já trabalhou com Vero.

The Mission (Wenclair) Onde histórias criam vida. Descubra agora