Bônus I

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Como eu disse, teremos alguns
capítulos bônus para vocês irem se despedindo da fic <3
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Dezessete anos depois

Acordei naquela manhã fria, o inverno
estava castigando Miami esse ano,
mas ainda bem que eu tenho um corpo
quente pra me aquecer a noite. Olhei
para o relógio como sempre 06h10 da manhā, meu relógio biológico começou a trabalhar muito bem depois dos meus
filhos. Tentei sair dos braços da minha
mulher maravilhosa, mas ela me abraçou mais forte.

- Ainda está cedo, amor. - ela falou com
aquela voz rouca.

- Tenho que preparar o café da manhã
das crianças e os lanches para escola.
- ela soltou um 'hum' mas não me deixou ir. Comecei a distribuir muitos beijinhos no seu rosto.

- Temos vinte minutos. - ela falou me
dando um beijo doce que logo foi se
aprofundando.

- Humm... - As mãos dela desceram para minha bunda, ser tocada pela minha mulher era tão bom. - Tem que ser rápida, antes que eles acordem.
- Ela colocou a mão dentro da minha blusa. Como eu dormia com uma blusa larga dela e de calcinha, foi mais fácil.

- Senti sua falta, amor. - Ela sussurrava no meu ouvido enquanto distribuía beijos por ali. Eu soltava gemidos baixos apenas pra ela ouvir. Sua mão dela foi descendo pela minha barriga e eu começava a sentir um friozinho gostoso no meu estômago, coisa que fazia tempo que não sentia.

- Mamāe... Mamãe. - A porta foi
aberta com brutalidade e eu empurrei Wednesday, que caiu de bruços na cama choramingando um pouco.
Fazia mais de um mês que a gente estava sem fazer nada. A pequena Gabriella, a nossa caçula, pulou na cama.

- Eu tive um sonho ruim, com você e a mama. - Ela falou com os olhos marejados. Gabi tinha muitos pesadelos, além de ser reclusa e não gostar de se socializar, ela tinha medo
das pessoas fazerem mal a ela. O último
lar adotivo que ela ficou não foi um dos
melhores lugares para se ficar.

- Vem cá, meu amorzinho. - Abri os braços e ela deitou em cima de mim. Por mais que eu ainda estivesse sob efeito dos toques de Wednesday, sabia que Gabi não iria melhorar enquanto não levasse um forte abraço. Wednesday se virou na cama e nos abraçou também.

- Foi só um sonho ruim, pequena. Mamãe eu estamos bem e vamos ficar bem. - Wednesday deu um beijo na cabeça dela. Em seguida, selou nossos lábios e eu sorri pra ela. Sabia que no fundo ela estava frustrada sexualmente, tanto quanto eu. O problema não era falta de vontade de fazer sexo, até porque Wednesday e eu tínhamos de sobra, mas o que faltava era tempo e oportunidade. Gabi tinha problemas para dormir à noite, então geralmente ela vinha dormir com a gente.

Nossos cinco filhos também não
facilitavam. Os gêmeos estavam na
adolescência e nossa filha Lizzie, 16
anos, estava dando dor de cabeça
em mim e em Wednesday, ela era festeira, gostava de sair e voltar só no outro dia, namorava uns garotos esquisitos e foi difícil impedir Wednesday de bater num deles.

Ela ainda continua praticando luta, o que o médico disse que seria bom para o seu coração e o resto do seu corpo. Mesmo tendo voltado a andar, ela ainda tinha algumas sequelas do acidente de avião.

Pugsley, 16 anos, o irmão gêmeo de
Lizzie, não ficava muito atrás, mas ele
não questionava as decisões de Wednesday, se ela dizia não, ele não saía.

Depois dos gêmeos, tivemos Alice, 15 anos, ela era quieta, não gostava de sair e sempre que saía ia fazer trabalho. Depois dela, tivemos Joaquim, 12 anos, ele era quieto e sempre passava bastante tempo comigo, fazia compras, ia ao shopping, sempre estava me ajudando, mas que os outros. E por último, a minha pequena Gabi, 4 anos, ela era doce e sensível, sempre brincando com suas barbies e seus ursinhos. Parecia tanto com
Wednesday fisicamente, seus olhos, seus cabelos e o tom de pele, acho que nem se Wednesday desse a luz a ela sairia tão igual. Ela é sempre o motivo de ciúmes de Lizzie, que parece querer disputar a atenção de Wednesday com ela, chega a ser engraçado.

The Mission (Wenclair) Onde histórias criam vida. Descubra agora