22. O DESABROCHAR

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Freesia seguiu até a sala do trono, aborrecida pela tarefa a que sua mãe a submetia

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Freesia seguiu até a sala do trono, aborrecida pela tarefa a que sua mãe a submetia. Já fora ruim o bastante encontrar com oito guerreiros em um espaço de quatro semanas, e agora tinha que encontrar três deles no mesmo dia. Esses eram os últimos machos na idade ideal para se conectar com ela, os últimos que precisavam amadurecer.

Ela havia escapado de conhecê-los uma semana antes por causa de um problema entre uma Valquíria e uma Amazona, e passou uma semana fugindo da responsabilidade, mas agora era o dia do desabrochar, a noite de lua cheia, não havia como escapar.

Dos oito que encontrou, dois encontraram suas parceiras tão logo completaram o amadurecimento e somente foram avisar que estavam comprometidos, o que foi um alívio para ela. Não que fosse desagradável conhecê-los, todos eram belos e fortes como qualquer guerreiro da tribo, e alguns eram muito aprazíveis ao conversar, porém Freesia não queria outro que não fosse o seu companheiro. Além do mais, mesmo que não o encontrasse, não conseguia parar de pensar em Joshua e se ele acordaria durante o desabrochar.

Mais do que isso, ficava preocupada com a reação dele ao perceber que estava ligado a Grradhy, portanto limitado ao espaço do bosque. Tinha medo de que ele a odiasse e quisesse romper a amizade com ela. Fantasiou várias vezes sobre seu reencontro com ele e que, talvez, se Joshua não encontrasse sua companheira, poderia considerar se conectar a ela, afinal, havia atração entre eles, não era à toa que se beijaram com tanta paixão.

Contudo, quando esses pensamentos tomavam sua mente, a imagem de Olívia aparecia para lembrá-la de sua última conversa com Joshua: “Ela é especial, só quer achar seu lugar no mundo”. “Ela é especial? Você gosta dela, Joshua?” “É claro que sim...”

Isso doía muito em seu peito e Freesia nem entendia por quê. Talvez, se ele fosse seu companheiro... Mesmo assim, a sombra de Olívia sempre estaria entre eles. O ressentimento da dríade contra a híbrida se intensificava a cada dia, e por mais que ela tentasse não sentir, o ciúme a corroía por dentro.

Suspirando, cumprimentou Sifor e Zuryc antes de passar pela cortina de heras e encontrar seus pais conversando com três guerreiros, que pararam de falar e se viraram para olhar a princesa que chegava. Eles fizeram uma reverência e ficaram observando a interação entre a família real.

— Freesia, querida, esses são os últimos guerreiros amadurecidos — falou Vctrya. — Você terá tempo com cada um hoje, antes do ritual do desabrochar.

— Seu desejo deve sempre ser cumprido, Grande Mãe.

— Por favor, filha... Só queremos o seu bem e a garantia do futuro da tribo — Kol disse em tom persuasivo.

— Nós três sabemos que o futuro da tribo não depende de mim. Não mais.

— Seja como for, esses três valorosos guerreiros estão aqui para ter uma audiência com você, então é seu dever honrar o compromisso de conhecê-los — insistiu a rainha.

No Coração do Bosque ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora