Capítulo 1

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—Tá bom pai já está tudo arrumado—falo na ligação-acabei a comida agora a pouco, só estou fazendo a salada.

—Papai já chega em casa, te amo muito Ana Luísa—ele desliga.

Termino de cortar os tomates juntamente com o alface, assim finalizo tudo o que tinha pra fazer e resolvo descansar retocando a unha vendo qualquer besteira que passa na TV. Bom a minha vida não é tão interessante assim, eu tenho 18 anos, o nome que meus pais me deram foi Ana Luísa porém eu particularmente vivi com todos ao meu redor me chamarem de Nalu, ou Analu, fui contratada por uma fazenda, ainda não sou totalmente profissional porém continuo nesse caminho.

Acabo me assustando com Débora entrando dentro da minha humilde casa sem ao menos avisar antes, não que eu esteja escondendo algo porém eu super priorizo a minha privacidade.

—Oi sua cadela—ela diz me abraçando é chegando mais perto.

—O que você quer? Chegou desse jeito eu tenho certeza que é pra pedir algo.

—Tava no tédio lá em casa, ou melhor fui expulsa por algumas horas daí eu pensei em te fazer companhia, se não der eu vou embora—a menina diz e logo eu a abraço.

As coisas nunca foram tão fáceis pra Débora, pai alcoólatra desde cedo e logo em seguida abandonada, direto vive brigada com a mãe por conta do dia dia corrido então ela meio que me transformou no seu ponto de abrigo. Ficamos ali fazendo nada como sempre e logo recebo uma ligação.

—Alô—atendo o celular —Já estou indo.

—O que aconteceu?—ela pergunta preocupada.

—Um dos gatos da fazenda não está bem e preciso vê-lo como veterinária.

—Ah, ok.

—Quer ir como minha assistente?—pergunto e vejo seus olhinhos cheio de alegria, logo ela acena com a cabeça em sinal positivo.

(....)

Acabo de chegar na fazenda e já cumprimento o seu Zé que fica sempre na porteira se certificando de quem ninguém sem autorização possa entrar aqui dentro, afinal o dono daqui é super respeitado e tem os bolsos recheados de grana sempre.

—Oi Danilo, me perdoe a demora—cumprimento o garoto que me recebe com um abraço gentil-os ônibus estavam lotados porém consegui chegar.

—Sem problemas Ana, bom o vaqueiro está em situação crítica, ele acordou meio mal hoje porém eu achei que fosse algo normal que logo fosse passar—ele começa a falar-porém assim que fui verificar a casa do barão vi ele vomitando tudo pra fora, resolvi te ligar pq sabes que esse gato é o xodó do barão. Se algo acontece com esse gato eu consequentemente ficaria sem pescoço.

—Claro, poderia passar o olho em minha amiga? Tive que trazer ela pois daqui a pouco iremos sair.

—Sem problemas, te devo essa lu-dá um beijo em minha testa e logo sai do quarto que estávamos.

Pega a minha bolsa e já começo a me aprontar colocando luvas e um jaleco, desse jeito até pareço uma veterinária nata no ramo, pego também as luvas afinal ainda não sei o que o animal tem, pode ser tanto algo fácil de se lidar quanto também pode ser algo que possa pegar em humanos, então prefiro não correr nenhum tipo de risco, o que eu menos quero agora é mais problema pra minha vida.

Vou em direção ao animalzinho que estava tão cabisbaixo e triste em sua cama que confesso que já estava sentindo dó do tal, como eu frequentava direto aqui o animal já cedeu para que eu veja se tem alguns sintomas pois o primeiro passo sempre é tentar conferir se tem algum ferimento ou quaisquer outros resquícios.

Sᴇᴍᴘʀᴇ Fᴏɪ Vᴏᴄᴇ̂ -OʀᴜᴀᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora