Sᴇᴍᴘʀᴇ Fᴏɪ Vᴏᴄᴇ̂ -Oʀᴜᴀᴍ

Capítulo 41

Dias se passando, e cada coisa se organizando como tal, arrumei um novo emprego por aqui mesmo, não é algo relacionado a meio de cuidar de animais porém pelo menos estou ganhando dinheiro, meu pai ainda trabalha e já percebi que ele anda muito diferente esses últimos dias, anda mais amoroso e já até suspeito que ele vai pedir Maria em casamento, só sei porque enquanto arrumava a casa vi uma caixa vermelha em uma dr suas calças que tava largada no chão. Não me intrometo nesses tipos de coisa.

—Tá pronta?—sinto suas mãos ao redor de minha cintura me puxando pra perto.

—Calma, só preciso pegar minhas coisas—digo correndo atrás da bolsa que sempre esquecia aonde colocava, mais que merda.

Cadê isso? Procuro por todos os cantos da sala de descanso no qual eu sempre jogo essa bosta de bolsa, e acho em um canto com meu celular encima, não sei porque inventam de arrumar essa sala, além do mais nunca dizem aonde deixam.

—Prontinha querido—aproximo meus lábios do seu que não estavam muito longe—Já te disse que é a cara da Ângela?

—Você sempre diz isso—seus olhos verdes tão penetrantes me examina inteira, não estou na melhor forma pois estou em trabalho—Vamo logo—segura uma de minhas mãos firmemente e me guia para a casa de sua mãe.

Mal tive tempo de tomar banho com ele me perturbando, hoje irei conhecer sua família, basicamente vai ser só uma boa conversa em um fim de tarde, apenas isso. Eu e Nicolas começamos a ter algo a algumas semanas atrás, a gente não quer um relacionamento, só nos curtimos e pronto, gosto de ir na cada dele pois lá é enorme, além de ter várias coisas divertidas. Seu irmão Marcos também é tão legal, já tivemos papos muito bom.

—Cadê meu um dos meus amigos preferidos?—pergunto assim que entro no portão e logo ele aparece.

—Já sei a próxima coisa que louca que poderemos fazer, UNO na piscina.

—Seu idiota, vai molhar as cartas e não vai ter como pegar—bato no loiro que estava ao meu lado.

—Deixa o garoto, eu amei a ideia—digo e vejo seu sorriso besta.

—Claro que amou, tenho as melhores ideias—já percebi que a família toda é desse jeito.

Marcos tem 16 anos enquanto Nicolas tem 19, são apenas alguns anos de diferença porém são personalidades tão diferentes.

—Vamo logo, minha mãe já deve estar esperando.

Então entramos dentro da casa e não parece mudar nada, tenho péssimas reações com casas de rico, sempre acho isso tão legal, e também um exagero uma casa ter mais quartos do que pessoas morando nela.

—Oi Angela, como está?—pergunto para a mais velha que colocava um bolo lindo sobre a mesa.

—Ah minha querida, finalmente chegou—me recolhe com um abraço—Olha esse bolo incrível que fiz pra você, é uma receita nova e espero que goste.

—Claro que eu vou amar, com seus dom de culinária eu me odiaria se não gostasse—digo e nois duas rimos.

Isso parece tanto um comercial de margarina, tudo estar finalmente entrando nos trilhos é muito esquisito, por mais que eu amasse todos eles e gostasse de suas compainhas, na maioria das vezes eu me sentia fingir gostar daquilo, minha cabeça roda através de uma só pessoa, a saudade de seus toques e abraços inesperados, como eu quero ter aquele garoto novamente, depois de tanto tempo ele já deve ter seguido sua vida e eu aqui, tentando me enganar machucando os sentimentos dos outros, criando uma falsa realidade.

—O que achou?—seus olhos são esperançosa e faço um positivo com a cabeça.

O bolo era feito de chocolate com recheio de uma mistura de frutas vermelhas, sinto o gosto de cereja e do morango que brincam na minha língua, seu gosto é tão bom.