Maratona (1/3)Oruam acabou me deixando em casa e disse que passaria para me buscar depois, meu pai disse que tinha algo para me dar e eu estou muito ansiosa por tudo isso. Agora eu tenho certeza que durante todo esse tempo eu estava a fazer a coisa certa e agora eu seria oficialmente uma veterinária, ainda com certificado.
-Pai?-entro dentro de casa largado as coisas no sofá.
-Estou aqui filha-ele grita da cozinha e assim que entro do cômodo tenho uma surpresa que nem eu mesma esperava.
Vejo ele e Maria sujos de farinha rindo um para o outro, ótimo a minha surpresa é um possível relacionamento do meu pai com a vizinha. E então vejo um bolo sobre a mesa e abro logo um sorriso pois eu nunca poderia rejeitar comida e assim que me aproximo vejo a decoração, aquilo era a coisa mais perfeita que eu já vi na vida. Vejo que havia escrito "Nunca pude desacreditar de você filha" e um desenhos de animais.
-Desse jeito eu vou chorar pai-digo quase saindo uma lágrima.
-A minha garota passou, e sabe que independente disso ou não não sempre terei um amor incondicional-ele diz e me faz desabar de vez vindo me abraçar.
-Obrigado pai-falo e vejo Maria me olhar com um olhar de orgulho então chamo os dois para um abraço e ficamos naquilo por alguns segundos que pareceram tão tranquilo e confortável-tenho certeza que isso foi feito por Maria.
-Bom eu fiz o bolo e seu pai disse o que era para ser feito, sabe como ele é né? Sempre querendo tudo perfeito.
-Bom vamos comer o bolo?-o velho diz pegando os pratos e alguns talheres.
Por mais que eu ame comida não estava com fome naquele momento porém eu prefiro comer do que ver ele decepcionado, ele me dá a faca e logo tiro o primeiro pedaço colocando no prato dele e logo coloco um outro pedaço ao prato de Maria.
-Filha tenho algo para comunicar-ele limpa a garganta-eu e Maria estamos namorando como vocês dizem, estamos tendo um compromisso.
Quase engasgo com o bolo mesmo já sabendo que isso poderia ser possível, olho para os dois me tentam me ajudar a desentupir.
-Eu já sabia-digo simples assim que consigo respirar novamente-meu pai pode ser um cara neutro porém ele deixou bem na cara isso, sempre que eu podia citar um tal nome ele logo abria um sorriso enorme.
-Então já era apaixonado por mim a tempos?-a mulher pergunta encarando meu pai é nesse momento me senti a tocha que o monumento de Nova York tem nas mãos.
-Você que era apaixonada por mim-ele retruca.
Termino de comer meu bolo e já vou saindo dali pois caso contrario entraria em uma depressão profunda com tanto afeto envolvido, não tenho problema algum com isso pois meu pai é solteiro ( não mais) e também super desimpedido, tem o poder de fazer o que quiser da própria vida dele e eu que não vou ser a coisa que vai atrapalhar quem tá feliz.
Vou atrás de um banho e já começo a me arrumar pois oruam já estava a caminho, esse sujeito é uma das coisas que eu nem sei o que sinto, posso estar feliz com ele e sentir algumas coisas estranhas no estômago que nunca senti com ninguém e eu só namorei uma vez não é como se eu já tivesse uma percepção razoável para o assunto. E então já estava pronta, usando um cropped branco normal e um short jeans comum também.
-Vamos pai o oruam já está lá fora-grito saindo do quarto.
-Tá muito próxima desse garoto, não acha?-me questiona.
-A mãe dele manda ele ser amigável comigo só isso.
-Quero ter uma conversa com esse moleque-diz saindo de casa e eu viu atrás dele, não quero que esse veio possa fazer alguma merda.
-Oi oruam-digo assim que vejo o menino encostado no carro que estava com um baseado em logo meteu longe.
-Suave?-ele diz e logo cumprimenta meu pai.
-Então você é o Mauro?-começou o interrogatório do velho.
-Sou senhor.
-Acho que já conhece muito bem minha filha, quero que mantenha o respeito com ela-o discurso do homem-caso ela não queira não faça, sei que vocês jovens de hoje em dia acham que tudo o que querem fazer podem, mas aqui é tudo diferente. Não vou privar ela de fazer nada mas se caso ela nao quiser não insista.
-É claro, concordo com o senhor-o menino diz me olhando-respeito sua filha e jamais vou força a mina a nada.
-Então tá tudo bem, se divirta e te vejo amanhã ainda bem e viva-se vira e dá um beijo na minha testa.
-Não vai pai?
-Hoje eu decidi ficar em casa, sabe como é né?-me olha com uma carinha de apaixonado e já sei que é pata passar um tempo com sua nova mulher.
-Tchau sogrão-oruam diz e já entra no carro.
-Esse menino é engraçado né?-meu pai diz rindo e entra de volta para casa.
Entro no carro e o garoto já dá partida para sua casa que confesso que senti saudades, principalmente da tia Edna que me recebeu super bem na primeira vez.
-Teu pai e bem rígido das ideias né?
-Juro que ele só é assim para os outros, no fim ele é um amor de pessoa-digo descendo do carro e já entro dentro da casa com oruam atrás de mim.
Assim que entro já vejo a festa enorme que estava ali, parecia que seria algo pequeno porém estava umas cinquenta pessoas reunidas, o pagode do fundo me faz ficar feliz pois é o que mais amo nessa vida. Logo depois da minha família e minha profissão.
-Parabéns menina, sabia que iria passar-recebo um abraço de Marcia e da tia Edna que já vem de encontro.
-Obrigado, pelo esforço de vocês comigo-começo a ficar emocionada denovo-se não fosse por todos vocês sempre me motivando a continuar eu não sei aonde estaria por agora.
-Vocês tão fazendo a minha mulher chorar, da licença-o garoto que naquele momento estava atrás de mim me puxa pra dentro da casa.
Talvez eu tenha ficado surda ou algo do tipo pois eu não escutei ele dizer minha mulher, é coisa da minha cabeça.
-Ana Luísa, que bom te ver aqui novamente-vejo Nicolas com uma lata de cerveja em mãos.
-Oi nick, como está?
-Quer carne? Sauve Nicolas-oruam me pergunta.
-Quero sim-digo logo.
Então o menino desaparece e já vejo nicolas me olhar diferente, com um sorriso no rosto quase rasgando a cara.
-Tá tão linda hoje lu-o outro afirma me olhando de cima a baixo.
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Sᴇᴍᴘʀᴇ Fᴏɪ Vᴏᴄᴇ̂ -Oʀᴜᴀᴍ
FanficQuando oruam decidi passar um tempo na casa de sua mãe no interior de São Paulo e o que ele menos imaginou acontece, conheceu uma nova garota que mudou seus pensamentos ou até mesmo seus sentimentos.