Sᴇᴍᴘʀᴇ Fᴏɪ Vᴏᴄᴇ̂ -Oʀᴜᴀᴍ

Capítulo 27

Hoje havia acordado cedo e bem feliz por receber a notícia que teria um novo trabalho, talvez isso seria um grande problema ter que enfrentar a Sabrina todos os dias mas eu aguento. Já tive que aguentar tanta coisa nessa vida que ela só vai ser mais uma. Estava arrumando o cabelo pois daqui a alguns minutos Duda já iria chegar aqui, acho que meu cabelo está grande demais, talvez já seja a hora de cortar isso aqui.

—Ei, tu viu meu celular?—vejo o menino entrar no quarto e apenas aponto para cima da cama, o menino só pode ter amnésia, toda hora não lembra aonde enfia esse celular—que gata temos aqui.

—Amor, você acha que eu devo cortar o meu cabelo?—me viro mostrando o quão aquilo estava grande demais.

—Acho não, seu cabelo tá grande e daí dá pra puxar em algumas situações—abre um sorriso malicioso.

—Para de graça oruam, tô falando sério —depois disso que ele disse fiquei até desnorteada.

—Tô falando sério pô, acho que tu deveria deixar assim—deixa um beijo na minha bochecha e já sai do quarto.

Acho que deveria fazer um curso de maquiagem pois só sei fazer o básico que por sinal ainda consegui fazer por conta de tutoriais do YouTube, sei pelo menos fazer o básico sendo considerado um delineado ali, um glos por lá e vamos nessa. Então faço uma maquiagem bem básica pq de qualquer forma é a única coisa que sei fazer mesmo. Pego meu celular para ver o horário e meu deus a Duda já deve estar subindo no elevador, me levanto para vestir o vestido, mesmo estando muito atrasada coloquei ele com toda a paciência do mundo. Por conta da costura e também por conta do piercing, se eu fizer isso inflamar eu me mato.

—Cheguei, posso entrar?—escuto a voz da menina do outro lado da porta.

—Pode—digo enquanto começo a colocar o sapato.

—Ainda está se arrumando, Deus me livre—reclama enquanto meche no celular

Finamente terminou de me arrumar apenas pegando a minha bolsa e colocando sempre o essencial, acho que jamais irei sair de casa sem ter a minha bolsa em minha própria compania.

—A galera já está ligando perguntando sobre a gente, anda Luísa—ela me apressa e eu apenas me vejo no espelho e nossa, aquele piercing só deu um toque bonito no meu corpo.

—Estou pronta, vamos!—digo já descendo as escadas.

Vejo o menino largado no sofá parecendo triste, certeza que é drama, se eu estivesse aqui ele iria trabalhar e me deixar sozinha, deixo um selinhos nos lábios lábios rapaz e já me caminho para acompanhar Duda que estava do lado de fora, então sinto o mesmo me puxar novamente e iniciar um beijo de verdade, não importa o quanto tempo tenha passado desde que tivemos o nosso primeiro beijo, eu jamais vou parar de ter a sensação de que seja a primeira vez que sinto seus lábios no meu, sem contar essa bagunça no estômago que ele me faz sentir.

—Me liga quando quiser ir embora—diz entre selinhos—amei o vestido, tá uma gata demais.

Mando um beijinho com as mãos e me apresso junto a Duda. A boate era simplesmente enorme, e era a primeira vez no qual eu estaria entrar em um lugar do tipo, assim que entramos a música alta começou a soar já deixando um clima leve. As luzes eram roxo com azul porém ela mudava repetidamente na pista de dança que parecia brilhar com tanta gente dançando.

—Galera, essa daqui e a Ana—ela me puxa e vejo seus amigos no qual ela fez questão de falar durante todo o caminho até aqui.

Pra começar havia a Catherine, considerada uma menina tras que basicamente está em busca da sua libertação e liberdade de escolhas, ela sempre quer esrar por dentro do mundo LGBTQIA+ e jamais aceitará que macho algum fale merda pra ela, nem ao menos mulher. Tem o David, ela diz que é um hetero em si que seu papo é bem bom, dá encima de todo mundo porém nunca tem coragem o suficiente pra fazer algo a mais. Alex é bi que só sabe falar sobre mecânica, afinal seu pai é dono de uma. Nádia era uma garota cheia de si que sempre prefere ficar na dela, gosta de mulheres e apenas isso. Desde criança diz que sempre gostou desse gênero e nem sente vontade de beijar boca de garotos.