Capítulo 5

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-Ana Luísa, tá demorando demais-ouso a voz da minha tia atrás de mim e a vejo, estava com sua saída de praia preto bem transparente.

-Como vc está Edna?-ele cumprimenta a senhora.

-Agora percebo a sua demora, Nicolas sua mãe tá melhor? Fiquei sabendo que ela estava resfriada.

-Tá melhor do que nunca, bom a gente se esbarrando por aí Ana-ele se despede com um selinho na minha bochecha e um abraço apertado.

-Era só uma bola dona Luísa-ela me repreende porém não consigo levar ela a sério.

Voltamos pra casa e continuamos a nossa batalha épica, não sei qual a dificuldade da minha tia de deixar eu ganhar pelo menos uma simples partida porém como a mesma diz a dignidade dela iria embora caso ela deixasse acontecer tal atrocidade. Faltava apenas um ponto para poder ganhar porém a mais velha marca primeiro, sei que é uma brincadeira porém a minha vontade de chorar é enorme, o dia que eu ganhar dela vai ser o dia mais radical da minha vida.

-Mudando um pouco de assunto pois irei comemorar minha vitória mais tarde, está interessada no Nicolas?-gente que veia atrevida.

-Não vejo nada demais, fui apenas pegar a bola e ele desenrolou um papo bem legal.

-Cheguei gente-uma voz fala atrás de mim e assim que viro dou de cara com Márcia.

Eu já tinha visto a moça, não foram muitas porém teve umas 2 festas que teve aqui que fui convidada, eu adorava passar meu tempo aqui, a família dela e super legal e sempre me acolheu super bem. Lembro quando estava sozinha em um canto qualquer, mesmo sendo super acolhida ainda sim ficava sozinha, então seu filho me chamou pra brincar com eles e seus primos, ali foi uma das memórias mais loucas da minha vida inteira.

-Oi Marcia-vou até ela abraçando a mesma que retribue.

-Como você está grande, lembro de você como uma criança correndo pela casa-faz uma carícia em meu cabelo.

-Digo o mesmo desse rapaz aí-dona Edna vai de encontro com alguém que até o momento eu não fazia ideia de quem era.

-Quer dizer então que eu passo uns tempos fora e você envelhece?-ele brinca com ela que já começa a se irritar.

-Me respeita menino, tá achando que só pq não sou sua mãe não te dou um aperto de orelha?-questiona.

-Vai deixar mãe, essa doidona das ideias me agredir?-o menino aponta pra mãe e neste momento consigo visualizar seu rosto.

Era um moreno que possuía tranças no cabelo, como se ser moreno já não fosse um pecado ou melhor um dom de Deus, pela forma que brinca com a minha tia já parece que o coitado não tem medo da morte, quem conhece dona Edna já sabe que ela prova a sua beleza e odeia quem chama a mulher de velha.

-Filho essa aqui é a Ana Luísa, a sobrinha da Edna-Marcia aponta pra mim-lembra dela?

Me aproximo dele para cumprimentá-lo pois caso eu apenas pense eu não fazer isso seria uma falta de educação demais, fui criada para cumprimentar todos de braços abertos.

-Prazer-ele estende a mão porém é surpreendido quando o abraço.

Acabo por perceber seu rosto como se não estivesse acostumado com isso, quem estaria super contente se uma total estranha que acabou de te conhecer te abraçar como se fôssemos amigos de anos ou melhor amigos de vidas. Então me distancio apenas abrindo um sorriso bem amigável.

Sᴇᴍᴘʀᴇ Fᴏɪ Vᴏᴄᴇ̂ -OʀᴜᴀᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora